quarta-feira, agosto 05, 2020

Após 103 dias internado, homem de 56 anos supera Covid-19 e recebe alta em Natal

Um homem de 56 anos se recuperou da Covid-19 e recebeu alta após ficar 103 dias internado em Natal. José Nelson Ferreira chegou a ficar 90 dias em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Natal (HMN).

José Nelson Ferreira recebe alta após ficar 103 dias internado em hospital de Natal — Foto: Joana Lima
José Nelson Ferreira recebe alta após ficar 103 dias internado em hospital de Natal — Foto: Joana Lima

Portador de rim único, José Nelson Ferreira chegou no dia 24 de abril ao Hospital Giselda Trigueiro, que na época era a porta de entrada de pacientes com o novo coronavírus. Foi encaminhado para o Hospital Municipal de Natal e lá permaneceu até a tarde desta quarta-feira (5). De acordo com a prefeitura, ele foi o quinto paciente com Covid-19 a dar entrada na unidade e se tornou o com maior tempo de internação.

"Tivemos mais de 180 pacientes enquanto ele esteve internado aqui. Aprendemos como tratar Covid-19 com ele. Todas as complicações que um paciente pode ter, ele teve: diálise, pneumonia, lesão por pressão... Nunca atendi por tanto tempo um paciente numa UTI. Ele lutou muito e hoje volta pra casa. É um paciente que nos surpreendeu, que quis muito viver", comentou Ana Patrícia Tertuliano, Coordenadora da UTI do Hospital Municipal.

No período de internação, esteve entubado durante 60 dias e há 13 dias apresentou melhora no quadro. Foi transferido para a enfermaria até receber alta. Na saída do hospital, vários profissionais fizeram questão de aplaudir José Nelson.

"Todos os dias a gente recebia notícias no fim da tarde, por telefone. A expectativa era grande, assim como nossa fé. Hoje ele volta pra casa", comemora Ana Helena, filha de José Nelson.

Fonte: G1
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RN chega a 53.490 casos confirmados e 1.933 mortes por Covid-19

O Rio Grande do Norte tem 53.490 casos confirmados de Covid-19 e 1.933 mortes pela doença, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde Pública nesta quarta-feira (5). Foram sete óbitos a mais em relação aos dados do dia anterior.

RN tem 53.490 casos confirmados de Covid-19 — Foto: Divulgação/Geraldo Bubniak/AEN
RN tem 53.490 casos confirmados de Covid-19 — Foto: Divulgação/Geraldo Bubniak/AEN

Há ainda 16.622 casos suspeitos (o boletim anterior apontava 63.235) e 85.197 descartados. O número de pacientes recuperados subiu para 28.243. Outros 196 óbitos estão sob investigação.

De acordo com a Sesap, "os casos suspeitos que não tiveram fechamento por critério laboratorial ou clínico epidemiológico foram considerados inconclusivos". Com isso, houve aumento do número de casos inconclusivos de 4.767 para 50.481.

Até terça-feira (4), eram 52.566 casos confirmados e 1.926 mortes por Covid-19.

O RN tem atualmente 387 pessoas internados por causa da Covid-19, sendo 261 na rede pública e 126 na rede privada. A taxa de ocupação dos leitos críticos (semi-intensivo e UTIs) é de 61,89% na rede pública e de 39,2% na rede privada.

A Sesap informou ainda que 146.451 testes de coronavírus foram realizados no estado desde o início da pandemia, sendo 66.091 RT-PCR (conhecidos também como Swab) e 80.360 sorológicos.

Números do coronavírus no RN
53.490 casos confirmados
1.933 mortes
28.243 confirmados recuperados
16.622 casos suspeitos
85.197 casos descartados
50.841 casos inconclusivos

Fonte: G1
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Com liberação de venda de bebidas alcoólicas em bares, Mossoró conclui última etapa da reabertura da economia

A cidade de Mossoró chegou nesta quarta-feira (5) à última etapa do plano de reabertura gradual dos setores de comércio e serviços. A prefeitura decidiu seguir o decreto estadual que permite, a partir desta data, o funcionamento de bares e restaurantes com área maior que 300 m² e academias com ar-condicionado. Além disso, o ato autoriza a venda de bebidas alcoólicas nos estabelecimentos.

Bares e restaurantes de Mossoró são liberados para venda de bebidas alcoólicas — Foto: Isaiana Santos/Inter TV
Bares e restaurantes de Mossoró são liberados para venda de bebidas alcoólicas — Foto: Isaiana Santos/Inter TV

Esse ponto é motivo de comemoração para quem atua no segmento. Diego Araújo é proprietário de um bar em Mossoró. Ele reabriu no dia 17 de julho, quando um decreto municipal permitiu o funcionamento de estabelecimentos com menos de 300 m², mas só agora vai começar a vender bebidas alcoólicas. "A expectativa é muito boa para o setor. Estamos bastante animados, principalmente porque vamos voltar a vender a cerveja, caipirinha, que a gente sabe que são os principais produtos do nosso setor", comemora.

Em Mossoró, a reabertura de bares, restaurantes e academias que se enquadram nesse decreto estava prevista para o último dia 30 de julho, mas o município decidiu adiar e seguir o cronograma estadual.

Os estabelecimentos devem obedecer a uma série de protocolos para o funcionamento. O distanciamento mínimo entre as mesas deve ser de 2,0 metros; só são permitidas quatro pessoas por mesa; o uso de máscara é obrigatório para clientes, exceto na hora de consumir os alimentos; além do uso de roupas e itens de segurança pelos funcionários. Os estabelecimentos devem disponibilizar álcool gel para os clientes e fazer a higienização de mesas e banheiros com frequência. A música ao vivo também é permitida, mas só em ambiente aberto e com no máximo de duas pessoas - cantor e instrumentista, e esse último precisa usar máscara.

O plano de retomada da economia começou no dia 1º de julho em Mossoró. A prefeitura informou que a vigilância sanitária continuará realizando fiscalização nos estabelecimentos e vai autuar quem descumprir as normas do decreto.

Fonte: G1
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MP investiga 'policiais antifascismo' do RN por suposta formação de grupo 'paramilitar'; integrantes falam em perseguição política

O Ministério Público do Rio Grande do Norte abriu uma investigação contra o movimento "Policias Antifascismo", em que apura a suposta criação de um grupo paramilitar de viés político-ideológico no estado. Um relatório com informações de dezenas integrantes do grupo foi montado durante as apurações iniciais do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

MP investiga 'policiais antifascismo' do RN por suposta formação de grupo 'paramilitar' — Foto: Reprodução
MP investiga 'policiais antifascismo' do RN por suposta formação de grupo 'paramilitar' — Foto: Reprodução

Em despacho, o promotor Wendell Beetoven Ribeiro Agra, que atua na 19ª Promotoria de Natal, responsável pelo controle externo da atividade policial, determinou investigação para descobrir "se a 'Brigada Antifascista' constitui, ou não, uma organização paramilitar ou milícia particular destinada a cometer qualquer crime previsto no Código Penal". Para o movimento, a investigação tem motivação de viés político.

