quarta-feira, janeiro 24, 2018

Peça importante do Globocop ainda não foi localizada, dizem investigadores

Investigadores do Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa II) informaram, nesta quarta-feira (24), que constaram a ausência de uma peça importante do Globocop durante a montagem do helicóptero. A aeronave, que prestava serviço à TV Globo, caiu no mar do Recife na terça-feira (23), deixando dois mortos e um ferido.

A fuselagem da aeronave foi retirada do mar na terça. Todos os destroços recolhidos foram levados para a Base Aérea da Aeronáutica, na Zona Sul da capital pernambucana, onde passam por análise. Foi durante a montagem que os investigadores constaram a ausência de uma peça, mas não informaram qual seria para não atrapalhar as investigações.

Prefixo do Globocop que caiu no Recife pode ser visto na parte da fuselagem retirada do mar (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
Prefixo do Globocop que caiu no Recife pode ser visto na parte da fuselagem retirada do mar (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)

Segundo o Seripa II, a localização de peças faltadas conta com apoio de mergulhadores contratados pela empresa Helisae, que presta serviços à TV Globo no Recife há mais de 15 anos e à qual pertence à aeronave de modelo Robinson R44/Newscopter, específica para filmagem aérea.

Os investigadores fizeram ainda um apelo para que, se alguém localizar qualquer pedaço da aeronave, o entregue no posto policial localizado na Praia do Pina.

Destroços
A retirada da fuselagem que ficou presa no fundo do mar foi realizada pela empresa Helisae. Ao todo, cinco mergulhadores profissionais participaram do trabalho, dois deles atuando diretamente dentro do mar, outros dois dando instruções e um na supervisão.

Apesar da presença do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar no local do acidente, algumas das peças do helicóptero foram retiradas ao longo do dia por moradores que acompanhavam o trabalho das corporações.

Entre as peças retiradas da água, estava a cauda da aeronave, encontrada quebrada. De acordo com o Seripa II, ainda não há como presumir o que causou a ruptura dessa estrutura específica.

As polícias Civil e Federal abriram inquéritos para investigar o caso. Segundo o delegado da Polícia Federal Dário Sá Leitão, responsável pela investigação, a fuselagem vai ser periciada com calma para se chegar à conclusão dos motivos do acidente.

Vítimas
Das três pessoas que estavam na aeronave no momento do acidente, duas morreram. Uma delas, o piloto, Daniel Galvão, tinha 36 anos, era casado e não tinha filhos. Segundo o pai do piloto, Geraldo Galvão, Daniel era apaixonado pela aviação.

A outra vítima fatal do acidente é a 1º sargento da Aeronáutica Lia Maria Abreu de Souza, de 34 anos. Com 17 anos de atuação, ela já trabalhou em São Paulo e no Acre antes do Recife. Segundo a Aeronáutica, ela fazia parte do efetivo do Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta III). Ela foi convidada pela Helisae, empresa dona da aeronave, para participar do voo na noite da segunda (22).

Os dois receberam homenagens ao longo desta quarta-feira (24).

A terceira vítima da queda da aeronave, o operador de sistemas Miguel Brendo Pontes, de 21 anos, segue internada em estado gravíssimo no Hospital da Restauração (HR), na área central da capital, segundo o boletim de saúde, divulgado nesta quarta-feira (24). Ele permanece na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e respira com a ajuda de aparelhos.

Globocop
Assim como Miguel Brendo, Daniel Galvão era funcionário da Helisae, empresa que presta serviços à TV Globo no Recife. Dono da empresa, o comandante Wagner Monteiro informou, em entrevista na terça (23), que a aeronave havia passado pela inspeção anual de manutenção no dia 16 de janeiro. Segundo ele, o helicóptero era mantido pelos padrões técnicos exigidos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e outros órgãos responsáveis.

Segundo informações da Infraero, o Globocop decolou do hangar, localizado ao lado do Aeroporto Internacional do Recife, no bairro da Imbiribeira, na Zona Sul da capital pernambucana, às 5h50 (horário local) desta terça (23). A aeronave decolou com destino ao litoral.

Às 6h, o helicóptero sobrevoava a orla, quando foram exibidas as imagens da Praia de Boa Viagem ao vivo na abertura do Bom Dia Pernambuco, que mostravam o tempo fechado e com chuva.

Às 6h05, o Globocop fez uma curva quando sobrevoava a Praia do Pina porque seguiria para o bairro da Jaqueira, na Zona Norte. Nesse momento, as imagens tremeram. Em seguida, o helicóptero caiu no mar, perto de algumas pedras.

Fonte: G1

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