sábado, abril 22, 2017

Fifa discutirá mesada para Del Nero e outros presidentes de confederações


As 211 confederações filiadas à Fifa terão que discutir assunto incômodo no Congresso da entidade, que ocorrerá em 10 e 11 de maio em Manama, no Bahrein.

Por sugestão de Ruanda, que hoje ocupa a 117ª colocação no ranking da Fifa, será colocado em pauta o tema “remuneração aos membros do Conselho e para presidentes das associações membro”. O que chama a atenção é a segunda parte da proposta, de que presidentes como o da CBF, Marco Polo Del Nero, tenham compensações financeiras da Fifa — não está claro de como seria feito isso.

Hoje, os 31 membros do Conselho (o antigo Comitê Executivo) já têm uma remuneração, que em 2016, segundo a Fifa, foi de US$ 300 mil (R$ 950 mil) no ano, fora as diárias quando viajam para participar de reuniões. O Brasil tem como representante no Conselho Fernando Sarney, vice-presidente da CBF.

Mas os 211 cartolas que comandam cada uma das confederações filiadas não recebem nada da Fifa, e uma remuneração extra neste momento iria contrariar todo o discurso da federação internacional de contenção de gastos. 

Isto foi adotado depois do escândalo de corrupção no futebol escancarado pela Justiça dos EUA, em setembro de 2015, quando dezenas de dirigentes foram presos, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin, acusados de receberem propinas para vender direitos comerciais de torneios que organizavam — Marin nega. De Nero também foi acusado, e também nega tudo.

Em 2016, a Fifa anunciou que seu presidente, Gianni Infantino, recebeu US$ 1,51 milhão (R$ 4,7 milhões) no ano. É bem menos do que os R$ 13 milhões que Joseph Blatter, ex-chefão da entidade, ganhou em 2015. O processo, aparentemente, é de contenção de gastos.

A própria remuneração dos membros do Conselho está sendo revista, e pode deixar de ser paga, ou diminuir bem. A Fifa também enxugou suas comissões permanentes (hoje são nove, contra quase 20 de 2015), e os membros destas recebem apenas as diárias quando viajam para reuniões – com exceção dos presidentes delas, que têm uma compensação que pode chegar a US$ 500 mil (R$ 1,6 milhão) para quem, por exemplo, comandar a Comissão de Finanças, hoje nas mãos do presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez.

Negativa

Com tudo isso, a chance de uma proposta de compensação financeira a presidentes de confederações tem boas possibilidades de não ser aprovada. A Fifa informou ao blog que, com relação às propostas encaminhadas pelas associações membros, era preciso entrar em contato com elas por mais detalhes. A Confederação de Ruanda não respondeu ao chamado deste blog.

As confederações têm liberdade de propor o que quiserem, e levar ao Congresso. A votação, caso chegue a esse ponto, é feita entre as associações, mas normalmente o lobby feito pela direção da Fifa, e por países mais fortes, tende a influenciar os nanicos.

Fonte: Marcelrizzo Blogosfera Uol

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