domingo, agosto 16, 2015

Criança de quatro meses morre durante atendimento na UPA do Belo Horizonte

Criança chegou à UPA por volta das 6h30 com quadro de convulsões Sábado de polêmica com o registro de uma morte na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Belo Horizonte. Por volta das 7h30, uma criança com quatro meses de vida morreu de parada
cardiorrespiratória durante atendimento encaminhado pela equipe de plantão.

Segundo o diretor técnico da empresa que presta serviços médicos às UPAs de Mossoró, Diego Dantas, a criança deu entrada às 6h20 com um quadro convulsivo reentrante grave, o que levou a necessidade de atendimento imediato.

“Foi tentada a recuperação por cerca de trinta minutos com atendimento padrão. Ela foi medicada, monitorada, mas, infelizmente, teve uma evolução a pior”, destaca o médico.

Segundo Diego Dantas, a criança teve uma parada cardiorrespiratória às 6h50. Os próximos 40 minutos foram marcados por tentativas de reanimação, mas a criança não resistiu e morreu às 7h30.

O médico afirma que por se tratar de um período de troca de equipes o atendimento contou com a participação de cinco médicos, mas diante da gravidade do caso não foi possível reanimar a criança que faleceu por causa ainda desconhecida.

“Como se trata de uma morte de causa indeterminada o corpo foi levado ao Itep que encaminhará exames para que se chegue à causa da morte”, conclui.

Cidade está sem atendimento de UTI para crianças

Durante o atendimento, o serviço social da UPA tentou obter vaga numa Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) para onde a criança seria levada após a estabilização do quadro, mas o registro de problemas diversos levaram a constatação de que não havia vagas de UTI disponíveis em Mossoró.

Segundo o conselheiro tutelar Italo Mikael, por volta das 7h a assistente social da UPA entrou em contato para informar que estava com dificuldades para a busca de uma solução.

“O serviço social me acionou por volta das 7h para informar que tinha dado entrada uma criança em estado grave que precisava ser transferida, mas o Hospital Regional Tarcísio Maia não tinha pediatra de plantão, o Wilson Rosado não tinha vagas e a Almeida Castro só disponibilizava vagas neonatais”, destaca o conselheiro que foi novamente acionado minutos após com a informação de que a criança havia morrido.

Italo Mikael disse que registrará o caso para abrir investigação que identifique as causas para a falta de vagas, e cobrar providências.

“Pelo que os médicos nos repassaram, o que podia ser feito foi feito. O preocupante é que não tinha vagas para transferência. Nossa preocupação é de que se houver a necessidade de transferir uma outra criança não terá como ser feito. Vamos oficiar para cobrar providências”, conclui.

Fonte: O Mossoroense

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