As investigações do Ministério Público do RN começaram em abril, mas só vieram a público agora, após ser divulgada a existência de um relatório produzido dentro do Ministério da Justiça com informações de aproximadamente 600 servidores públicos ligados a movimentos de oposição ao governo federal. Nesta terça (4), a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de 48 horas para o ministério explicar o relatório.

O Ministério Público do RN acompanhava a atuação das forças de segurança do estado sobre carreatas e manifestações realizadas no estado a favor do presidente Jair Bolsonaro, durante a pandemia do novo coronavírus, quando, na época, um decreto proibia eventos do tipo por causa das medidas de isolamento social. Porém, um vídeo do policial civil Pedro Paulo Chaves Mattos, apontado como líder dos Policiais Antifascismo no estado, contra as manifestações, também chegou ao MP e levou a promotor a determinar investigação sobre o grupo.

"Os conteúdos do vídeo e a sua descrição evidenciam a motivação claramente político-partidária do grupo que se apresenta como uma brigada, expressão que, no jargão militar, significa 'força militar organizada' ou 'grande unidade militar, constituída de unidades de combate, de apoio ao combate e de apoio administrativo' (Dicionário Houaiss). Demonstram ainda a intenção do grupo é de constranger, com amparo na autoridade dos cargos ocupados por seus integrantes (que seriam policiais, em sua maioria), pessoas que têm ideologias políticas diferentes, o que se configura em ato de inaceitável intolerância política, incompatível com o regime democrático brasileiro", afirmou o promotor no despacho.

Em recomendação à Polícia Civil, o promotor determinou investigação e solicitou que a delegacia avaliasse a possibilidade de afastamento do policial civil.

"Meu objetivo não é político. Nunca foi. O que o MP, enquanto órgão controlador da atividade policial, não pode aceitar é a falta de neutralidade político-partidária das polícias, senão a função policial passa a ser utilizada em prol de uma ideologia e para autopromoção de agentes públicos armados. Em outras palavras: cria-se uma polícia política. E isso não é democrático nem lícito", afirmou o promotor Wendell Beetoven.

"O policial, como pessoa física, fora do trabalho (sem exibir arma ou distintivo), pode ter e professar a ideologia política que quiser. Mas, no exercício da função, tem que agir com neutralidade e imparcialidade", disse ele.

Investigação
Em um relatório do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, ao qual o G1 teve acesso, é possível ver fotos e informações como endereço, filiação e lotação de 23 policiais e bombeiros apontados como integrantes do grupo. Do total, 16 são servidores da segurança pública que estão lotados no gabinete civil da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT). Outro é lotado no próprio Ministério Público.

"Como se observará ao longo do presente relatório, os policiais que integram o dito 'movimento antifascista' no Rio Grande do Norte não só utilizam-se da condição de agentes públicos - não se expressam como cidadãos, mas essencialmente como policiais - como também promovem, rotineiramente, atos de apreço e propaganda pelas redes sociais em favor de partidos políticos e seus integrantes, inclusive apologia de autor de crimes, condenado em segunda instância (o ex-Presidente Luís Inácio Lula da Silva)", diz o relatório. "Tais atos implicam em diversas infrações a deveres administrativos de servidores públicos, além de crimes", pontua o relatório.

Movimento vê viés político
O grupo de policiais antifascismo afirma que a investigação tem viés político. "O que eu dizia no vídeo é que nós iriamos produzir imagens de aglomerações e outras situações irregulares das carreatas. Algo que qualquer cidadão pode fazer. Nós denunciamos as aglomerações que de fato existiram", afirmou o agente da Polícia Civil Pedro Paulo Chaves Mattos, que atua há 8 anos na corporação. Ele afirmou que recebeu notificação do corregedoria da Polícia Civil sobre o assunto, mas ainda não foi chamado para prestar depoimento.

"Não existe não existe nenhum ato de crime. Qualquer cidadão, ao se deparar com ilícitos, deve informar as autoridades. Não agimos como policiais, mas como cidadãos", continuou.

O policial ainda considerou que houve falta de "precaução" por parte do MP, ao tornar público informações pessoais, como endereços, de agentes de segurança que "denunciam" milícias, grupos de extermínio. "Falta zelo com a vida de pais de família", pontuou. De acordo com o policial, o grupo conta com cerca de 100 agentes de segurança pública no estado e é suprapartidário. A maioria dos membro não está filiada a partidos políticos, mas há agentes ligados a partidos principalmente do viés de esquerda.

De acordo com ele, a pauta do movimento é ligada a mudança na forma como se faz segurança pública no brasil. "Defendemos, por exemplo, a desmilitarização, uma carreira única, uma mudança na cultura policial no país", diz ele.

Em nota, o movimento afirmou que teme a criação de uma série de falsas notícias em torno do grupo. "Fazer referência ao Movimento Policiais Antifascismo como sendo paramiliar ou miliciano é um erro crasso e completa ignorância quanto à história de ação e de formação do movimento, inclusive em suas ideias. O próprio GAEGO, do MPRN, menciona no relatório que o Movimento Policiais Antifascismo não tem nenhum tipo de envolvimento com as operações já deflagradas no Estado que investigam atividade de milícia. E jamais encontrarão, pois o Movimento Policiais Antifascismo é anti-milícia"

"Apesar de termos regulamentos arcaicos que datam do tempo da ditadura, que impedem a filiação partidária de Operadores de Segurança Pública Estadual Militares, a estes são assegurados seus direitos políticos e sua liberdade de pensamento, como direito de cidadania. Por lei, um militar estadual não pode ter filiação partidária. No entanto, isso não impede de ele ter um posicionamento crítico sobre fatos políticos. É um direito constitucional a liberdade de pensamento. Os membros do Movimento não fazem uso de suas funções para a atividade política, contudo há um direito assistido a todo cidadão de ter uma filiação partidária e que isso não significa demérito algum", diz a nota.

