segunda-feira, janeiro 12, 2015

PM afasta policiais que mataram jovem por engano na Baixada Fluminense

Vídeo divulgado pela "Veja" mostra ação de PMs que terminou na morte de jovemA Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que afastou os dois policiais que atiraram contra um carro em Nilópolis, na Baixada Fluminense, matando a jovem Haíssa Vargas Motta, 22, na
madrugada de 2 de agosto de 2014.

O crime veio à tona depois que a revista "Veja" divulgou, no sábado (10), imagens gravadas pelas câmeras internas de um carro de patrulha que registram em detalhes a ação policial. A polícia, porém, não informou a data do afastamento.

Ao todo, os policiais disparam nove tiros de fuzil contra o carro em que Haíssa estava com mais quatro amigos. A jovem chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo a PM, os policias estão respondendo a um Inquérito Policial Militar, que deve ter seus resultados divulgados nos próximos dias.

No vídeo, ao perceber a aproximação do veículo em que a jovem estava, um Hyundai HB20, um dos policiais comenta: "é um carro daquele branco que tá roubando". O fato de alguns dos jovens no carro estarem de boné é considerado suspeito. "Aí, quatro moleques agora aqui, 'estranhão'.(...) Quatro moleques, boné e tudo", diz o policial.

Em seguida, tem início a perseguição. Pouco depois o policial que estava no banco do carona coloca metade do corpo para fora de uma janela e abre fogo contra o carro.

A imagem seguinte já mostra os dois agentes dando carona para duas amigas da vítima até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Nilópolis, onde Haíssa foi socorrida.

Um dos policiais indaga: "Por que não pararam? Vidro aberto, escutando [o pedido] para parar". Quando uma das mulheres afirma que isso não seria motivo para os policiais terem atirado, o agente concorda. "Não, não justifica ter dado tiro, está bom?". 

O caso foi registrado na 58ª DP (Posse). No registro de ocorrência os policiais afirmaram que patrulhavam a avenida Marechal Alencar quando viram o carro, que seria semelhante ao de bandidos da região.

Eles teriam pedido para o motorista parar, mas não foram atendidos. Os policiais disseram ainda que passaram a atirar contra os pneus do carro depois de ouvir um barulho que acharam ser de um tiro. 

Fonte: Uol

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