sábado, junho 22, 2024

Técnico de enfermagem morre em acidente ao colidior moto com bicicleta na RN 177



Um acidente de trânsito com vítima fatal foi registrado nesta sexta-feira 21 de junho de 2024, na RN 177 no sítio Catolezinho, próximo à entrada de Riacho Santana.


A vítima, identificada apenas como Cleosvaldo Negreiros de Araújo de 54 anos, era técnico de enfermagem. Ele colidiu sua motocicleta com um ciclista que pedalava pelo acostamento da pista da rodovia estadual.


O ciclista, ainda não identificado, sofreu lesões e foi levado ao hospital para atendimento médico. Já o motociclista não resistiu aos ferimentos e foi óbito no local.


O cordo do enfermeiro foi recolhido, pós a perícia e encaminhado ao Instituto de Medicins Legal do Itep unidade de Pau dos Ferros para exames. A Polícia Civil investiga o caso.




Fonte: Fim da Linha

Leia Mais ››

Fã potiguar entrega carta com mais de 500 metros e quase 5 kg para Bruno e Marrone

Assistente social Jocasta Olegário se emociona em encontro com o cantor Bruno, em Mossoró. — Foto: Iara Nóbrega/Inter TV Costa Branca


A assistente social Jocasta Olegário viveu uma noite mágica ao entregar uma carta com mais de 500 metros de comprimento e quase 5 kg ao cantor Bruno, que faz dupla com Marrone. O encontro aconteceu nesta sexta-feira (21), em Mossoró, antes de show no "Mossoró Cidade Junina".


Marrone passou por uma cirurgia de urgência nesta semana e Bruno se apresentou sozinho. Na abertura do show foi exibido um vídeo em que Marrone falou ao público, lamentando sua ausência.


Fã potiguar entrega carta de 500 metros e 5 kg para Bruno e Marrone — Foto: Inter TV Costa Branca


A carta da fã potiguar começou a ser escrita em 2010, após ela encontrar os cantores pela primeira vez, também em Mossoró.


Bruno brinca com display de Marrone, que não pôde estar no show de Mossoró — Foto: Reprodução/Inter TV Costa Branca

Bruno se apresenta no Mossoró Cidade Junina sem Marrone, que se recupera de uma cirurgia — Foto: Lucas Bulcão/Secom/PMM


A fã colocou na carta mensagens de carinho e amor pela dupla, além de fotos e letras de músicas que gosta. Ela disse que escrevia um pouco todos os dias, sem exceções.


Jocasta com Bruno e Marrone em 2010 — Foto: Arquivo pessoal


Fonte: g1

Leia Mais ››

40 servidores de projeto da UFRN receberam valores acima do teto durante 6 anos, aponta CGU

Controladoria-Geral da União (CGU) sede fachada Natal Rio Grande do Norte RN — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


Quarenta servidores de um projeto da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) receberam valores acima do teto constitucional entre janeiro de 2017 e março de 2023, apontou uma auditoria feita pela Controdoladoria-Geral da União (CGU). (Veja mais abaixo o que diz a UFRN e as outras entidades envolvidas).


A auditoria - concluída em fevereiro - foi realizada para averigar o pagamento em bolsas de pesquisa e as remunerações dos servidores acima do limite do teto. O valor total, somado, pago aos servidores e que estava acima do teto foi de R$ 1.398.214,00 durante os seis anos.


Os tetos constitucionais para o funcionalismo público durante esse período eram:


De janeiro de 2017 a novembro de 2018: R$ 33.763,00;

De dezembro de 2018 a março de 2023: R$ 39.293,32.

Os servidores, portanto, ganharam remunerações acima desses valores nesse período.


Segundo a CGU, o teto constitucional foi extrapolado por servidores docentes da UFRN em um projeto realizado pela Fundação de Apoio da UFRN (Funpec) e gerenciado pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS).


Em janeiro de 2023, o projeto foi alvo de uma investigação da Polícia Federal sobre o desvio de recursos do Ministério da Saúde. Segundo as investigações, o MS transferiu para a UFRN aproximadamente R$ 165 milhões, em 2017, para serem empregados em um projeto.


Na época, 21 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Foram investigados crimes como fraude à licitação, falsidade ideológica, peculato e lavagem de dinheiro na contratação de uma empresa de publicidade por parte do projeto.