Fonte: G1
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Com taxa de ocupação de 60% de UTIs para Covid-19, RN tem 36 pacientes com outras doenças à espera de leito

Há 6 dias internada no Hospital Monsenhor Pedro Moura, em Nova Cruz, Maria Leonardo da Silva, de 74 anos, espera pela transferência para um leito de Unidade de Terapia Intensiva. Ela teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC), está sedada e, segundo a sobrinha, Josilene Silva, o estado de saúde da tia é grave e a demora para que a transferência aconteça está piorando a situação.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), outros 35 pacientes com outras doenças aguardam por um leito de UTI. Por outro lado, conforme o Regula RN, plataforma que monitora a situação dos leitos para pacientes com o diagnóstico de Covid-19, a fila de pacientes esperando por leitos críticos está zerada. A taxa de ocupação de leitos críticos no início da tarde desta quarta (5) era de 60%, segundo o Regula RN.

Em vídeo, a sobrinha da paciente cobra uma resposta das autoridades. "A regulação já foi feita, mas esse leito não aparece, de jeito nenhum. Nós vemos todos os dias que os leitos de UTI estão ficando disponíveis, mas esses leitos estão ficando disponíveis pra quem? Pra quem tem Covid. Só que ela não tem Covid e por isso ela continua aqui, aguardando esse leito que parece nunca chegar. Uma espera sem fim", lamenta.

Em nota, a Sesap informou que a paciente Maria Leonardo da Silva, de 74 anos, já está na fila de regulação de pacientes não Covid-19.

Maria Leonardo da Silva, de 74 anos, teve um AVC e aguarda há 6 dias por um leito de UTI — Foto: Arquivo da Família/Cedida
Maria Leonardo da Silva, de 74 anos, teve um AVC e aguarda há 6 dias por um leito de UTI — Foto: Arquivo da Família/Cedida

Fonte: G1
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Polícia Civil do RN investiga golpes por meio de anúncios falsos em sites de vendas

Uma modalidade de golpe antiga, praticada através de sites de vendas, voltou a ser registrada nos últimos meses em Natal, de acordo com a Polícia Civil. Estelionatários escolhem um anúncio e criam outro semelhante, mas informam um número próprio de telefone e oferecem um preço bem menor pelo produto.

Polícia Civil do RN investiga golpes por meio de anúncios falsos em sites de vendas — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi
Polícia Civil do RN investiga golpes por meio de anúncios falsos em sites de vendas — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

Uma vítima que não quis se identificar viu num desses anúncios falsos um carro por R$ 25 mil. Ela entrou contato com o número do anúncio e falou com o criminoso. Ele se passou por parente do proprietário para intermediar a venda.

O criminoso diz ao comprador que está ajudando a vender o carro de um parente porque o proprietário teria uma dívida com ele. De acordo com as investigações, ao proprietário do bem, o golpista diz que conhece o comprador. Ele marca um encontro pra que o comprador possa ver o carro. E pede pra que eles não falem sobre o motivo da venda, induzindo comprador e vendedor a não pedirem detalhes sobre a negociação.

Depois de ver o veículo, o comprador deposita o dinheiro na conta do golpista pra não perder a oferta. Com o dinheiro na conta, o criminoso desaparece.

Uma das vítimas deste golpe perdeu R$ 14 mil. Depois de ver que o dinheiro foi depositado pelo comprador, o golpista sumiu e não repassou o valor ao proprietário. O preço original do carro era R$ 29 mil. “Ainda falei com ele depois e ele não visualizou mais as mensagens”, contou a vítima.

De acordo com o delegado de Defraudações de Natal, Marcuse Cabral, há uma dificuldade em investigar esse tipo de golpe. “Geralmente as contas de depósito dos golpistas são em outros estados, então o crime se concretiza em outros estados. A investigação é remetida, mas é difícil chegar a esses criminosos”, explica. O delegado orienta que nesse tipo de negociação, o ideal é falar diretamente com o proprietário e só fazer o depósito na conta dele.

Fonte: G1
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Suspeitos de assalto a condomínio de alto padrão em Natal são presos; 'funcionário de confiança' das vítimas é o mandante do crime, diz Polícia Civil

A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira (5) dois suspeitos de participação em um assalto a um condomínio de alto padrão em Natal. O crime aconteceu no início de junho no bairro Tirol. Um dos presos é um 'funcionário de confiança' das vítimas que foi apontado pela Polícia Civil como o mandante do crime.

Câmeras de segurança do condomínio registraram a ação dos criminosos em condomínio de alto padrão em Natal — Foto: Divulgação/Polícia Civil
Câmeras de segurança do condomínio registraram a ação dos criminosos em condomínio de alto padrão em Natal — Foto: Divulgação/Polícia Civil

O crime aconteceu na Avenida Ruy Barbosa, no dia 2 de junho deste ano, por volta das 19h, quando os suspeitos, armados, renderam as vítimas e roubaram joias, dinheiro e celulares. De acordo com a Polícia Civil, as investigações identificaram dois homens como autores do assalto. Eles foram levados até a Delegacia de Furtos e Roubos e confessaram o crime.

As investigações continuaram e identificaram um "funcionário de confiança" das vítimas como o mandante do crime, segundo a Polícia Civil. Os suspeitos que participaram diretamente da ação disseram que todas as informações privilegiadas sobre as vítimas eram repassadas por este "homem de confiança" das vítimas. O funcionário, por sua vez, nega participação no crime, mas admite conhecer um dos suspeitos.

Nesta quarta, as prisões aconteceram por força de um mandado de prisão. Um terceiro suspeito está foragido. Além disso, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências dos três suspeitos.

Os suspeitos presos foram conduzidos até a delegacia e encaminhados ao sistema prisional, onde ficarão à disposição da Justiça.

Fonte: G1
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Governo do RN prorroga suspensão de trabalho presencial para servidores efetivos

O Governo do Rio Grande do Norte prorrogou a suspensão do trabalho presencial para os servidores efetivos no âmbito do Poder Executivo Estadual. O decreto foi publicado no Diário Oficial desta quarta (5).

Prédio da Governadoria do RN — Foto: Thyago Macedo
Prédio da Governadoria do RN — Foto: Thyago Macedo

A prorrogação vale até que seja divulgado e implantado o "Plano de Retomada da Jornada de Trabalho Presencial do Poder Executivo do Estado" que está a cargo das Secretarias de Administração (Sead) e de Saúde Pública (sesap). Não há prazo determinado para a implantação deste plano.

Os servidores comissionados voltaram ao trabalho presencial nesta segunda (3) como determinou o decreto publicado no último sábado (1º).

Com a prorrogação da suspensão das atividades presenciais dos servidores efetivos, seguem suspensos também os atendimentos presenciais ao público externo realizado por esses trabalhadores.

Os atendimentos presenciais ao público externo foram suspensos em 13 de março. Já o teletrabalho foi autorizado para o funcionalismo público em 22 de março.

