Previsão de chuvas para o próximo trimestre no NE

A tendência pluviométrica para os meses de junho, julho e agosto na maioria dos Estados do Nordeste é que as chuvas ocorram dentro da média e acima do normal, ou seja,

os próximos três meses serão de muita umidade, principalmente para algumas regiões do Rio Grande do Norte.

Esse foi o resultado do prognóstico climático elaborado por meteorologistas de vários Estados do Nordeste que estiveram reunidos em Aracaju (SE), nos dias 22 e 23 deste mês, na 3.ª Reunião de Análise e Previsão Climática para o Leste da Região Nordeste.

O meteorologista Gilmar Bristot, da Gerência de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), esteve participando do encontro. Segundo ele, a divulgação do prognóstico ocorreu na manhã de ontem (23), na Sala de Situação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH).

Diferente do trimestre do ano passado, quando mesmo no período considerado chuvoso o Nordeste sofria maior déficit hídrico por escassez das chuvas. Ele disse que a expectativa é de o clima se comportar nesse trimestre nas categorias dentro da média e acima da normal climatológica, a possibilidade de os aqüíferos melhorar o volume de água, bem como os açudes naturais e artificiais é animadora.

 “Contudo, a condição climática não estabiliza o déficit hídrico do Estado, mas minimiza os impactos causados pela seca que atingiu o  Estado e todo o Nordeste nos últimos dois anos”, comentou

De acordo com o meteorologista, para os meses de junho e julho, a média indica volume máximo esperado de 260milímetros do total mensal acumulado. “Contudo, as chuvas poderão acontecer acima dessa média aguardada. No mês de agosto, a média máxima esperada é de 210 milímetros. O consenso entre os meteorologistas é que “não se descarta a grande variabilidade temporal e espacial da chuva, assim como a possibilidade de episódios de chuvas intensas”.

Maioria dos municípios do RN enfrenta rodízio

A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN) afirma que a maior parte dos municípios do Alto Oeste e Seridó também está sendo abastecida por algum tipo de sistema de rodízio, mas não soube precisar quantos ou quais enfrentam essa situação.

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos (SEMARH), se reúne com o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS) e Caern para discutir alternativas para o abastecimento do Seridó. O debate acontece em Currais Novos, cidades  com abastecimento também crítico, que desde 2013 têm a água fornecida em regime 24h-48h. Cada um dos três setores divididos pela companhia recebe água por 24 horas e tem o abastecimento suspenso por 48 horas. Em Currais Novos, choveu apenas 257,7mm desde o começo do ano.

De acordo com o meteorologista-chefe da Emparn, Gilmar Bistrot, a estimativa é que as chuvas no Litoral e Agreste do RN tenham início no final de maio e se estendam por até três meses. A previsão é de precipitações “dentro da normalidade” para as duas regiões: no Litoral, o volume de chuvas fica entre 500mm e 600mm; já no Agreste, a estimativa fica entre 200mm e 400mm.

Porém, no Alto Oeste e Seridó, onde a pouca chuva não melhorou o nível dos mananciais, o sertanejo não pode ter tanta esperança.

Reprodução Cidade News Itaú via Defato