terça-feira, março 30, 2021

PF apreende supostas vacinas em casa de cuidadora de idosos que se passava por enfermeira; material será analisado

A Polícia Federal encontrou na tarde desta terça-feira (30) supostas vacinas que teriam sido usadas por Cláudia Mônica Pinheiro Torres de Freitas em uma garagem de ônibus comandada por um dos maiores conglomerados de transporte do estado. Ela e o filho dela, Igor Torres de Freitas teriam, supostamente, comercializado e aplicado vacinas importadas ilegalmente, desviadas do Ministério da Saúde ou ainda falsificadas contra a Covid-19 em empresários de Belo Horizonte.


PF cumpre mandados em casa de falsa enfermeira — Foto: Reprodução/TV Globo


Mãe, filho e o motorista da família, que teria levado a mulher até a garagem no dia da vacinação, foram levados para a Polícia Federal onde prestarão depoimento. Cláudia é cuidadora de idosos e se passava por enfermeiro. Não há registro dela no Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (Coren-MG)


Caiaxs foram retiradas da casa da falsa enfermeira — Foto: Reprodução/TV Globo


Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa dela. A mulher, o filho e o motorista que a teria levado até a garagem onde aconteceu a suposta vacinação prestam depoimento na sede da Polícia Federal na noite desta segunda-feira.


Em depoimentos prestados aos delegados que investigam o caso nesta segunda-feira (29), os empresários Rômulo e Robson Lessa admitiram a aquisição dos medicamentos sem procedência para a doença que já matou mais de 300 mil pessoas no Brasil. O valor cobrado por mãe e filho estelionatários por duas aplicações foi de R$ 600.


De acordo com a PF, a mulher, que fingia ser enfermeira, tem passagem por furto e também teria comercializado a vacina falsificada, importada ilegalmente ou desviado do Ministério da Saúde para outras pessoas em Belo Horizonte, além dos investigados na operação Camarote. A PF investiga a origem das vacinas vendidas pela dupla, para identificar se são realmente falsificadas ou importadas de maneira ilegal. Um mandado também foi cumprido em uma clínica.


Rômulo Lessa, de camisa escura, chega acompanhado do irmão, Robson Lessa, na Polícia Federal — Foto: Reprodução/TV Globo


Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na garagem onde supostamente ocorreu a vacinação e em residências dos empresários. Aparelhos celulares, computadores e documentos, incluindo uma lista com 57 nomes de pessoas que teriam se vacinado clandestinamente, foram apreendidos.


O delegado Leandro Almada havia adiantado à TV Globo três linhas de investigação: supostamente, pode ter havido a importação irregular ou ilegal de imunizantes; também há hipótese de desvio de imunizantes pelo Ministério da Saúde; e fraude.


Cláudia Mônica Pinheiro Torres de Freitas — Foto: Reprodução/TV Globo


A operação foi deflagrada após reportagem da revista Piauí, publicada no dia 24 de março, quando foi revelada por meio de vídeos a vacinação clandestina de empresários e políticos dentro de uma das garagens de empresas comandadas pelos irmãos Lessa.


Fonte: G1

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