Dados da Covid-19
Nesta terca-feira (4), o RN chegou a 52.566 casos confirmados de Covid-19 e 1.926 mortes pela doença. A taxa de ocupação dos leitos críticos (semi-intensivo e UTIs) era de 62,3% na rede pública e de 37% na rede privada na terça.

Entenda algumas das expressões mais usadas na pandemia do covid-19

Fonte: G1
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Maior evento agropecuário do RN, Festa do Boi cancela sua 58ª edição por causa da pandemia da Covid-19

Maior e mais famoso evento agropecuário do Rio Grande do Norte, a Festa do Boi teve sua 58ª edição, prevista para 2020, cancelada por causa da pandemia do novo coronavírus. A informação foi confirmada em comunicado da Associação Norteriograndense de Criadores (Anorc), que organiza a feira anualmente no mês de outubro.

Evento acontece todos os anos no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim (Arquivo) — Foto: Klênyo Galvão/G1
Evento acontece todos os anos no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim (Arquivo) — Foto: Klênyo Galvão/G1

Em 2019, o evento movimentou cerca de R$ 50 milhões em negócios e foi visitado por 240 mil pessoas, entre os dias 12 e 19 de outubro. Além de exposições agropecuárias, leilões e rodada de negócios, a feira conta com shows e parque de diversões, que atraem públicos variados.

Segundo a Anorc, a diretoria participou de uma reunião na noite desta terça-feira (4) para discutir a realização do evento em 2020, diante do cenário de pandemia. Uma possível edição da Festa do Boi 2020 em formato virtual não está descartada, mas o modelo e seus detalhes ainda estão em estudo, segundo a organização.

"No entendimento da diretoria da Anorc, a realização do evento este ano, nos moldes tradicionais, está totalmente descartada visto que, sem a existência de uma vacina para a Covid-19, tal atitude poderia ser comparada a um genocídio, que colocaria em risco as vidas de milhares de pessoas e, ainda, se traduziria em uma severa ameaça às curvas de redução dos números de infectados e de mortos que felizmente começamos a registrar em nosso estado", informou a associação, em nota.

Ainda de acordo com a organização, o posicionamento também é uma "atitude de profundo respeito" pelas pessoas contaminadas e pelos que morreram com a doença no estado, ressaltando que entre o contingente de vítimas há diretores e ex-diretores da instituição.

"A opção de não realizar presencialmente a Festa do Boi 2020 é um posicionamento corroborado pelas entidades parceiras da Anorc na realização do evento todos os anos, como a Ancoc, ANQM e todos os Núcleos de Criadores. Além disso, trata-se de uma decisão responsável, sensata e equilibrada, que se alinha ao que já foi feito em relação aos grandes eventos agropecuários do Brasil este ano como Agrishow (SP), Expozebu (MG), Expogenética (MG) e Expointer (RS)", diz ainda a nota.

A associação informou que vai comunicar oficialmente a decisão ao governo do estado - um dos parceiros do evento.

Fonte: G1 
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Operação da Polícia Civil investiga vereador e secretários de cidade do RN por grampos ilegais contra adversários políticos

Concurso PC RN: Órgão será o responsável processo! Entenda

Uma operação da Polícia Civil deflagrada na manhã desta quarta-feira (5) investiga uma suposta organização criminosa por grampo ilegal e clonagem de redes sociais de adversários políticos na região Agreste potiguar. Segundo a corporação, a operação "Araponga" prendeu preventivamente um profissional de tecnologia da informação e cumpriu cinco mandados de busca e apreensão, inclusive contra um vereador e dois secretários municipais de Goianinha.

A ação foi comandada pela 6° Delegacia Regional de Nova Cruz com o apoio da Divisão de Combate ao Crime Organizado (Deicor). Segundo a Polícia Civil, o grupo investigado é apontado como o responsável pela realização de interceptações telefônicas clandestinas e clonagem de redes sociais de autoridades e políticos da região agreste.

Ainda de acordo com os investigadores, durante as apurações realizadas pela 6° Delegacia Regional, foi descoberta uma central de interceptações telefônicas clandestinas que funcionava na praia de Pipa, em Nísia Floresta. De lá, os números de agentes públicos eram interceptados ilegalmente e desviados para um núcleo em Goianinha, onde as informações eram processadas e repassadas para os contratantes dos serviços de espionagem.

Na maioria dos casos,os clientes eram políticos da região Agreste que utilizavam os serviços clandestinos da organização criminosa para obter informações privilegiadas de adversários políticos. Segundo as investigações, esse é o caso dos alvos de mandados de busca e apreensão desta quarta (5), que teriam contratado os serviços para acompanhar os passos e articulações dos adversários políticos e autoridades.

Dentre os alvos da Operação Araponga, um profissional de TI foi preso por força de mandado de prisão preventiva e foram alvos de mandados de busca e apreensão um vereador de Goianinha, dois secretários municipais da cidade e um ex-prestador de serviços do Fórum de Goianinha. As identidades dos investigados não foram reveladas porque o processo está em segredo de Justiça.

Fonte: G1
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Brasil registra 1.322 mortes por Covid-19 em 24 horas e ultrapassa 97 mil; 8 estados apresentam alta de mortes

O consórcio de veículos de imprensa divulgou novo levantamento da situação da pandemia de coronavírus no Brasil a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, consolidados às 20h desta quarta-feira (5).

Brasil registra 1.322 mortes por Covid-19 em 24 horas e ultrapassa 97 mil; 8  estados apresentam alta de mortes | Coronavírus | G1

O país registrou 1.322 mortes pela Covid-19 confirmadas nas últimas 24 horas, chegando ao total de 97.418 óbitos. Com isso, a média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 1.033 óbitos, uma variação de -2% em relação aos dados registrados em 14 dias.

Em casos confirmados, já são 2.862.761 brasileiros com o novo coronavírus desde o começo da pandemia, 54.685 desses confirmados no último dia. A média móvel de casos foi de 43.892 por dia, uma variação de 12% em relação aos casos registrados em 14 dias.

MÉDIA MÓVEL: Veja como estão os casos e mortes no seu estado

No total, 8 estados apresentaram alta de mortes: PR, RS, SC, MG, MS, AC, BA e RN.
Em relação a terça (4), TO deixou de estar com a média de mortes em alta e, agora, está em estabilidade.

Brasil, 5 de agosto
Total de mortes: 97.418
Registro de mortes em 24 horas: 1.322
Média de novas mortes nos últimos 7 dias: 1.033 por dia (variação em 14 dias: -2%)
Total de casos confirmados: 2.862.761
Registro de casos confirmados em 24 horas: 54.685
Média de novos casos nos últimos 7 dias: 43.892 por dia (variação em 14 dias: 12%)
(Antes do balanço das 20h, o consórcio divulgou dois boletins parciais, às 8h, com 96.113 mortes e 2.809.321 casos; e às 13h, com 96.326 mortes e 2.817.473 casos confirmados.)

