domingo, abril 27, 2014

Morte de coronel pode ser ´queima de arquivo´ ou ´vingança´, diz polícia

 http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/O delegado adjunto Fabio Salvaretti, da Divisão de Homicídios (DH) da Baixada Fluminense, disse em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (25) que não descarta
nenhuma hipótese para a morte do coronel reformado do Exército Paulo Malhães, conhecido por sua atuação na repressão política durante a ditadura militar. Salvaretti disse que trabalha com a hipótese de vingança, queima de arquivo e latrocínio.

De acordo com o delegado, a mulher do coronel, Cristina Batista Malhães, e Paulo Malhães, chegaram em casa por volta das 14h de quinta-feira (24) e três homens, um deles encapuzado,  já estavam no interior da residência, em Nova Iguaçu, na Baixada. Cristina foi levada junto com o caseiro para um cômodo e o coronel foi levado para um dos quartos da casa. Cristina e o caseiro deixaram a delegacia por volta das 17h45.

Salvaretti acredita que Paulo Malhães tenha sido morto por volta das 20h. Segundo ele, o corpo do coronel foi encontrado no chão, de bruços, com a cabeça em um travesseiro, sem marcas de tiro. O delegado trabalha com a hipótese de que o coronel tenha sido asfixiado.

O delegado disse que pelo menos duas pistolas e uma arma que pertencia a coleção do coronel foram roubadas. Além das armas, jóias, R$ 700 em espécie, dois computadores e impressoras também foram roubados. Salvaretti disse ainda que uma testemunha ligou para o Disque Denúncia dizendo que tinha informações sobre o caso, mas ela ainda não depôs.

Morte

Paulo Malhães foi encontrado morto dentro de casa, no bairro Ipiranga, na área rural de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, na manhã desta sexta-feira (25). Segundo a Divisão de Homicídios da Baixada, a casa do coronel de 76 anos foi invadida por volta das 13h desta quinta (24). Segundo sua mulher, Cristina Batista Malhães, ela e o caseiro teriam sido feitos reféns até as 22h. Os agentes buscam imagens de câmeras de segurança que possam auxiliar na identificação da autoria do crime.

O crime ocorre cerca de um mês depois de o militar ter admitido na Comissão Nacional da Verdade que participou de torturas e desaparecimentos durante a ditadura, inclusive o do ex-deputado Rubens Paiva.

O local não tem câmeras de segurança, de acordo com o delegado Fábio Salvadoretti, que investiga o caso. A mulher e o caseiro não conseguiram reconhecer os criminosos, mas afirmam não ter sofrido violência física. O corpo de Paulo Malhães foi levado para o Instituto Médico-Legal (IML) de Nova Iguaçu.

O Clube Militar, associação que reúne militares da reserva do Exército, informou que não se pronunciará sobre o caso por não conhecer as circunstâncias da morte do coronel. O chefe de gabinete da presidência da instituição, coronel Figueira Santos, afirmou que o Clube Militar só irá se manifestar se surgir algum "fato novo". O Comando Militar do Leste, no Rio, também informou que não vai comentar o caso, já que as investigações estão a cargo da Polícia Civil.

Reprodução Cidade News Itaú via G1

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