sexta-feira, outubro 28, 2016

Cremerj diz que hospitais do RJ estão na iminência de fechar até o Natal

 http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/O Rio de Janeiro pedirá intervenção federal para tentar minimizar o caos na saúde pública da capital. O anúncio do pedido foi feito nesta sexta-feira (28) pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do
Rio de Janeiro (Cremerj). Ainda de acordo com o Cremerj, essa é a pior crise na saúde pública na história do estado.
Além das vistorias, o Cremerj tem recebido denúncias de médicos e pacientes a respeito principalmente do sucateamento das unidades estaduais, o que tem afetado também a rede pública município, pela sobrecarga e atraso nos repasses. Há falta de medicamentos e de recursos humanos, além de problemas estruturais, que dificultam o atendimento de qualidade à população. Ainda de acordo com o conselho, a Saúde do estado tem déficit de R$ 2,5 bilhões, sendo R$ 1,3 bilhão do ano passado e R$ 1,2 bilhão desse ano.
De acordo com o vice-presidente do Cremerj, Nelson Nahon, o estado está na iminência de ver suas unidades de saúde fechadas até o Natal. "Esta é a pior crise na saúde da história do Rio de Janeiro, porque ela afeta não só as unidades estaduais, mas também as municipais, que acabam ficando superlotadas", afirmou Nahon.
A constatação do Cremerj quanto à gravidade da crise se deu por meio das fiscalizações do órgão, das denúncias de entidades ligadas à saúde e, também, aos relatos dos profissionais médicos e enfermeiros.
"Os nossos colegas médicos estão desesperados no front", enfatizou Pablo Bastos, presidente da entidade. Segundo ele, há iminência de "um agravamento brutal [da crise] com a possibilidade de mortes acontecerem, de prejuízos à saúde que poderiam ter sido evitados".
Segundo o Cremerj, a partir do pedido de intervenção federal a entidade espera que seja montado um gabinete de crise que viabilize o repasse de verba para sanar o déficit do setor.
"O que estamos discutindo não é uma crise de gestão, mas uma crise financeira. Segundo a própria secretaria da saúde, o estado tem repassado para a pasta 5% do seu orçamento, quando a lei determina o repasse de 12%", destacou Nelson Nahon.
O presidente do Cremerj fez crítica à postura do ministro da saúde ao afirmar que espera da parte dele uma sensualização pelo lado humano quanto à garantia do direito inalienável à vida.
"Nós percebemos no ministro da saúde que ele tem um discurso de corte de gastos. Nós esperamos que com essa solicitação ele tenha sensibilidade de entender que, como ministro, ele não tem que cortar gastos, ele tem que atender a população, para isso ele é ministro", disse Pablo Bastos.
Nesta quinta (27), o Bom Dia Rio denunciou a falta de condições de atendimento no Hospital Estadual Melquíades Calazans, em Nilópolis, na Baixada Fluminense. Segundo funcionários da unidade, faltam insumos básicos e até seringas estão sendo reaproveitadas.
Na quarta, a equipe de reportagem do Bom Dia Rio conseguiu entrar no hospital e fez imagens de papeleiras sem papel para secar as mãos, das saboneteiras sem sabonete, pacientes e médicos tão lavando a mão só com água, do porta papel higiênico sem papel e das gavetas onde deveriam estar materiais de trabalho para médicos e enfermeiros, vazias.

Fonte: G1

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