domingo, janeiro 03, 2016

Quatro israelenses serão acusados de terrorismo antiárabe

Homem mostra foto de um bebê palestino que morreu queimado e cujos pais ficaram feridos em estado grave em um ataque de colonos israelenses que atearam fogo a sua casa na Cisjordânia ocupada. O ato doi classificado como terrorista por Israel (Foto: Majdi Mohammed/AP)Quatro judeus serão indiciados, neste domingo (3), em Israel, por envolvimento em atos de "terror violento contra árabes e suas propriedades", informou o
Ministério da Justiça neste sábado. Dois dos acusados são menores de idade.
As acusações que serão apresentadas à Justiça estão relacionadas ao incêndio de uma casa palestina na aldeia de Duma, na Cisjordânia.
Três membros de uma família palestina morreram no episódio, ocorrido em 31 de julho do ano passado. No dia do incêndio, morreu o bebê  Ali Dawabshé, de 1 ano e meio. Seu pai, Saad Dawabshé, morreu no hospital uma semana depois. A mãe, Riham Dawabshé, morreu após mais de um mês hospitalizada.
Comemoração
Na terça-feira (29), a polícia israelense anunciou a prisão de quatro homens suspeitos de comemorar, com outros extremistas judeus, a morte de Ali.
Eles aparecem em um vídeo divulgado por uma rede de televisão israelense, que mostra jovens judeus ortodoxos dançando durante uma festa de casamento, com armas de fogo e um coquetel Molotov enquanto apontavam para uma foto de Ali Dawabshé.
De toda a família palestina apenas uma outra criança, de quatro anos, sobreviveu. Ele sofreu queimaduras muito graves e continua hospitalizado em Israel.
Tensão
O ataque contra a família palestina Dawabshé deflagrou uma onda de indignação dentro e fora de Israel, aumentando a pressão sobre o governo de Benjamin Netanyahu.
O serviço de Segurança Interna, Shin Bet, manteve os suspeitos sob detenção administrativa, chegando a negar-lhes a possibilidade de receberem um advogado durante parte do tempo em que estiveram presos e até a usar força física durante as investigações.
O Shin Bet negou ter usado métodos ilegais e cometido tortura, ressaltando que a investigação foi supervisionada pelo procurador Yehuda Weinstein.

Fonte: G1

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