quarta-feira, setembro 25, 2019

São Paulo confirma mais 2 mortes por sarampo; número no estado chega a 5 em 2019

A Secretaria Estadual de Saúde confirmou nesta quarta-feira (25) mais duas mortes por sarampo na cidade de São Paulo: uma mulher de 31 anos, sem histórico de vacinação, e um bebê do sexo masculino, de 26 dias. No total, cinco pessoas já morreram no estado por complicações da doença em 2019, o que não acontecia desde 1997.

Vacina contra o sarampo — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Vacina contra o sarampo — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

As outras três vítimas são um homem de 42 anos, da capital, sem histórico de imunização; e dois bebês - uma menina de quatro meses, de Osasco; e um garoto de nove meses, também da capital.

A secretaria também divulgou nesta quarta-feira o novo balanço de casos da doença no estado. O número total de confirmações subiu para 5.139 em 2019. O valor representa crescimento de 19,5% em relação ao registro de 4.299 da semana anterior.

Segundo os novos dados, 56,3% dos registros se concentram na capital (2.897). O número de cidades do estado com confirmações da doença subiu de 160 na semana passada para 173 nesta semana. (Veja a lista completa abaixo)

Após as primeiras três mortes confirmadas em agosto, a Secretaria Municipal da Saúde anunciou a intensificação das ações de vacinação para bebês de seis meses até dois anos de idade, com presença nas creches e busca ativa nas casas de pais que estão com as vacinas das crianças atrasadas.


No estado, continua a campanha de vacinação de dose extra para bebês de seis meses a um ano, seguindo orientação nacional do Ministério da Saúde. A faixa etária é considerada mais vulnerável a casos graves e mortes, e representa cerca de 13% do total de casos registrados em São Paulo.

A aplicação da chamada “dose zero” não é contabilizada no calendário de vacinação das crianças nessa faixa etária. Ou seja, os pais ou responsáveis também deverão levá-las aos postos para receber a tríplice viral aos 12 meses e aos 15 meses para aplicação do reforço com a tetraviral.

Campanha nacional
Devido ao aumento de número de casos no Brasil, liderados por São Paulo, o Ministério da Saúde também anunciou nesta quarta-feira (25) uma nova campanha de vacinação nacional, que será dividida em duas etapas.

Entre 7 e 25 de outubro uma primeira etapa da campanha de vacinação, com foco nas crianças de seis meses a menores de 5 anos de idade. O chamado "Dia D" será em 19 de outubro.

A segunda etapa vai ocorrer entre 18 e 30 de novembro, tendo a população de 20 a 29 anos de idade como público alvo. O "Dia D" será em 30 de novembro.

Mesmo sem campanhas específicas, pessoas de todas as idades podem procurar as Unidades Básicas de Saúde para regularizar a carteirinha de vacinação gratuitamente. A secretaria afirma que apenas em quem tiver alguma pendência será vacinado (Veja abaixo quem deve se vacinar).

Também continuam sendo realizadas as ações de bloqueio. Quando há notificação de casos de sarampo, agentes de saúde vacinam, sem discriminação de idade ou situação vacinal, as pessoas que tiveram contato com a possível vítima da doença em locais como ambiente de trabalho e condomínio.

A recomendação para as mães de crianças com idade inferior a 6 meses – que não podem tomar a vacina – é evitar exposição a aglomerações, manter higienização adequada, ventilação de ambientes, e sobretudo que procurem imediatamente um serviço de saúde diante de qualquer sintoma da doença.


Os sintomas da doença podem ser: manchas vermelhas pelo corpo, febre, coriza, conjuntivite e manchas brancas na mucosa bucal.

Quem deve se vacinar
Bebês de 6 meses a 1 ano incompletos devem tomar a “dose zero”, que é extra. Ao completar 12 meses, devem tomar normalmente uma dose da tríplice viral. Aos 15 meses, devem tomar uma dose da tetravalente.
Pessoas de 12 meses a 29 anos de idade devem ter duas doses da tríplice viral comprovadas. Se não está marcada na carteirinha ou não se lembra, deve procurar uma UBS e regularizar a situação;
Adultos de 30 a 59 anos devem ter pelo menos 1 dose da tríplice viral;
Adultos com mais de 60 anos não precisam se vacinar, por já terem tido contato com a doença no passado;

Fonte: G1

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