Obama faz visita surpresa a igreja da comunidade cubana em Miami

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, visitou nesta quinta-feira (28) uma igreja da comunidade cubana em Miami, no estado da Flórida. A visita não

havia sido divulgada.

O presidente conversou com o padre Juan Rumin Dominguez, da igreja Ermita da Caridade, frequentada pelos exilados cubanos em Miami. A cidade, situada a menos de 400 km de Havana, é o enclave tradicional da comunidade cubana nos Estados Unidos. Ali vive cerca da metade dos dois milhões de cubanos residentes no país.

A visita do presidente, que estava em Miami para visitar o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês), foi um gesto à comunidade cubano-americana, afirmou Bernadette Meehan, porta-voz do Conselho Nacional de Segurança (NSC, em inglês).

Barack Obama visita nesta quinta-feira (28) a igreja Ermita da Caridade, frequentada pela comunidade cubana em Miami (Foto: REUTERS/Kevin Lamarque)

A visita ocorre em meio à histórica aproximação entre Washington e Havana após meio século de animosidades. As relações entre EUA e Cuba ficaram congeladas por 53 anos, mas em dezembro passado Obama e Raúl Castro, presidente da ilha, anunciaram o restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países. Delegações dos dois países se reúnem para negociar as medidas práticas desta reaproximação.

O presidente "honrará os sacrifícios feitos pelos cubano-americanos em busca da liberdade e da oportunidade, assim como suas extraordinárias contribuições para o nosso país", destacou Meehan.

Família de repórter decapitado

Em Miami, o presidente também esteve com a família do repórter israelense-americano Steven Sotloff, executado pelo grupo Estado Islâmico em setembro.

Obama, que está em visita a Miami, Flórida (sudeste dos Estados Unidos), reuniu-se com os pais do jornalista, Arte e Shirley, e sua irmã, Lauren.

Este encontro permitiu ao presidente "entender melhor o trabalho do jornalista Steven e sua paixão por contar histórias de sofrimento no mundo, incluindo na Síria", indicou Bernadette Meehan, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional (NSC).

O presidente elogiou o trabalho da fundação "2Lives", criada pela família após a morte de Steven para ajudar os jornalistas que trabalham em zonas de conflito.

Acredita-se que Sotloff foi decapitado pelo "Jihadista John", identificado pela imprensa como Mohammed Emwazi, um jovem londrino nascido no Kuwait que viajou para a Síria em 2012.

Fonte: G1