sexta-feira, janeiro 18, 2013

Liminar retarda investigação do MP de Minas nas contas de Kalil e de ex-presidentes atleticanos


Alexandre Kalil teve pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal pelo Ministério Público
Um ano depois de solicitar e obter autorização para a quebra dos sigilos bancário e fiscal do presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, e de outros três mandatários alvinegros, o Ministério Público de Minas Gerais ainda não conseguiu efetivar a investigação. O pedido foi motivado por empréstimos considerados suspeitos feitos por pessoas físicas e repassados ao clube.

De acordo com o promotor de Justiça do Patrimônio Público, Eduardo Nepomuceno, um dos investigados, cujo nome não revelou, obteve liminar junto ao Tribunal de Justiça de Minas concedendo o trancamento da investigação. Segundo ele, o Ministério Público aguarda o julgamento da decisão do mérito.

“Caso seja confirmado o trancamento da investigação no âmbito do Ministério Público não há mais o que fazer”, afirmou Eduardo Nepomuceno ao UOL Esporte.

Segundo ele, inicialmente a Justiça havia atendido à solicitação de quebra dos sigilos bancário e fiscal de Alexandre Kalil, atual presidente do Atlético-MG e dos ex-presidentes Ricardo Guimarães (proprietário do BMG), Nélio Brant, ex-diretor dos bancos Rural e BMG e Luiz Octávio Ziza Valadares, além do ex-assessor especial da Presiência, Hissa Elias Moyses, que atua na área esportiva do BMG. A empresa de Kalil, Erkal Engenharia Ltda, também estava sob investigação.

A solicitação, feita pelo Ministério Público de Minas Gerais, em janeiro do ano passado, contemplava o período de janeiro de 1998 a dezembro de 2006. O assunto voltou à tona, nesta quinta-feira, após a publicação pelo jornal O Globo de matéria revelando o pedido de autorização para a investigação.

De acordo com a matéria do jornal carioca, na petição, o MP justifica ser necessário o acesso às informações bancárias e fiscais para instruir uma investigação de enriquecimento ilícito através de agiotagem em empréstimos contraídos pelo clube de futebol.

Segundo informação de Eduardo Nepomuceno ao UOL Esporte, o objeto da investigação foram empréstimos feitos por pessoas físicas e repassados para o clube com cobranças de juros.

Em nota oficial, divulgada à tarde e publicada no site oficial do Atlético-MG, Alexandre Kalil classifica como “intimidatória” a estratégia de tornar público um assunto já explorado e esclarecido em outras ocasiões”. Sem nominar, Alexandre Kalil relaciona a divulgação da notícia à "batalha" travada em favor do Atlético, Ele deixa a entender que é a resistência a assinar contrato com a Minas Arena para mandar os jogos do clube no Mineirão.

“Nunca fui sequer chamado pelo Ministério Público para qualquer esclarecimento. A estratégia intimidatória não vai funcionar. Causou estranheza que tal assunto, já explorado e esclarecido em outras ocasiões, tenha vindo à tona agora, quando travo mais uma batalha em defesa do Atlético. Tenho a consciência tranquila e as mãos limpas, e vou continuar buscando os objetivos que entendo interessantes para o clube”, afirmou Kalil.

“Coloco as contas e toda a documentação pedida na referida ação, que não conheço, à disposição do Ministério Público”, afirmou Kalil, em outro trecho da nota oficial. “Esses empréstimos nunca circularam em minha conta, nem na conta de minha empresa. Eram tomados no banco em meu nome e transferidos diretamente ao clube, que por sua vez pagava, também diretamente à instituição financeira, como prova toda documentação que tenho em minhas mãos. Tal transação será devidamente comprovada na quebra de meu sigilo bancário”, complementou.

Fonte: Uol Esporte/ Cidade News Itaú

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