domingo, março 13, 2016

PM e direção do maior presídio do RN fazem buscas por novos fugitivos

Segundo a Coape, presos que fugiram neste domingo usaram o mesmo túnel escavado para a fuga que aconteceu na quinta-feira (Foto: Divulgação/Força Nacional)Policiais da Força Nacional, a própria direção e agentes da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, o maior presídio do Rio Grande do Norte, entraram numa região de
mata fechada que segue em direção às praias do litoral Sul do estado em busca de detentos que foram vistos escapando da unidade na madrugada deste domingo (13). Alcaçuz fica em Nísia Floresta, cidade da Grande Natal.
A quantidade de fugitivos, no entanto, ainda não foi confirmada. Segundo a Coordenadoria de Administração Penitenciária (Coape), será preciso fazer uma recontagem dos apenados para saber, de fato, quantos presos fugiram desta vez. Na noite da quinta-feira (10), seis internos escaparam por um túnel escavado a partir do pavilhão 4, o mesmo que teria sido reabeto e utilizado para a fuga deste domingo.
“Infelizmente as informações que temos é que os presos fugiram pelo mesmo túnel. Ivo Freire (diretor de Alcaçuz) está fazendo buscas na mata, em direção às praias. Não estaria fazendo isso se não tivesse havido fuga, lógico. Agora, o procedimento é o de sempre: entrar, contar e informar quantos foram”, disse Durval Franco, diretor da Coape.
127 fugitivos em 2016
Sem contar com a quantidade de presos que fugiram neste domingo, 127 detentos já escaparam do sistema prisional potiguar neste ano.
Sistema em calamidade
O sistema penitenciário potiguar completa um ano em estado de calamidade pública no dia 17 deste mês. O decreto - que segundo a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) será renovado por mais seis meses - foi necessário após uma série de rebeliões que destruiu boa parte das 33 unidades prisionais mantidas pelo estado.
Neste período, o Rio Grande do Norte recebeu o reforço de 200 policiais da Força Nacional e gastou mais de R$ 7 milhões na reconstrução dos presídios depredados. Melhorou ou piorou? Segundo o secretário Cristiano Feitosa, “melhorou muito pouco”.
Ao G1, o secretário fez uma avaliação e disse que “o sistema prisional potiguar possui hoje uma equipe de diretores mais integrada e informações estão sendo trocadas com mais rapidez, mas nesse um ano, mais precisamente no último semestre, a Sejuc está investindo pesado em planejamento e em medidas que vão se concretizar nos próximos seis meses. Então, as mudanças de maior efetividade e repercussão ainda estão por vir”, ressaltou.
Atualmente, ainda de acordo com o secretário, o Rio Grande do Norte possui algo em torno de 3.500 vagas para uma população carcerária de 7.500 detentos. “Ou seja, temos um déficit de 4 mil vagas para preencher”, revelou.
Para Feitosa, acabar com a superlotação é a única alternativa que a Sejuc tem para solucionar outros problemas do sistema. O secretário concorda que o inchamento dos presídios só fortalece as facções e incentiva as fugas. “Uma hora uma coisa explode”, observa.

Fonte: G1

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