segunda-feira, março 29, 2021

Vacinas da Pfizer e Moderna são 'altamente eficazes' no controle da Covid após 1ª dose, aponta estudo do CDC

As vacinas da Pfizer/BioNTech e Moderna se mostraram "altamente eficazes" no controle da Covid-19 logo após a aplicação da primeira dose, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira (29) pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.


Enfermeira aplica segunda dose da vacina da Moderna em paciente em Los Angeles, nos Estados Unidos, no dia 3 de março. — Foto: Frederick J. Brown/AFP


Os pesquisadores do principal órgão de saúde norte-americano analisaram os números da vacinação dos profissionais da linha de frente e concluíram que, em "condições de vida real", o risco de infecção caiu 80% após a primeira dose.


A análise preliminar do centro norte-americano aponta também que a efetividade da vacina na proteção contra a infecção pelo coronavírus chegou a 90% quando as duas doses foram aplicadas corretamente.


Resumo do estudo:


3.950 pessoas se voluntariaram, nenhuma delas tinha histórico de infecção pelo Sars-Cov-2

2.479 (62,8%) receberam duas doses da vacina do tipo mRNA (genética)

477 (12,1%) receberam apenas uma dose de vacina do tipo mRNA

994 ainda não receberam nenhuma dose da vacina

Todo o estudo acompanhou as primeiras 13 semanas de vacinação (dezembro - março)

O diagnóstico das infecções foi feito por meio de testes RT-PCR

Os dados reforçam os resultados apresentados durante os ensaios clínicos. As duas vacinas são seguras e eficazes no combate à pandemia da Covid-19. Além delas, os EUA começaram também a aplicação da vacina da Janssen, de dose única – que não entrou nesta análise.


"Este estudo mostra que nossos esforços para uma vacinação nacional estão funcionando", disse em nota a diretora do CDC, Rochelle Walensky.

A equipe do CDC avaliou também os dados dos pacientes não vacinados e encontrou uma taxa diária de 1,38 infecções a cada mil pessoas por dia.


Entre os vacinados, depois de 15 dias da primeira dose, houve uma taxa de 0,04 infecções por dia a cada mil, e o número despencou ainda mais 15 dias depois da segunda dose, e foi para 0,19 infecções por dia a cada mil pessoas.


"Nossas descobertas indicam que as vacinas de mRNA contra a Covid-19 são eficazes na prevenção de infecção pelo Sars-Cov-2, entre os adultos trabalhando em condições do mundo real", escrevem os cientistas. "A vacinação contra a Covid-19 é recomendada para todos aqueles que puderem."


Tecnologia de RNA mensageiro

As vacina produzidas pela Pfizer/BioNTech e Moderna usam a tecnologia chamada de RNA mensageiro, diferente das tradicionais (veja no infográfico abaixo).


Infográfico mostra como funciona uma vacina genética — Foto: Arte G1


Nesse caso, a vacina leva para o nosso organismo uma cópia de parte do código genético do vírus. É uma espécie de mensagem, uma receita para que nosso corpo produza uma proteína do vírus. A presença dessa proteína desencadeia a produção de anticorpos.


Ganha-se um tempo que pode ser decisivo nessa luta de vida e morte. Se a pessoa vacinada for infectada, terá um exército de anticorpos prontos para neutralizar o corona, impedindo a sua multiplicação.


Qual é qual?

A vacina BNT162 – da Pfizer/BioNTech – usa o mRNA para codificar proteínas virais. Essa foi a primeira vacina a ser aprovada para o uso emergencial no ocidente. Ela exige temperaturas baixíssimas de armazenamento e transporte, e devem ser mantidas a -70ºC


A vacina mRNA 1273 – da Moderna – é feita como RNA mensageiro (mRNA), capaz de codificar a proteína S da coroa do vírus, e o introduz no corpo com a ajuda de uma nanopartícula de gordura para induzir a proteção natural do corpo. Ela precisa ser armazenada em temperaturas baixas, inferiores a -20ºC


Fonte: G1

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