sexta-feira, fevereiro 12, 2016

Apesar do número de homicídios, Sesed considera período de carnaval tranquilo

(Foto: Demis Roussos/Governo do RN)Apesar de terem sido registrados 23 homicídios em todo o Rio Grande do Norte (nove na capital potiguar) durante o carnaval, a Secretaria de Estado da Segurança
Pública e da Defesa Social (Sesed) considerou o período tranquilo. A pasta apresentou na manhã desta sexta-feira (12) o balanço da Operação “Carnaval Mais Seguro” 2016, ocorrida entre às 20h do último dia 5 até às 6h desta quarta-feira (10).

Estiveram presentes na coletiva de imprensa desta manhã representantes da PM, do Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Instituto Técnico-científico de Polícia (Itep), Polícia Rodoviária Federal, Guarda Municipal e outros órgãos da segurança pública estadual e de Natal.

A secretária de Segurança Pública, Kalina Leite, considerou a ação integrada entre as  forças de segurança estaduais, federais e municipal positiva. “Não houve nenhuma grande ocorrência ou mesmo homicídio relacionados diretamente aos eventos de carnaval”, ponderou.

Questionada sobre o número de assassinatos, que aumentaram em relação ao ano anterior, que contou com 18 registros durante o período, a secretária mais uma vez destacou o fato de os 23 casos não terem relação direta com o carnaval e atribuiu os números ao envolvimento das vítimas com a criminalidade. “Se analisarmos percebemos que a maioria das ocorrências foi relacionada a pessoas envolvidas com ilicitudes. Por exemplo, não houve latrocínio ou nada do tipo no período”, afirmou.

Quanto à Polícia Militar, a corporação conseguiu a apreensão de 29 armas de fogo e 143 munições. Atuaram na operação 1.598 PMs, que mantiveram a doutrina da “tolerância zero”. “Nossa atuação é principalmente preventiva”, disse o comandante geral da PM, coronel Dancleiton Pereira, que ainda destacou a prisão de 12 foragidos da justiça em todo o estado.

Duas pessoas morreram afogadas

O Corpo de Bombeiros Militar (CBM) realizou em todo o carnaval 5.700 atendimentos no estado, sendo 5.536 realizados no litoral. A corporação contou com a atuação de 46 guarda-vidas distribuídos em 14 postos na costa potiguar. O comandante geral do CBM, coronel Otto Ricardo Saraiva, chamou a atenção para a redução de 73,3% no salvamento aquático, quando comparado ao carnaval do ano passado.

Para ele, os números positivos se devem ao trabalho preventivo realizado com ações educativas e de conscientização com os banhistas. Contudo, a operação ainda contou com números negativos. O CBM registrou duas mortes por afogamento nas praias da Redinha, em Natal, e do Ceará, localizada em Tibau.

O Serviço Técnico de Engenharia (Serten) realizou 41 vistorias em 33 municípios com estruturas de eventos temporários. Ao todo, cinco delas resultaram em interdições, em São Miguel do Gostoso, Barra de Maxaranguape, Triunfo Potiguar, Macau e Cerro Corá.

Polícia Civil realizou cerca de 170 flagrantes

A Delegacia Geral de Polícia Civil (Degepol) divulgou durante a apresentação do balanço da Operação Carnaval a realização de 167 flagrantes de pessoas suspeitas de terem praticado os mais diversos crimes. Destes, 55 ocorreram em Natal e Região Metropolitana. Durante o período atuaram 488 policiais civis entre agentes, delegados e escrivães.

O delegado geral Stênio Pimentel chamou a atenção para o fato de a maioria das prisões terem sido relacionadas a lesões corporais. “Nós da segurança pública nos unimos, fazemos a operação, mas a população ainda precisa nos ajudar. Não registramos crimes graves, mas vimos muitas lesões corporais. A maioria das prisões foi por lesão corporal, violência doméstica e embriaguez ao volante”, disse o delegado.

O Instituto Técnico-científico de Polícia (Itep) também apresentou seu balanço. O diretor geral do órgão, Odair Júnior, afirmou que foram realizados 250 atendimentos durante o festejo de momo e o destaque foi Caicó, onde foi disponibilizada uma equipe de perícia criminal. Foram analisados 33 locais de crime em todo o estado, sendo 19 deles relacionados a mortes violentas por uso de arma de fogo. Somente na capital potiguar foram 28 perícias realizadas.

Fonte: Portal Noar

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