quarta-feira, fevereiro 13, 2019

Mais duas barragens da Vale em Minas entram em lista de risco de rompimento

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pediu que a Vale inclua mais duas barragens na lista de estruturas com risco de rompimento: a Sul Superior, na Mina de Congo Soco, em Barão de Cocais, na Região Central, e a barragem Vargem Grande, em Nova Lima, na Grande BH. Segundo o MP, a Justiça aceitou o pedido e incluiu as estruturas.

A barragem Sul Superior entrou na lista porque ainda não saiu do nível de alerta 2, em uma escala que vai até três. Na última sexta-feira (8), a Vale decidiu retirar os moradores da área porque a consultoria contratada ainda não tinha assinado documento comprovando as condições de segurança da barragem. A mineradora diz que a medida é preventiva e que não havia risco iminente de rompimento.

Barragem Sul Superior fica na Mina Gongo Soco, em Barão de Cocais, na Região Central de MG — Foto: Reprodução/TV Globo
Barragem Sul Superior fica na Mina Gongo Soco, em Barão de Cocais, na Região Central de MG — Foto: Reprodução/TV Globo

O MP afirmou que também incluiu a barragem de Vargem Grande a pedido da Defesa Civil do estado. A Vale já tinha declarado que essas duas barragens fazem parte do programa de descomissionamento.

Os promotores dizem que, agora, são dez barragens, que pertencem à Vale, na lista de estruturas que estariam em severo risco de rompimento. Nenhuma dessas barragens está em operação. Porque já estavam desativadas ou foram paralisadas por determinação da Justiça. A mineradora foi obrigada, por ordem judicial, a apresentar novos laudos de estabilidade desses reservatórios.

A Justiça determinou uma série de medidas à Vale, como um plano de ações emergenciais e um novo plano de segurança das barragens em risco. O Ministério Público entendeu que as declarações de estabilidade anteriores perderam valor depois do rompimento da barragem I, da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

“Essas auditorias estão com sua credibilidade em cheque. Nós tínhamos formalmente uma estabilidade, mas, descobrimos fatidicamente que essa estabilidade realmente não existia, estava só no papel”, afirmou a promotora Giselle Ribeiro de Oliveira.

Os promotores ainda recomendaram que a Vale crie um plano de proteção e resgate de bens culturais das comunidades em área de risco, para evitar a perda de obras tombadas como patrimônio.

Fonte: G1

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