“Ele puxou a calça: Ou você faz o que eu quero ou levo você com o carro”, contou a professora de 49 anos sobre o que um criminoso armado disse a ela antes de estupra-la dentro do veículo dela, no estacionamento da escola municipal onde trabalha na Zona Leste de São Paulo.
O caso de estupro ocorreu na manhã do último sábado (28) na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Dama Entre os Rios Verdes. A unidade estava aberta por causa reposição de aulas aos alunos devido a greves.
Segundo a Polícia Civil, o estuprador, um homem desconhecido fazendo menção de estar armado, entrou na escola, abordou a professora, anunciou um assalto, mas depois desistiu do roubo e resolveu estuprar a vítima, ameaça-la de morte e fugir.
O caso foi registrado no 50º Distrito Policial (DP), Itaim Paulista. Investigadores também buscam imagens de câmeras de segurança para tentar identificar o criminoso, que entrou na escola e abordou a vítima anunciando um roubo.
“Eu estava coma porta aberta, né? Eu estava fumando, ai ele empurrou a porta e pediu que eu abaixasse o banco do passageiro, falando que era um assalto”, disse a mulher, que não teve a identidade revelada, e falou nesta segunda-feira (30) com a TV Globo.
“Ai eu fiquei com medo dele, de me levar”, contou a professora à reportagem sobre as ameaças que sofreu para ter sido obrigada a fazer sexo oral no criminoso e manter relações sexuais com ele.
Estuprador
Segundo a professora contou, o homem que a estuprou tem pele negra, cerca de 1,60m, e usando blusa verde e calça azul com listra branca
Após o estupro, o agressor se identificou como “Gabriel Augusto”, e ainda de acordo com a professora, a ameaçou de morte caso ela procurasse a polícia para acusá-lo pelo crime.
Funcionários e professores
De acordo com funcionários e professores ouvidos pela TV Globo, a mulher trabalha há oito anos na escola.
Ainda segundo os relatos, o agressor entrou pelo portão de acesso de professores e funcionários e ido até o estacionamento. Lá abordou a professora, que tinha saído da sala de aula para fumar um cigarro.
Dois funcionários teriam ouvido os gritos de socorro da vítima e foram até o carro dela. Eles não conseguiram deter o estuprador, que fugiu.
Depois de registrar a queixa numa delegacia, a vítima foi encaminhada para exames no Hospital Pérola Byington.
Após o caso de violência sexual, a escola suspendeu as aulas nesta segunda-feira (30). Diretores, professores, funcionários e até pais de alunos se reunirão para tomar providências sobre a denúncia de abuso.
Casos de violência sexual
Só este ano, foram registrados 54 casos de estupros na rede de ensino paulista. No total, 1.325 mulhere e meninas foram vítimas de algum tipo de agressão. A maior parte foi lesão corporal: 437. Depois ameaças: 294. E as vias de fato, ou seja, agressões que não deixam marcas: 72 registros.
Esses números foram passados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) via lei de acesso à informação.
Fonte: G1
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