quarta-feira, outubro 14, 2020

Padre Marcelo Rossi lança livro sobre empurrão em missa e vê relação do episódio com pandemia: 'batismo de fogo'

Pouco mais de um ano depois de ser empurrado do altar por uma fiel durante uma celebração em Cachoeira Paulista (SP), o padre Marcelo Rossi lança um livro para contar as experiências que viveu com o episódio. Na obra "Batismo de Fogo", ele conta com detalhes o que passou após o empurrão e também fala sobre depressão.


Ao G1 o sacerdote explica que decidiu lançar a obra em meio à pandemia porque acredita que esse momento é um batismo de fogo para a humanidade.


"Esse é um momento de reflexão para um resgate. Somos frágeis. É um novo nascimento para todos nós. A pandemia é o nosso batismo de fogo".


O livro foi lançado na segunda quinzena de setembro. De acordo com o religioso, a proposta é tratar de momentos que trazem um novo nascimento e da necessidade de estarmos conectados com Deus para sermos fortes.


A obra começa com uma abordagem sobre o episódio de agressão que sofreu durante uma celebração em julho de 2019 na Canção Nova, em Cachoeira Paulista. O padre estava no altar falando aos fiéis, quando uma mulher invadiu o altar e o empurrou (veja o vídeo acima).



Marcelo Rossi foi socorrido pela equipe médica do evento, mas teve apenas escoriações e voltou para terminar a celebração. À época, disse que Maria havia passado à frente e que seu boletim de ocorrência seria bíblia e oração. A Canção Nova chegou a registrar um boletim contra a mulher por lesão corporal, mas segundo a polícia ela sofria de transtornos psiquiátricos.


Mulher empurrou padre durante missa na Canção Nova — Foto: Reprodução/ Canção Nova


No livro, o padre conta experiência e de como lidou com o trauma. "Quando eu fui empurrado, eu não perdi a consciência. Essa não foi uma experiência de morte, mas foi uma dor tremenda. Eu passei dias com espasmos. Mas havia uma força dentro de mim que me dizia 'Deus é maior'", conta.


A obra trata sobre experiências de dificuldade como a depressão e suicídio. Ele conta que o livro estava quase completo quando veio a pandemia e decidiu incluir nele o tema suicídio.


"A pandemia é um momento muito difícil e deixa mais evidente esse problema grave que é o suicídio. A falta de contato humano, o distanciamento vai agravar a depressão e levar pessoas a morte. Precisamos nos voltar para esse problema e ajudar as pessoas".


Fonte: G1

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