sábado, fevereiro 01, 2020

Pacientes reclamam da falta de insulina distribuída por prefeitura em Mossoró

Cerca de 800 pessoas que recebem insulina de forma gratuita da prefeitura de Mossoró, no Oeste potiguar, enfrentam falhas na distribuição de dois tipos do medicamento desde novembro de 2019. De acordo com o Executivo local, não há previsão para que a distribuição de insulina na cidade seja normalizada.

Pacientes que precisam de dois tipos de insulina, em Mossoró, enfrentam falhas na distribuição do medicamento — Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi
Pacientes que precisam de dois tipos de insulina, em Mossoró, enfrentam falhas na distribuição do medicamento — Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1 em cada 11 pessoas no mundo tem diabetes. O aposentado Marcos Antônio Rocha convive com a doença há mais de 10 anos e foi informado que a medicação estava em falta. "Vim pegar e não tem. Fui informado por outras pessoas que está faltando há vários dias e não tem previsão de chegar", disse.

Dona Maria de Fátima é dona de casa e o sustento da família vem da aposentadoria do marido, de 65 anos, que não pode ficar sem a insulina."O dinheiro já é pouco, vou ter de comprar porque ele não pode ficar sem a insulina. É muito complicado", contou.

A mãe do músico Felipe Lopes tem diabetes. Ele relatou que já a encontrou desmaiada pela falta do medicamento. "Minha mãe precisa e quando ela não toma passa mal. É a segunda vez que venho aqui esse mês e não tem. Fica uma situação bem complicada. Quem precisa sofre muito", lamentou.


Segundo pacientes que precisam do medicamento, as insulinas que estão em falta são a Tresiba e Novorrapid que custam, em média, R$ 200. Eles disseram que em novembro, após dois meses sem o medicamento, a prefeitura informou que houve a entrega, mas o estoque não durou muito tempo.

De acordo com a enfermeira Ana Cristina, que tem um filho com diabetes desde 2017, o problema não é só relacionado à falta de medicamentos. "De lá para cá nunca recebemos os insumos por completo. Desde que ele ficou diabético, recebemos uma caixinha de fita, dois ou três meses depois agulhas para aplicação", relatou.

Em nota, a prefeitura afirmou que abriu licitação para a aquisição dos materiais mas não estipulou um prazo. Esclareceu também que a compra depende da abertura do orçamento municipal de 2020, que normalmente acontece em março.

Fonte: G1

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