quinta-feira, dezembro 27, 2018

Eletrobras projeta investir R$ 30,2 bilhões e concluir Angra 3

A Eletrobras anunciou na sexta-feira à noite (21) que pretende investir R$ 30,2 bilhões no período de 2019 a 2023, com R$ 12 bilhões sendo destinados ao projeto da usina nuclear de Angra 3.

Obra da usina de Angra 3 em dezembro de 2014 — Foto: Divulgação
Obra da usina de Angra 3 em dezembro de 2014 — Foto: Divulgação

A ideia é viabilizar a conclusão do empreendimento por meio de um edital, selecionando um “investidor global com capacidade técnica, financeira e de gestão”.

Os dados constam no chamado Plano Diretor de Negócios e Gestão (PDNG). Segundo a Eletrobras, a proposta continua o trabalho de reestruturação de suas empresas, de modo a aumentar a eficiência operacional, reduzir o estoque da dívida e melhorar a governança e integridade.

Atualmente, a obra de Angra 3 está parada, mas 63% do empreendimento já foram concluídos. Em 2015, as obras foram paralisadas por falta de recursos e em meio a suspeitas de superfaturamento e a denúncias de corrupção envolvendo empresas contratadas para a montagem da usina.

O plano prevê um aporte de R$ 17 bilhões em geração no período, enquanto R$ 9,5 bilhões serão usados em projetos de transmissão e R$ 1,7 bilhão em infraestrutura e outros itens. A companhia pretende investir quase R$ 2 bilhões em sociedades de propósito específico (SPEs).

Entre as iniciativas a serem tomadas estão consolidar a atuação no âmbito jurídico-regulatório de modo a aumentar a receita. A companhia pretende intensificar os esforços para o recebimento da indenização de geração das concessões renovadas nos termos da Lei 12.783/2013, que definiu critérios e condições para a prorrogação das concessões de geração hidrelétrica.

Ela também pretende reavaliar o custo médio ponderado de capital de geração e transmissão, promover a revisão tarifária de transmissão e trabalhar pelo recebimento da parcela controversa Rede Básica do Sistema de Transmissão Existente (RBSE), que está sendo discutida judicialmente e buscar o ressarcimento dos valores ainda não reconhecidos a título de neutralidade econômico-financeira, pela gestão das distribuidoras, durante o processo de privatização.

O PDNG prevê ainda “estudar alternativas e ações” para viabilizar a descotização das usinas controladas pelas empresas da Eletrobras, cujas concessões foram prorrogadas em 2013.

A Eletrobras informou ainda que quer concluir, até o final de 2019, o programa de desinvestimentos em ativos e participações consideradas não estratégicas. Ela pretende incorporar SPEs em que possuir participações majoritárias e encerrar aqueles que não apresentarem viabilidade econômica financeira.

O PDNG prevê também a realização de um Plano de Demissão Consensual (PDC), visando a saída de 2.187 empregados. A empresa estima que a iniciativa deve gerar uma economia de R$ 574 milhões ao ano, a um custo de cerca de R$ 731 milhões. A Eletrobras pretende ainda reduzir custos com horas extras, periculosidade e sobreaviso, além de negociar um novo acordo coletivo trabalhista, alinhado com a nova lei trabalhista.

Ela pretende ainda realizar a reestruturação controladas Eletrosul e Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), além de consolidar o Centro de Serviço Compartilhado (CSC).

Fonte: G1

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