Estados

Subindo: PR, RS, SC, MG, MS, AC, BA e RN.
Em estabilidade, ou seja, o número de mortes não caiu nem subiu significativamente: RJ, SP, DF, GO, MT, RR, TO, AL e PI.
Em queda: ES, AM, AP, PA, RO, CE, MA, PB, PE e SE.
Essa comparação leva em conta a média de mortes nos últimos 7 dias até a publicação deste balanço em relação à média registrada duas semanas atrás (entenda os critérios usados pelo G1 para analisar as tendências da pandemia).

Fonte: G1
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Facebook remove publicação de Trump pela primeira vez

O Facebook disse na quarta-feira (5) que removeu uma publicação do presidente dos EUA, Donald Trump, de um trecho de uma entrevista à Fox News, em que ele diz que as crianças são "quase imunes" ao coronavírus.

Presidente dos EUA, Donald Trump  — Foto: AP Foto/Evan Vucci
Presidente dos EUA, Donald Trump — Foto: AP Foto/Evan Vucci

"Este vídeo inclui falsas alegações de que um grupo de pessoas é imune à covid-19, o que é uma violação de nossas políticas sobre desinformação em relação à covid", disse o porta-voz do Facebook, Andy Stone, segundo o jornal norte-americano The Washington Post.

Esta foi a primeira vez que o Facebook removeu uma publicação do presidente dos EUA, por violar a políticas da empresa sobre notícias falsas.

No vídeo removido, Trump afirma: "Se você olhar para crianças, as crianças são quase - e eu quase diria definitivamente -, mas quase imunes a esta doença".

Pressão e boicote
O Facebook - que também é dono do Instagram - vem sofrendo pressões de entidades civis e empresas para moderar melhor os seus conteúdos. No final de junho, mais de 100 empresas anunciaram uma pausa temporária nos anúncios pagos, para pressionar a rede social a tomar medidas mais rígidas contra postagens que contenham discursos de ódio.

Veja empresas que pausaram anúncios em redes sociais
Por que grandes empresas decidiram boicotar o Facebook
Dias depois, o Facebook divulgou uma auditoria independente de direitos civis sobre a empresa, que concluiu que a rede social ainda precisa melhorar na maneira como lida com posts que contêm discursos de ódio. E critica, especificamente, o fato de o Facebook não ter derrubado, até aquele momento, posts polêmicos do presidente de Trump.

Centenas de anunciantes aderem a boicote ao Facebook e outras redes de Zuckerberg

Fonte: G1
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TSE avalia estender votação em pelo menos 1h e reservar horário a idosos nas eleições, diz Barroso

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou nesta quarta-feira (5) que o tribunal estuda a possibilidade de estender a votação das eleições deste ano em pelo menos uma hora em razão da pandemia do coronavírus, para evitar aglomerações.

Outra hipótese analisada é a de reservar o horário de 8h às 11h para a votação de pessoas com mais de 60 anos, consideradas grupo de risco para Covid-19.

As ideias são avaliadas com base em levantamento do setor de estatística da Corte, e a expectativa é que essa definição ocorra ainda em agosto, segundo o ministro.

O ministro Luís Roberto Barroso durante apresentação do perfil do eleitorado brasileiro nas eleições deste ano — Foto: TSE
O ministro Luís Roberto Barroso durante apresentação do perfil do eleitorado brasileiro nas eleições deste ano — Foto: TSE

“Nós ainda não batemos o martelo. O que fizemos foi solicitamos um estudo ao setor de estatística para calcularmos a saturação de cada uma das seções eleitorais no sentido de impedir a formação de filas e aglomerações”, afirmou Barroso.

“Nós imaginamos nas próximas semanas, provavelmente ainda no mês de agosto, termos uma definição do horário, sendo que muito possivelmente nós estenderemos em uma hora pelo menos o horário de votação, que seria de 8h às 18h, e muito possivelmente nós reservaremos o primeiro horário para os que tem mais de 60 anos e são considerados grupo de risco. Não estou confirmando isso porque nós temos uma consultoria técnica para fazermos”, adiantou.

Perfil do eleitorado
Barroso também apresentou o perfil do eleitorado apto a votar neste ano. Ao todo, são 147.918.483 eleitores, um aumento de 2,66% em relação às eleições de 2016, quando eram 144.088.912. O número não considera eleitores de Fernando de Noronha, do Distrito Federal e brasileiros no exterior, que não votam nesta eleição.

A maioria é formada por mulheres. Elas representam 52,49% do total, somando 77.649.569. Os homens somam 70.228.457 eleitores, sendo 47,48% do total. Outros 40.457 eleitores não informaram o gênero ao qual se identificam, representando 0,03% do eleitorado brasileiro.

Idade

Do total de eleitores neste ano, 133.377.663 são obrigados a votar. Outros 14.538.651 têm voto facultativo e optaram por participar das eleições (adolescentes com 16 e 17 anos, idosos com mais de 70 anos e analfabetos). Entre os eleitores com voto obrigatório, a maior parte está na faixa etária de 35 a 59 anos, sendo 67.011.670 no total.

Já os eleitores jovens, na faixa etária de 18 a 24 anos, somam 19.040.756 cidadãos. Há 1.030.563 jovens com 16 ou 17 anos que estão aptos a votar neste ano (tiraram o título de eleitor).

Entre os idosos, há 65.589 com mais de 100 anos que estão com as obrigações eleitorais em dia e poderão ir às urnas; 8.784.004 entre 70 a 79 anos e 4.658.495 de idosos de 80 a 99 anos.


Escolaridade

A maior parte do eleitorado brasileiro informou ter o ensino médio completo: 37.681.635 (25,47%). Outros 35.771.791 eleitores (24,18%) disseram ter o ensino fundamental incompleto e 22.900.434 (15,48%) possuem o ensino médio também incompleto. Apenas 10,68% do eleitorado brasileiro, ou seja, 15.800.520 concluíram a graduação superior.

Fonte: G1
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STF decide manter medidas de proteção a indígenas na pandemia

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (5), por unanimidade, manter medidas de proteção a indígenas em meio à pandemia do novo coronavírus. As ações de saúde foram determinadas em julho pelo ministro Luís Roberto Barroso.

STF decide manter medidas de proteção a indígenas na pandemia | Política |  G1

A ação judicial foi apresentada por partidos e pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro vetou trechos de lei de proteção aos povos indígenas contra a Covid-19, aprovada pelo Congresso.