6 servidores ganharam 85% do total pago acima do teto

O relatório apontou que seis desses 40 servidores reuniram 85% do total que foi pago acima do teto. Os outros 34 receberam os 15% restantes.


A auditoria mostrou que o servidor que mais ganhou acima do teto recebeu cerca de R$ 601 mil nos seis anos. Considerando toda a remuneração, inclusive a que está dentro do teto, ele ganhou R$ 3,3 milhões nesse período.


Os nomes dos servidores não foi apontado pela auditoia, que listou os servidores através das letras iniciais dos nomes.


Além do primeiro servidor, os outros cinco que reuniram os 85% dos ganhos acima do teto receberam os seguintes valores de 2017 a 2023: R$ 152 mil, R$ 129 mil, R$ 106 mil, R$ 96 mil, e R$ 92 mil.


UFRN — Foto: Lucas Cortez/Inter TV Cabugi


UFRN tem deficiência para identificar gastos acima do limite, diz CGU

A auditoria da CGU também concluiu que os instrumentos de controle da UFRN "não são suficientes para identificar recebimentos acima do teto constitucional", considerando remunerações e bolsas gestadas pela universidade.



Segundo a Controladoria-Geral da União, na UFRN os controles da UFRN "não contam com sistema informatizado de bolsas e retribuição pecuniária que permita a atuação tempestiva em eventuais extrapolações de teto e considere todas as remunerações legais para cálculo do teto".


O documento diz que que foi verificado também "deficiências nas atribuições e rotinas de acompanhamento e controle de limite remuneratório".


O que dizem as instituições envolvidas

UFRN


Em nota, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) informou que autou junto à Controladoria-Geral da União para resolver as questões apontadas e que realiza o acompanhamento conínuo de situações como as apontadas no relatório.


Apesar disso, a UFRN disse que "não tem acesso a todas as bases de dadoa acessadas pela CGU". Com relação às situações apontadas no relatório, a UFRN informou que "os processos foram abertos e os servidores foam notificados paras as devidas explicações e providências".


Funpec


A Funpec informou que faz a gestão administrativa e financeira de projetos da universidade e que, entre outras despesas, realiza o pagamento de bolsas, mas que "é de responsabilidade da universidade o controle do teto remuneratório".


A Funpec informou ainda que o pagamento de bolsas é realizado de acordo com o que está previsto no plano de trabalho aprovado pela UFRN e pelo órgão financiador do projeto.


LAIS


O Laboratório de Inovação em Saúde (Lais) disse que não vai se pronunciar sobre o assunto, porque a investigação do projeto está suspensa por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).


Fonte: g1

Leia Mais ››

Operação Fundo no Poço: Justiça Eleitoral manda soltar 5 presos investigados por esquema de desvio de verba partidária

PF apreendeu em Goiânia helicóptero que teria sido comprado com dinheiro público desviado de fundos do PROS — Foto: Divulgação/PF


A Justiça Eleitoral determinou a soltura de cinco pessoas presas pela Polícia Federal na Operação Fundo no Poço, que apura um suposto esquema de desvio em 2022 de verbas partidárias do PROS – legenda que foi incorporada ao Solidariedade em 2023.


Com as decisões da Justiça Eleitoral, dos sete presos pela Polícia Federal, somente dois permanecem presos: o presidente licenciado do Solidariedade, Eurípedes Gomes Júnior; e Felipe Espírito Santo, também investigado no suposto esquema.


Nesta sexta-feira (21), o ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou a soltura do advogado Bruno Pena, que é apontado como testa de ferro de Eurípides no suposto esquema de desvio de recursos eleitorais. Para Raul Araújo, não há elementos que justifiquem a prisão.


"Não há indicação concreta de quais empresas fantasmas foram criadas, tampouco por quais meios e em quais datas, apenas como exemplo, sendo genéricas as razões lançadas acerca do preenchimento dos requisitos de ordem pública e conveniência para instrução criminal, sob o fundamento de que o paciente poderia, ainda, 'manipular provas'", escreveu Raul Araújo na decisão.

