quarta-feira, abril 01, 2020

Internações por problemas respiratórios cresceram na última semana, mas em ritmo menor, diz Fiocruz

Monitoramento feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que, na semana entre 22 e 28 de março, o número de internações por problemas respiratórios cresceu no Brasil, mas em ritmo menor que na semana anterior. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (1º).

1º de abril: Equipe de saúde com equipamento protetor contra a Covid-19 em Paris, na França. — Foto: Benoit Tessier/Reuters
1º de abril: Equipe de saúde com equipamento protetor contra a Covid-19 em Paris, na França. — Foto: Benoit Tessier/Reuters

Para o pesquisador Marcelo Gomes, do Programa de Computação Científica da Fiocruz, que coordena o levantamento, a queda no ritmo de crescimento se deve a uma combinação de fatores, desde as medidas de isolamento adotadas para combater a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, até a dificuldade para incluir as internações nos bancos de dados.

"Pode sim já ser efeito das medidas de isolamento, mas pode também ter um efeito relacionado a um eventual maior tempo para digitação das internações no banco de dados, em função de sobrecarga nas unidades de saúde", avalia Gomes.

Por causa desse possível atraso, ele alerta que os dados divulgados até esta quarta ainda podem sofrer alterações e que, por isso, é preciso ter cuidado ao calcular a queda exata no ritmo das internações.

"Ao final desta semana, quando entrarem mais casos referentes à semana passada que ainda não foram inseridos no sistema, poderemos ter uma melhor noção", explica.

Por exemplo: com os dados já computados pela fundação, foram registradas, entre 22 e 28 de março, 5.992 internações por problemas respiratórios no país, comparadas a 5.624 na semana anterior - um aumento de 6,5%.

Mas, por causa dos possíveis atrasos das digitações nos sistemas, as internações da semana passada podem ter chegado a 9.208, estima Gomes - o que apontaria, na verdade, um aumento de 63,7% em relação à semana anterior, por exemplo.

Fonte: G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!