segunda-feira, julho 29, 2019

Terceiro preso por roubo de ouro em aeroporto tem prisão em flagrante convertida para preventiva

O acusado de participação no roubo de 718,9 kg de ouro no aeroporto de Guarulhos Célio Dias teve sua prisão em flagrante convertida em prisão preventiva pela Justiça na tarde desta segunda-feira (29). Ele é o terceiro suspeito do crime preso pela polícia. A Brink's, empresa responsável pela segurança do transporte da carga roubada, suspendeu o serviço em alguns aeroportos.

Viaturas da PF clonadas que foram usadas em assalto milionário no Aeroporto de Guarulhos — Foto: Kleber Tomaz/G1
Viaturas da PF clonadas que foram usadas em assalto milionário no Aeroporto de Guarulhos — Foto: Kleber Tomaz/G1

Dias foi preso em flagrante por estar com munição de uso restrito. Ele portava um carregador de fuzil contendo 31 projéteis de calibre 7.62 mm. A arma desse carregador pode ter sido usada no assalto.

De acordo com o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Dias também é investigado sob suspeita de ter oferecido logística para o transbordo da carga para outros veículos.

Na audiência de custódia, o juiz Fábio Pando de Mato não viu irregularidade que justificasse a prisão em flagrante e a converteu em prisão preventiva. Dias segue preso até nova determinação judicial.

Outros presos
Foram detidos o encarregado de despacho do aeroporto, Peterson Pattrício, de 33 anos, que disse à polícia ter sido mantido refém pela quadrilha; e um conhecido dele, chamado Peterson Brasil. A investigação aponta que foi Brasil quem convidou Pattrício a participar do assalto.


Pattrício teve prisão temporária de 5 dias decretada também na tarde desta segunda. De acordo com a juiza Ana Carolina Miranda de Oliveira, “a medida é necessária” para evitar “desaparecimento do suspeito e dissipação de provas” mediante a “gravidade do crime investigado”.

Dois homens, que não tiveram os nomes divulgados, também foram detidos. Um deles foi liberado durante a madrugada desta segunda-feira (29) após prestar depoimento na sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), na Zona Norte da capital.

Investigação
A polícia já investigava a participação de alguém "de dentro" do aeroporto. “A dinâmica do fato nos leva fortemente a crer que existe pessoas que conheciam a rotina de uma área restrita de um aeroporto internacional, de um terminal de cargas de um aeroporto internacional”, disse o delegado João Carlos Miguel Hueb antes da prisão.

Pattrício disse inicialmente à polícia que os criminosos o sequestraram no dia anterior ao assalto, e que mantiveram também sua família refém. Segundo o suspeito, foi assim que a quadrilha teve acesso a informações privilegiadas sobre a rotina no terminal de cargas.

Segundo policiais responsáveis pela investigação, Pattrício confessou que foi cooptado pelos assaltantes.

O ouro roubado é avaliado em cerca de R$ 110 milhões. Câmeras de segurança registraram a ação dentro do terminal.


Em nota, a GRU Airport, concessionária responsável pelo aeroporto, disse que "todas as informações referentes ao episódio ocorrido no último dia 25, no Terminal de Cargas do Aeroporto, estão sendo repassadas à Polícia Civil, que está liderando as investigações".

A companhia acrescenta que "cumpre todas as normas internacionais e práticas de segurança pertinentes à segurança aeroportuária".

Fonte: G1

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