domingo, março 01, 2015

Moscou veta imagens num raio de 10 km da fronteira

 http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/As autoridades russas que atuam na fronteira com a Ucrânia pediram para a reportagem da Folha apagar as imagens feitas da área na tarde da
última quarta-feira (25).

O passaporte foi retido por uma hora para averiguação e devolvido mediante a comprovação de que as fotos tinham sido deletadas.

Funcionários do governo russo informaram que é proibido o registro de qualquer imagem num raio de 10 km de fronteira com a Ucrânia.

A Rússia é acusada pelas potências ocidentais e pela Ucrânia de usar as fronteiras para ajudar militarmente os separatistas. O presidente russo Vladimir Putin nega.

Antes de ser liberado, o carro da reportagem foi ainda escoltado por outro até esse limite estabelecido.

O episódio ocorreu no posto de controle que liga a Rússia à região ucraniana da cidade de Mariupol, palco de confrontos e única cidade de grande porte da região de conflito, no leste ucraniano, ainda sob poder das forças lideradas por Kiev.


O cenário era de absoluta tranquilidade na quarta-feira. Quando a Folha chegou, apenas quatro carros com placas da Ucrânia atravessavam a fronteira –a 1 km dali já é território ucraniano. A cidade de Mariupol está a cerca de 55 km desse ponto.

De dentro do carro, foi possível fotografar rapidamente, com telefone celular, a funcionária de imigração russa checando os passaportes dos ocupantes do veículo. Não parecia ser nada de mais.

Dois homens, então, fizeram uma abordagem e pediram os documentos.

O passaporte com o visto de trabalho e a credencial de jornalista emitidos pelo próprio governo russo foram entregues.

As autoridades começaram a fazer telefonemas e entraram numa sala, onde permaneceram uma hora com a documentação.

"Fique tranquilo, o Brasil é país amigo", disse um deles, sorrindo, em inglês.

Informaram que estava tudo "OK", mas que precisavam checar a câmera fotográfica e o telefone celular.

Ao confirmarem que as fotos não estavam mais disponíveis no aparelho, os documentos foram devolvidos. 

Fonte: Folha de São Paulo

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