Blog Cidade News Itaú: Polícia apura se fuzis de grupo que explodiu carro-forte em Barrinha foram usados em outros ataques em SP

sexta-feira, setembro 08, 2017

Polícia apura se fuzis de grupo que explodiu carro-forte em Barrinha foram usados em outros ataques em SP

A Polícia Civil quer descobrir se os fuzis usados pelos assaltantes no ataque ao carro-forte em Barrinha (SP) foram utilizados em outras ações semelhantes no interior de São Paulo. Para o delegado Oswaldo José da Silva, essa informação deve levar à identificação da quadrilha.

“É de suma importância, tanto é que foi recomendada à perícia, através do perito examinador, que adotasse certas cautelas com relação à coleta dessas cápsulas no local, para serem submetidas à perícia com vistas a identificar a procedência das munições, e servir de confronto com armas que vierem a ser apreendidas”, afirmou.

Segundo boletim de ocorrência, cápsulas de fuzis calibre 5.56, 7.62 e ponto 50 foram apreendidas próximo ao local do roubo. Um estojo de munição ponto 50 também foi achado dentro do veículo SUV blindado, que supostamente foi usado na ação, que estava abandonado em uma estrada.

Quadrilha usou fuzis de calibre 5.56, 7.62 e ponto 50 em roubo a carro-forte em Barrinha, SP (Foto: Reprodução/EPTV)

“Estamos adotando as providências para que [as munições] sejam encaminhadas, inclusive, para uma perícia especializada com esse objetivo”, completou o delegado. O caso segue em apuração na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jaboticabal (SP).

Os peritos também identificaram marcas de sangue na defensa metálica no canteiro central, a 30 metros do local da explosão. Nenhum vigilante do carro-forte, no entanto, ficou ferido, o que indicaria que um dos suspeitos se machucou durante a ação.

Ao todo, seis homens em dois veículos participaram da ação, segundo depoiment odas vítimas. Nenhum dos ladrões foi preso ou identificado até a tarde de quinta-feira (7).

Munição de uso restrito foi apreendida na Rodovia Carlos Tonani após explosão de carro-forte (Foto: Reprodução/EPTV)

Investigação

A investigação do assalto em Barrinha deve contribuir ainda com a apuração de outros casos, como o roubo de R$ 51 milhões da empresa de transporte de valores Prosegur, em junho do ano passado, em Ribeirão Preto (SP).

Laudo do Instituto de Criminalística (IC) divulgado em março desse ano apontou que um fuzil romeno AK-47 usado no mega-assalto também foi utilizado no ataque a um carro-forte na Rodovia Anhanguera (SP-330), três meses antes, e no roubo de caixas eletrônicos em Guará (SP).

A conclusão partiu da análise e comparação das cápsulas de munições apreendidas nos locais dos crimes. A perícia comprovou que os projéteis tiveram as espoletas detonadas pela mesma arma, que, segundo a Polícia Civil, entrou no país pela Venezuela.

Até março, 20 fuzis e duas metralhadoras ponto 50 haviam sido apreendidos.

Fuzil AK-47 pertencia a um dos homens presos por participação no mega-assalto à Prosegur em Ribeirão Preto (Foto: Paulo Souza/EPTV)

Assalto na rodovia

Segundo a Polícia Civil, o carro-forte saiu de Ribeirão Preto (SP) na manhã de quarta-feira (6), passou por Barrinha e seguia para Monte Alto (SP), quando foi interceptado por dois veículos próximo ao quilômetro 108 da Rodovia Carlos Tonani (SP-333).

Parte do grupo estava em um veículo modelo SUV blindado, quando interceptou o carro-forte. O vidro traseiro do automóvel possuía perfurações por onde as armas foram apoiadas durante os disparos contra o motor da viatura de transporte de valores.

O carro-forte rodou na pista e parou. Depois de renderem os vigilantes, os ladrões explodiram o veículo com dinamites e conseguiram pegar todo o dinheiro que havia dentro dele. A viatura ficou completamente destruída. A quantia roubada ainda não foi informada.

O veículo SUV usado na ação tinha placas de São José do Rio Preto (SP) e foi achado completamente destruído na Estrada Vicinal Said Ahmed Saleh. No porta-malas, havia 15 cartuchos de munição ponto 50. Uma picape que também foi usada pela quadrilha ainda não foi encontrada.