segunda-feira, dezembro 14, 2020

Londres voltará a fechar bares, restaurantes e museus por alta de casos da Covid-19

O ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, anunciou nesta quarta-feira (14) que a capital britânica passará para a fase de "Risco Muito Alto" por conta da pandemia de Covid-19. O governo vai ampliar as restrições na região a partir da 0h01 de quarta (16).


Pessoas caminham pela Regent Street, rua da região central de Londres, em 14 de dezembro de 2020 — Foto: Henry Nicholls/Reuters


"Sei que é uma notícia difícil e que para os negócios afetados será um golpe considerável, mas isso é absolutamente essencial", disse Hancock em uma sessão do Parlamento.

A escala do governo britânico para a pandemia tem três fases e alertas. Com o anúncio, a maior cidade do país passará para a fase 3 — a chamada "Risco Muito Alto". Atualmente, Londres está na fase 2, ou de "Alto Risco".


O passo para o 3º nível de alerta significa o fechamento de hotéis, bares e restaurantes, além de centros culturais como cinemas, teatros e museus. O Reino Unido é o 8º país do mundo com mais casos confirmados de coronavírus, com mais de 1,8 milhões de infecções registradas.


Além da capital inglesa, as cidades de Essex e Hertfordshire também entram na fase 3 de alerta, que, segundo as recomendações das autoridades de saúde, proíbem:


Reuniões em espaços fechados entre pessoas que não sejam da mesma família

Reuniões com mais de 6 pessoas em espaços abertos

Atendimento de bares e restaurantes – que podem operar com delivery

A hospedagem em hotéis, pousadas e albergues

Exercícios em grupo em lugares fechados, como ginástica e dança

Reuniões em igrejas – que permanecem abertas para visitas individuais ou em grupos familiares


Ciclistas pedalam na Rua Oxford, em Londres, em meio a lojas fechadas pelo bloqueio total para conter a disseminação do novo coronavírus, no sábado (21). — Foto: Dominic Lipinski/PA via AP/Arquivo


Mutação do vírus

O ministro disse também que pesquisadores do Reino Unido detectaram uma variação do coronavírus no sul da Inglaterra, que "estaria se propagando mais rápido" que as anteriores.


Ainda não há informações sobre se a nova variante é a mesma anunciada por cientistas no fim de outubro. À época, a mutação batizada de 20A.EU1 foi associada a casos na Espanha e em vários países europeus.


"Devo enfatizar que atualmente não há nada que indique que a variante seja mais provável de causar doenças graves, e o conselho clínico mais recente é que é altamente improvável que uma vacina falha em proteger contra essa mutação", afirmou Hancock.


Vacinação

O Reino Unido começou a vacinar sua população na semana passada com o imunizante desenvolvido pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech.


Os profissionais da saúde são os primeiros que estão sendo vacinados, assim como idosos e pessoas vivendo em casas de repouso, incluindo funcionários.


Por causa das condições de armazenamento da vacina – que precisa ser mantida a -70°C – as campanhas de vacinação acontecem em hospitais e é organizada pelo serviço público de saúde, o NHS da sigla em inglês.


Fonte: G1

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