sábado, janeiro 09, 2016

Padre belga é investigado por suposto abuso sexual contra crianças no Ceará

Mandados acontecem em Fortaleza e Caucaia (FOTO: Reprodução)O Ministério Público Federal no Ceará (MPF/CE) investiga supostas práticas de abusos sexuais cometidas por um padre belga contra crianças do Ceará e do país europeu. A ação é realizada em
conjunto com o Tribunal de Primeira Instância de Bruxelas na Bélgica.

Nesta sexta-feira (8), foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em endereços de propriedade do investigado na capital cearense e em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Foram apreendidos computadores e documentos relativos a doações de imóveis para testemunhas do caso.

Todo o material será periciado pela Polícia Federal para que sejam colhidos elementos que possam comprovar a prática dos crimes. Posteriormente, o resultado da perícia será encaminhado ao tribunal belga.

Investigação

A investigação conjunta do MPF e do Tribunal de Primeira Instância de Bruxelas para apurar as denúncias contra o padre foi viabilizada pela assinatura de um acordo de cooperação internacional. Os crimes supostamente praticados são puníveis no Brasil e no país europeu.

A cooperação firmada entre agentes públicos do Brasil e da Bélgica tem permitido a troca rápida de informações sobre o caso e a realização de diligências investigativas e de oitivas. Nos dias 5 e 6 de novembro de 2015, representantes do tribunal belga estiveram em Fortaleza para acompanhar, na Procuradoria da República no Ceará, depoimentos de testemunhas do caso que motivou o acordo de cooperação.

As audiências, realizadas pelo MPF, tiveram a participação da procuradora Federal em Bruxelas Lieve Pellens, do juiz de Instrução do Tribunal em primeira instância de Bruxelas Patrick Gaudius; do Comissário de Polícia Federal Judiciária de Bruxelas Wernher Audenaert, do inspetor principal da Polícia Federal Judiciária de Bruxelas Peter Dewaele e do policial Kurt Boudry.

O Pedido de cooperação internacional em matéria penal funda-se em auxílio direto solicitado pelo Tribunal de Primeira Instância de Bruxelas, encaminhado pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça à Procuradoria-Geral da República, Secretaria de Cooperação Internacional.

Fonte: Tribuna do Ceará

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