No início de julho, Barroso, relator do pedido, determinou a adoção de medidas de proteção a indígenas pelo governo. O julgamento em plenário teve início na segunda (3), quando Barroso votou para reiterar a determinação que já tinha feito.

Os nove ministros presentes em plenário confirmaram as determinações de Barroso. Os ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia não participaram da sessão.

Segundo a Articulação dos Povos Indígenas, atualmente são 21.646 indígenas contaminados pelo coronavírus, e 623 mortes em 148 povos afetados.

Na decisão de julho, Barroso determinou que o governo adotasse cinco medidas para proteger os índios e afirmou que o plano de contingência, elaborado anteriormente, era vago e trazia apenas orientações gerais.

Entre as determinações ao governo estão:

criar uma sala de situação para gerenciar o combate à pandemia entre esses povos com participação de indígenas;
fixar medidas para conter invasores nas terras dessas comunidades;
e garantir o acesso ao sistema de saúde para indígenas que vivem também em áreas não homologadas.
O texto aprovado pelo Congresso considera que povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais são grupos em situação de vulnerabilidade extrema e determina ações para o governo federal diminuir os impactos da pandemia:

garantir acesso a testes rápidos e do tipo PCR;
fornecer remédios e equipamentos;
organizar o atendimento em centros urbanos e acompanhar os casos que envolvem indígenas;
contratar profissionais para reforçar o apoio à saúde indígena;
construir hospitais de campanha nos municípios próximos às aldeias.
Bolsonaro vetou 16 pontos do texto, entre eles, o que previa que União, estados e municípios garantissem:

acesso universal à água potável;
leitos de UTI;
ventiladores e máquinas de oxigenação do sangue;
distribuição de materiais informativos sobre a Covid;
facilitação do pagamento do auxílio emergencial e benefícios previdenciários.
O governo afirmou que os trechos criariam despesas sem uma previsão orçamentária.

A sala de situação se reuniu pela primeira vez no dia 17 de julho, mas parte de representantes de povos indígenas considerou o tratamento do governo "humilhante", com ofensas e ameaças.

Depois do relato dos indígenas, o ministro determinou que os encontros da sala de situação contassem com a presença de Maria Thereza Uille Gome, conselheira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e de um observador de seu gabinete.

O Ministério da Saúde afirmou que já mantém o saneamento e o abastecimento de água para terras e territórios indígenas atendidos pela pasta, que tem garantido assistência aos mais de 750 mil indígenas, que reforçou as ações de informação, prevenção e combate ao coronavírus com as comunidades indígenas, gestores e colaboradores de todo o Brasil, e que enviou quase 800 mil itens de saúde aos distritos sanitários especiais indígenas.

Votos
O ministro Alexandre de Moraes acompanhou o relator Barroso, afirmando que “os povos em isolamento e de contato recente são realmente expostos ao risco de contágio maior e até de extinção em decorrência da pandemia”.

Em seguida, o ministro Edson Fachin concedeu a medida em maior extensão para determinar que a União promova medidas eficazes de “desintrusão” das áreas invadidas. O ministro avaliou que foi comprovada a grave situação em áreas já demarcadas e homologadas.

Segundo o pedido inicial, a retirada de invasores ocorreria em sete terras indígenas: Yanomami, Karipuma, Uru-Eu-Wau-Wau, Kayapó, Araribóia, Mundukuru e Trincheira Bacajá.

Moraes concordou com a proposta de retirar invasores, e o ministro Ricardo Lewandowski adiantou que deve propor prazo de 60 dias para que o governo informe a situação das áreas indígenas.

“Nós não queremos guerra civil, não queremos mandar Marinha, Aeronáutica, Forças Armadas, Polícia Federal, enfim, todo o aparato do governo federal e eventualmente dos governos locais para, de repente, tirar tudo, mas é a hora de nós avaliarmos com precisão o que está ocorrendo efetivamente, darmos uma satisfação para a sociedade brasileira e para comunidade internacional”, afirmou Lewandowski.

“O Brasil está sofrendo gravíssimos prejuízos, inclusive econômicos, na medida em que estamos permitindo a devastação da última reserva florestal da Humanidade”, complementou.


A ministra Rosa Weber também acompanhou o relator, manifestando preocupação com as invasões, “na medida em que configuram vetores”. Mas entendeu que não é hora de determinar a retirada.

Em seu voto, o ministro Ricardo Lewandowski manteve as medidas em vigor e apresentou sua proposta para que a União forneça dados para embasar o julgamento do mérito da ação pelo Supremo. O ministro também sugeriu a apresentação de um prazo de 120 dias de um plano de desintrusão.

“Me parece, esta é a oportunidade histórica que o Supremo tem de auxiliar o governo federal e o governo local a decidir essa questão importante que se arrasta desde o tempo colonial”, afirmou.

O ministro Gilmar Mendes formou a maioria do tribunal para manter as medidas determinadas pelo relator, ministro Luís Roberto Barroso. “O foco é a proteção dessa população”, afirmou.

O ministro Luiz Fux defendeu que a Constituição estabeleceu uma “hiperproteção” da população indígena, mais vulnerável. “Temos nesse campo o direito à saúde, em que, nessa pandemia, essa população não pode ser alcançada por outrem que vivem em ambiente contaminado”, argumentou. “Essa pandemia tem apresentado um impacto desproporcional nessa população indígena. Não podemos assistir passivamente essa taxa de mortalidade.”

O ministro Marco Aurélio Mello criticou as duas horas ocupadas pelo plenário para decidir sobre uma questão de urgência. “Referendo”, disse.

Fonte: G1
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Governo do Líbano declara emergência e põe responsáveis pelo porto de Beirute em prisão domiciliar

O governo do Líbano decidiu nesta quarta-feira (5) colocar todos os funcionários responsáveis pelo porto de Beirute desde 2014 em prisão domiciliar. É uma das ações em resposta à explosão do armazém na região portuária da capital do país que aconteceu na terça-feira (4).

A suspeita é que ela tenha partido de um armazém onde guardavam nitrato de amônio, um tipo de fertilizante. O Líbano declarou estado de emergência de duas semanas na capital, Beirute e ao menos 250 mil pessoas tiveram suas casas transformadas em escombros.

Segundo o governo libanês, a contagem oficial de mortos chega a 135. E o ministro da Saúde disse, em entrevista a uma rede local de televisão, que há cerca de 5 mil feridos.

O Exército libanês vai supervisionar a prisão dos funcionários até que se identifique quem deixou 2.750 toneladas de nitrato de amônio por seis anos em um depósito. Não está claro quantas pessoas foram presas nesta quinta e qual cargo ocupavam dentro da autoridade portuária.