Neste sábado (22), o juiz Lisandro Gomes Filho, da 1ª Zona Eleitoral do Distrito Federal, determinou a soltura de mais quatro presos, que terão de cumprir medidas cautelares. São eles:


Armisson Gonçalves de Lima

Cíntia Lourenço da Silva

Alessandro Sousa da Silva

Fabrício George Gomes da Silva

A decisão foi tomada porque os investigados alegaram problemas de saúde ou necessidade de auxiliar familiares em tratamentos.


Lisandro Gomes Filho determinou, no entanto, que os quatro soltos cumpram as seguintes medidas:


não podem manter contato com os demais investigados e pessoas relacionadas a fatos investigados pela Polícia Federal

recolhimento domiciliar à noite e nos dias de folga

uso de tornozeleira eletrônica

Suspeita de desvios milionários

As investigações começaram a partir de uma denúncia feita por Marcus Vinicius Chaves de Holanda, que foi presidente do PROS. Ele acusou Eurípedes Júnior de desviar cerca de R$ 36 milhões do partido.


No dia 12 de junho, os policiais federais foram às ruas para bloquear R$ 36 milhões e 33 imóveis do grupo.


Na ocasião, Eurípides não foi encontrado em casa pelos agentes durante a operação. Ele tinha uma viagem marcada, mas também não compareceu ao aeroporto. O dirigente partidário chegou a ter o nome incluído na lista vermelha da Interpol, antes de se entregar no último sábado (15).


Na última terça-feira (18), ele foi transferido da Superintendência da PF no Distrito Federal para a Papuda.


Helicóptero apreendido


Os mandados foram autorizados pela Justiça Eleitoral do Distrito Federal. Em Goiás, a PF apreendeu R$ 26 mil em espécie.



Também foi apreendido, em Goiânia, um helicóptero registrado em nome do PROS. A aeronave teria sido adquirida com recursos públicos desviados dos fundos do partido. O helicóptero teria custado R$ 2,4 milhões.


A aeronave, modelo R66, estaria sendo usada somente pra fins particulares do presidente do Solidariedade, Eurípedes Junior. Ele também emprestava o helicóptero para amigos e familiares, segundo os investigadores.


O que diz o presidente licenciado do Solidariedade


O presidente licenciado do Solidariedade, Eurípedes Júnior (de branco), em imagem desta quinta-feira (20) — Foto: Luiz de Castro/TV Globo


No dia em que Eurípedes se entregou à Polícia Federal, a defesa do presidente do solidariedade divulgou a seguinte nota:


1- Após ter se licenciado do exercício das suas funções de dirigente partidário, o Sr. Eurípedes Gomes Macedo Júnior, voluntariamente, apresentou-se à Polícia Federal do Distrito Federal, para permitir o cumprimento do mandado de prisão preventiva expedido em seu desfavor.


2- Os advogados que integram a sua defesa afirmam que o Sr. Eurípedes Gomes de Macedo Júnior demonstrará perante a Justiça não só a insubsistência dos motivos que propiciaram a sua prisão preventiva, mas ainda a sua total inocência em face dos fatos que estão sendo apurados nos autos do inquérito policial em que foi determinada a sua prisão preventiva.


Brasília, 15 de junho de 2024


Em nota, o Solidariedade informou que Eurípedes solicitou licença da presidência da legenda por prazo indeterminado. O deputado federal Paulinho da Força (SP) assumiu o comando nacional da sigla.


Fonte: g1

Leia Mais ››

STF forma maioria sobre regras das 'sobras eleitorais'; 7 deputados podem perder o mandato

Fachada da Câmara dos Deputados, em Brasília — Foto: Pedro França/Agência Senado

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de ministros no sentido de aplicar, sobre o resultado das eleições para a Câmara dos Deputados de 2022, a decisão que anulou as regras das chamadas "sobras eleitorais" -- vagas não preenchidas na eleição para deputados e vereadores. Com esse entendimento, 7 deputados podem perder o mandato.


(CORREÇÃO: ao publicar esta reportagem, o g1 errou ao afirmar que as regras a respeito das sobras eleitorais, discutidas pelo STF, também são aplicadas aos senadores. As sobras eleitorais ocorrem somente nas chamadas eleições proporcionais, que envolvem as vagas de deputados estaduais, deputados federais e vereadores. A informação foi corrigida às 18h10 de 22 de junho.)



