Foram sepultadas no final de semana as três vítimas do acidente com um ônibus argentino que tombou na última sexta-feira (16) na BR-285, na região das Missões
Erika Romero é a única sobrevivente que ainda está internada em um hospital de Santo Ângelo. "Um golpe mortal. Agora ela está internada, entubada. Operaram a bacia porque ela quebrou a bacia", conta o pai de Erika, César Antônio.
Os dois jovens que tiveram braços amputados foram transferidos de helicóptero para um hospital de Posadas, na Argentina, no sábado (17). O ônibus da empresa Rio Uruguay saiu de Posadas na quinta-feira (15) à tarde. Por volta da 1h de sexta, tombou em um barranco às margens da BR-285 no município de Caibaté.
A excursão dos jovens era uma viagem de encerramento do ensino médio. Os estudantes arrecadaram dinheiro durante o ano inteiro para poder aproveitar alguns dias no litoral catarinense. O destino era Balneário Camboriú.
“Tínhamos que estar aproveitando e estamos aqui. Os meninos trabalharam muito para poder realizar esta viagem. Isto teria que ser uma festa e estamos de velório", lamenta a funcionária pública Marcela Cendra
Morreram as estudantes Luana Centurion e Rocío Martínez e a monitora do grupo, Agustina Szczerbaty. Os velórios das estudantes foram em Oberá. A monitora foi velada em posadas.
Os funerais foram marcados por dúvidas sobre as causas do acidente. É isso que a polícia brasileira investiga. De acordo com a delegada responsável pelo caso, o ônibus estava com 67 passageiros, cinco a mais que o permitido.
“A empresa será investigada no inquérito policial uma vez que nós temos informações que nos mostram que havia uma lotação excessiva, superior a carga permitida. Também devemos aguardar a perícia do veículo, no caso de alguma alteração da engenharia mecânica do veículo", explica a delegada Elaine Maria Schons.
O motorista foi preso em flagrante, depois solto e está em liberdade provisória. A polícia quer saber se ele dormiu ao volante ou teria perdido o controle do veículo ao desviar de algum obstáculo na pista. Alguns passageiros relataram que o ônibus estava em alta velocidade.
“O que eu lembro é que o ônibus vinha muito rápido e cada vez que dava um golpe, as luzes apagavam e em uma, dobrou tanto que o ônibus se levantou e se virou”, relata o estudante Martin Silva.
De acordo com a polícia, a velocidade do ônibus na hora do acidente era compatível com da via, média de 80 quilômetros por hora. A empresa Rio Uruguay informou que está prestando toda assistência para as vítimas e familiares e que aguarda as investigações sobre a causa do acidente.
Fonte: G1
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