Busca por desaparecidos
A estimativa inicial do governo é que a explosão causou danos de entre US$ 3 bilhões (R$ 15,9 bilhões) a US$ 5 bilhões (R$ 26,5 bilhões). O Banco Mundial se pronunciou e disse que está aberto aos parceiros do Líbano para mobilizar apoio financeiro para a reconstrução.

Equipes de resgate seguem com as buscas de desaparecidos após a enorme explosão. Nesta quarta, ainda há fumaça saindo da região portuária. As principais ruas do centro da cidade amanheceram cheias de escombros, com as fachadas dos edifícios destruídas e veículos danificados.

Imagens de drones mostram que a explosão atingiu silos de trigo que ficavam no porto. Estimativas iniciais indicam que cerca de 85% dos grãos do país, que são majoritariamente importados, estavam armazenados nos armazéns que foram destruídos.

Imagem feita por drone mostra a local da explosão no porto de Beirute, no Líbano, nesta quarta-feira (5)  — Foto: Hussein Malla/AP
Imagem feita por drone mostra a local da explosão no porto de Beirute, no Líbano, nesta quarta-feira (5) — Foto: Hussein Malla/AP

Ainda não se sabe o que levou à explosão, mas a suspeita é que tenha atingido um galpão que guardava grandes quantidades de nitrato de amônio, composto geralmente usado como fertilizante.

O primeiro-ministro, Hassan Diab, disse em um pronunciamento horas após o acontecido que "era inadmissível que um carregamento de nitrato de amônio, estimado em 2.750 toneladas, estivesse em um armazém por seis anos, sem a segurança necessária".

O nitrato de amônio é um sal e sua forma mais comum é granulada, como um pó branco. Sozinho, ele tem baixo potencial explosivo, mas quando aquecido, pode ser perigoso. A partir de 210 °C, decompõe-se e, se a temperatura aumentar para além de 290 °C, a reação se torna explosiva.

Um incêndio, tubos superaquecidos, fiação defeituosa ou relâmpagos podem ser suficientes para desencadear tal reação em cadeia.

Sentença adiada
O Tribunal Especial para o Líbano (TSL) adiou, para o dia 18 de agosto, o veredito do julgamento contra quatro homens acusados de terem participado do assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafic Hariri em 2005.

A decisão seria anunciada nesta sexta-feira pelo tribunal com sede em Haya, Holanda. A instituição se posicionou em nota defendendo o adiamento "em respeito às inumeráveis vítimas". Os réus, todos membros do movimento xiita do Hezbollah, estão sendo julgados à revelia.

A sentença deve ser dada 15 anos depois do atentado com um carro-bomba no centro de Beirute. Nele, morreram o bilionário sunita e outras 21 pessoas. O assassinato de Hariri, pelo qual quatro generais libaneses foram inicialmente acusados, desencadeou uma onda de protestos.

O Líbano vive um período de instabilidade política. No fim do ano passado, o primeiro-ministro Saad Al-Hariri renunciou. O país viveu um período com um vácuo de poder, até que Hassan Diab assumiu e anunciou a formação de um novo governo em janeiro.

Em março deste ano, o país deu um calote em seus credores. O Líbano deveria reembolsar US$ 1,2 bilhão em títulos do Tesouro (cerca de R$ 6,3 bilhões), dos quais uma parte significativa está nas mãos dos bancos e do Banco Central, e decidiu não fazer isso.

Embaixada Brasileira foi atingida
O Ministério das Relações Exteriores informou que o prédio da embaixada brasileira em Beirute sofreu avarias após a explosão na região portuária da cidade. Ainda de acordo com o Itamaraty, o único brasileiro ferido segue sendo a esposa do adido da defesa. Ela teve ferimentos leves e está hospitalizada.

A embaixada brasileira fica no centro da cidade, região próxima à área portuária. As salas do prédio voltadas para o porto, segundo o ministério, tiveram os vidros das janelas quebrados e o forro do teto caiu além de equipamentos quebrados.

"As salas voltadas para o local da explosão foram mais afetadas, com janelas estilhaçadas, desabamento do forro do teto, mobília e computadores seriamente danificados", disse o Itamaraty em nota. "Por outro lado, salas e escritórios voltados para a cidade foram poupados."

Fonte: G1
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Em Beirute, homem é resgatado com vida após passar 16 horas sob escombros

Um homem de 27 anos foi resgatado com vida nesta quarta-feira (5) depois de 16 horas sob escombros na cidade de Beirute, no Líbano, onde houve uma explosão em um armazém portuário. Voluntários levaram para ele um tanque de oxigênio, enquanto outros tentavam soltar a perna, que estava presa.

Beirute: após passar 16 horas embaixo de escombros, homem é resgatado com  vida O Dia - Mundo & Ciência

Militares e a Defesa Civil também participou dos trabalhos em várias áreas da cidade.

Equipes de resgate buscam desaparecidos após a enorme explosão que devastou a área portuária de Beirute, capital do Líbano. A tragédia de terça-feira (4) deixou mais de 100 mortos, 4 mil feridos e 100 desaparecidos, segundo estimativa da Cruz Vermelha libanesa.

Ainda há fumaça saindo do local da explosão, segundo a Associated Press. As principais ruas do centro da cidade amanheceram cheias de escombros, com as fachadas dos edifícios destruídas e veículos danificados.

Imagens de drones mostram que a explosão atingiu silos de trigo que ficavam no porto. Estimativas iniciais indicam que cerca de 85% dos grãos do país, que são majoritariamente importados, estavam armazenados nos armazéns que foram destruídos.

O cenário é de devastação, com fachadas destruídas.

O governador de Beirute estima que mais de 300 mil pessoas estejam desabrigadas.

Fonte: G1
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Brasil importa cerca de 1 milhão de toneladas de nitrato de amônio por ano; controle é feito pelo Exército

O nitrato de amônio, produto apontado como possível responsável pela explosão ocorrida em um terminal portuário do Líbano, é matéria-prima de um fertilizante comum na agricultura brasileira, utilizado há pelo menos 50 anos, especialmente na produção da cana-de-açúcar, frutas e hortaliças. Apesar disso, ele está longe de ser o adubo mais usado pelo produtor rural.

Nitrato de amônio: produto é matéria-prima de fertilizantes e tem potencial explosivo — Foto: Abisolo/Divulgação
Nitrato de amônio: produto é matéria-prima de fertilizantes e tem potencial explosivo — Foto: Abisolo/Divulgação

O Brasil é um dos líderes na produção mundial de alimentos, e a demanda dos agricultores é muito maior do que o país consegue produzir de nitrato (cerca de 500 mil toneladas por ano) e outros adubos químicos. Com isso, a maior parte dos fertilizantes precisa ser importada.