O que está em jogo é o seguinte: em 2021, foi aprovada uma regra que restringia o acesso de partidos pouco votados a essas vagas remanescentes. Nas eleições de 2022, foi aplicada essa regra. Mas, em fevereiro de 2024, o STF entendeu que a regra é inconstitucional.


Agora, os ministros julgam um recurso que questiona se deve ser derrubada a aplicação da regra sobre o resultado de 2022. Ou seja, se o resultado de 2022 deve refletir as normas anteriores a 2021, quando foi aprovada a regra posteriormente considerada inconstitucional.


Se o entendimento dos ministros for mesmo esse, como já sinaliza a maioria, 7 deputados poderão perder o mandato.


Os ministros começaram a analisar nesta sexta-feira (21) pedidos de revisão do trecho que trata do momento de aplicação da decisão.


Os recursos foram apresentados por partidos como Rede Sustentabilidade, PSB e Podemos. Eles argumentaram que a proposta para aplicar efeitos futuros à decisão não teve o apoio de oito ministros, como prevê a lei. Com isso, pedem que a decisão incida também sobre o resultado das urnas de 2022 para a Câmara.


O julgamento foi interrompido pelo ministro André Mendonça. Os votos antecipados dos ministros Dias Toffoli e Cristiano Zanin contribuíram para forma a maioria.



Julgamento virtual

O julgamento sobre o caso chegou a ser iniciado nesta sexta-feira (21) no plenário virtual, formato de deliberação em que os ministros apresentam seus votos na página do tribunal na internet.


A relatora, ministra Cármen Lúcia, votou para rejeitar os recursos. Considerou que o pedido não preencheu os requisitos necessários para tramitar. E que a decisão de aplicação da orientação em momento posterior levou em conta a previsão de que não pode haver modificação no processo eleitoral a menos de um ano das eleições.


"O exame da petição recursal é suficiente para constatar não se pretender provocar esclarecimento de ponto obscuro, omisso ou contraditório ou corrigir erro material, mas modificar o julgado para fazer prevalecer a tese do embargante", declarou.


O ministro Alexandre de Moraes divergiu. Entendeu que a decisão deve ser modificada e ter efeitos sobre o pleito de 2022.


"Declarada a inconstitucionalidade da vedação a que todos os partidos políticos participem da fase final de distribuição das sobras eleitorais, não subsiste qualquer razão para a aplicação desse entendimento apenas no pleito de 2024, com fundamento no art. 16 da CF, pois a sua aplicação imediata não compromete, mas sim promove a igualdade de condições de disputa eleitoral e política", escreveu.



Outros cinco ministros seguiram a divergência: o decano Gilmar Mendes e os ministros Flávio Dino, Nunes Marques, Dias Toffoli e Cristiano Zanin. Estes dois últimos anteciparam os votos.


Aplicação nas eleições de 2022

Se o Supremo concluir o julgamento e atender aos pedidos de revisão e permitir a aplicação do entendimento sobre o resultado de 2022, deverá haver impactos na configuração da Câmara dos Deputados.


À época da primeira decisão, a Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep) concluiu que, se a orientação valer para a eleição de 2002, pelo menos sete deputados perderiam os mandatos:


Silvia Waiãpi (PL-AP)

Sonize Barbosa (PL-AP)

Goreth (PDT-AP)

Augusto Pupiu (MDB - AP)

Lázaro Botelho (PP- TO)

Gilvan Máximo (Republicanos-DF)

Lebrão (União Brasil-RO)


O que são as sobras eleitorais?

O termo sobras eleitorais se refere ao seguinte:


▶️Nas disputas para o Legislativo (deputados e vereadores), a eleição é proporcional. É diferente da eleição para presidente ou governador, por exemplo, que é majoritária.


▶️Na eleição majoritária, o candidato com mais votos ganha.


▶️Na proporcional, o eleitor pode escolher se vota no partido ou no candidato. Mesmo o voto no candidato é computado também para o partido.


▶️A proporcional tem outra característica própria: ela utiliza um número calculado pela Justiça, chamado quociente eleitoral, que leva em conta a quantidade de eleitores e de vagas em disputa.



O quociente eleitoral estabelece o número mínimo de votos que um partido precisa para eleger um candidato. Se o partido atinge a quantidade determinada pelo quociente eleitoral uma vez, tem direito a eleger seu candidato mais bem votado. Se atinge duas vezes, elege seus dois mais votados. E assim sucessivamente.


Por exemplo, se o quociente for 100 mil, o partido com 300 mil votos elege 3 deputados.


O problema é que a quantidade de votos recebida por todos os partidos é um múltiplo não exato do quociente eleitoral, um número não redondo.


A parcela que resta são as chamadas sobras eleitorais.


Fonte: g1

Leia Mais ››

STJ decreta prisão preventiva de bacharel por suspeita de corrupção no caso do desembargador investigado por venda de decisões judiciais

Ivo de Almeida durante posse como desembargador em 2013 — Foto: Divulgação/TJSP


O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decretou a prisão preventiva do bacharel em direito Wellington Pires por suposto envolvimento no caso do desembargador Ivo de Almeida, que é investigado por suspeita de vender decisões judiciais. A ordem de prisão ainda não foi cumprida porque ele não foi localizado.


Segundo a investigação, Wellington prestaria serviços informais ao advogado Luiz Pires Moraes Neto, auxiliando-o diretamente nas tratativas com representantes do desembargador Ivo de Almeida para compra de decisões judiciais. O g1 tenta contato com a defesa de Pires.


De acordo com a "Operação Chucarrascada", da Polícia Federal, Ivo é suspeito de vender sentenças judiciais em processos sob a sua relatoria e em casos que passavam por seus plantões judiciais. A PF também apura a suspeita de que o desembargador obrigaria funcionários do seu gabinete a darem a ele parte dos salários que recebiam, prática conhecida como "rachadinha".


O nome da operação remete ao termo “churrasco”, utilizado pelos investigados para indicar o dia do plantão judiciário do magistrado.


Outros desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo receberam com estarrecimento a informação de que um de seus magistrados era alvo da PF por suspeita de corrupção. Internamente os juízes consideram que a área criminal, onde Ivo atua, é a menos propensa da Justiça a se envolver em corrupção.


Afastamento do desembargador

Após a divulgação das informações da operação da PF, o STJ afastou o desembargador por um ano.


A reportagem tenta contato com o magistrado e sua defesa para comentarem o assunto.


A Corregedoria Nacional de Justiça também instaurou Reclamação Disciplinar (RD) contra o desembargador.


De acordo com a decisão do corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, a divulgação dos fatos pela imprensa “pode indicar que a conduta do requerido é contrária aos deveres de independência, prudência, imparcialidade, integridade profissional e pessoal, à dignidade, à honra e ao decoro, circunstâncias que justificam a instauração de processo”.


Na decisão, o ministro Salomão dá prazo de 10 dias para que a presidência e a Corregedoria Geral de Justiça do Tribunal de Justiça de São Paulo prestem informações, sobre eventuais pedidos de providências e processos administrativos envolvendo o desembargador.

Ivo de Almeida já foi juiz corregedor dos presídios paulistas em 1992 durante o "Massacre do Carandiru".


Ivo tem 66 anos. Ele é formado em direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Ingressou na magistratura em 1987 como juiz substituto em Bauru, interior paulista.


Em 1992, quando foi juiz corregedor dos presídios, Ivo tinha a missão de corrigir os eventuais erros e os abusos cometidos pelas autoridades penitenciárias contra os presos.


Em 2 de outubro daquele ano, a Polícia Militar (PM) invadiu o Pavilhão 9 da Casa de Detenção do Carandiru, na Zona Norte de São Paulo, para conter uma rebelião de detentos. Ao todo, 111 presos morreram. A PM foi acusada pelo Ministério Público (MP) de executar 77 presidiários. Os outros 34 foram mortos pelos próprios colegas de cela.


Ivo chegou a ser ouvido como testemunha em um dos julgamentos contra os PMs pelo 'Massacre do Carandiru'. O magistrado tomou posse como desembargador do TJ em 2013.


“É o momento de renovar nossos votos, nossos compromissos de bem servir à Justiça paulista com dedicação, afinco e, sobretudo, com lealdade”, falou Ivo, quando assumiu há mais de dez anos a 1ª Câmara de Direito Criminal do TJ como desembargador.


Fonte: g1

Leia Mais ››