Segundo levantamento feito a pedido do G1 pela consultoria especializada em agronegócio StoneX, o Brasil importou cerca de 1,2 milhão de toneladas de nitrato de amônio em 2019, cerca de 3% do que o país utiliza de fertilizantes. Nos 10 últimos anos, o volume variou acima do 1 milhão de toneladas, e o principal fornecedor tem sido a Rússia.

Apesar do número parecer expressivo, o nitrato de amônio não é o tipo de fertilizante mais usado pelo agricultor brasileiro. Também de acordo com a consultoria, a liderança neste segmento é da ureia, com quase 5,6 milhões de toneladas importadas em 2019, cerca de 5 vezes mais que o nitrato.
O Brasil teve em 2019 uma demanda 36,2 milhões de toneladas de fertilizantes, segundo a StoneX. Desse total, 81,5% (29,5 milhões de toneladas) veio do exterior.

Hideraldo José Coelho, coordenador de fertilizantes do Ministério da Agricultura, diz ao G1 que, normalmente, o nitrato de amônio que é misturado na produção de fertilizantes tem uma concentração pequena, de 10% a 15%, o que diminui o risco de explosão no campo.

Se a concentração de nitrato for maior que 70%, aí a responsabilidade passa a ser do Ministério da Defesa.

"Tem algumas culturas que utilizam o nitrato puro, mas são aquelas de grande valor agregado, como hortaliças e frutas, mas ele é vendido em pequenas quantidades, em embalagens de cerca de 25 kg. Neste caso, todo o controle é feito pelo Ministério da Defesa", explica.

Por causa de seu potencial explosivo, o controle da chegada do nitrato de amônio no Brasil é feito pelo Exército, que define as condições de transporte, manipulação e armazenamento do produto.

Já ao Ministério da Agricultura cabe a fiscalização da venda de fertilizantes e da checagem de critérios de qualidade e padronização do insumo.

O G1 tentou contato com o Exército para mais explicações sobre a fiscalização do nitrato de amônio, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Rigor na fiscalização

Especialistas afirmam que o Brasil é muito rígido na fiscalização do nitrato de amônio e que aumentou ainda mais o rigor após a explosão de um terminal portuário em Tianjin (China), em 2015, e em uma fábrica em Cubatão (SP), em 2017. Em 2013, houve também uma explosão em um terminal do porto de São Francisco do Sul (SC).

“O critério de quem pode manusear, quem pode importar, aqui no Brasil, é muito controlado. Existem avaliações periódicas, tem documentação… a fiscalização é rigorosa”, explica o especialista em gerenciamento de risco Gustavo Cunha Mello, em entrevista à GloboNews.

Segundo Mello, diferentemente do Brasil, o Líbano não tinha protocolos de segurança tão rígidos para armazenar uma quantidade tão grande de nitrato de amônio (cerca de 2,7 mil toneladas).

“Os estoques (no Brasil) funcionam no esquema 'just in time', ou seja, entra e sai. Ele não fica, não acumula, é muito cara a armazenagem dele (nitrato de amônio). O que aconteceu no Líbano dificilmente acontecerá em um país desenvolvido ou no Brasil.”
Onde o nitrato é manipulado
Segundo especialistas, apenas uma fábrica no país, localizada em Cubatão (SP), compra e utiliza o nitrato de amônio na produção de fertilizantes. Essa unidade, inclusive, foi a que sofreu um grande incêndio em 2017, quando ainda era propriedade da Vale Fertilizantes. Segundo o Corpo de Bombeiros à época, houve vazamento de nitrato de amônio e ácido sulfúrico na atmosfera.

O G1 procurou a Yara, atual proprietária da fábrica, que afirma que faz todos os testes necessários para garantir a segurança do produto e que tem um canal de comunicação aberto para que os agricultores possam procurar a empresa.

“A Yara possui todas as licenças, de acordo com as regulamentações das autoridades nacionais, entre elas o Exército, e adota uma série de medidas adicionais que cobrem e suplantam os requerimentos legais previstos na legislação brasileira.”

“Geralmente, (o nitrato de amônio) não fica mais que duas semanas no porto, vai depender das condições. A empresa de Cubatão trata o produto e comercializa algo mais acabado, fazendo o transporte dele por trem ou caminhão no país inteiro”, explica Fábio Rezende, da StoneX.

No Brasil, o insumo chega por navios, que podem levar até 30 mil toneladas, e viaja pelo país em caminhões que podem carregar até 40 toneladas do produto. Tudo isso passa por fiscalização.

Segundo o Ministério da Agricultura, mais de 300 empresas fazem a mistura do nitrato para produzir fertilizantes, mas, neste caso, a concentração do produto é menor, com baixo risco de explosão.

O nitrato de amônio na agricultura
O nitrato de amônio é usado como fertilizante na agricultura desde meados da década de 1960, na chamada “revolução verde”, período em que a agropecuária se modernizou e aumentou sua produtividade.

O nitrato tem como característica uma rápida absorção de nitrogênio por parte da planta, o que ajuda na expansão das raízes, tornando-a mais forte contra fatores climáticos, como a estiagem, por exemplo. E isso ajuda na produtividade da lavoura.

Porém, o analista de mercado da StoneX Fábio Rezende explica que o aumento de custo de fertilizantes à base de nitrato de amônio, especialmente por ter um armazenamento difícil, tem feito o produtor rural evitar seu uso.

“Ele oferece ganho de produtividade, mas tem também uma decisão econômica, vemos que o nitrato tem perdido espaço. Nos últimos anos, o uso dele caiu muito. Exatamente por conta de ser um produto explosivo, o custo da logística dele é muito grande”, afirma Rezende.
Uma das atividades agrícolas que mais utilizam o nitrato de amônio são de hortaliças, frutas e a cana-de-açúcar, segundo especialistas. Por característica das plantas, esse insumo atua melhor no desempenho delas. Já na soja, principal produto do agronegócio brasileiro, não é comum o uso desse fertilizante.

As empresas fornecedoras de insumos vendem o produto em embalagens não inflamáveis, justamente para evitar qualquer risco de explosão. Também cabe ao produtor rural guardar o produto em local adequado, longe de combustíveis ou de locais que possam gerar faíscas.

“Corretamente armazenado, ele permanece estável por muito tempo. Em compensação, em grandes quantidades, se torna muito perigoso”, afirma Luiz Fernando Figueira Silva, coordenador do Laboratório de Combustão de Engenharia Mecânica da PUC-Rio, em entrevista à GloboNews.
“O nitrato aquecido começa a se decompor, e isso gera uma transformação química extremamente rápida, como se fosse um explosivo de verdade.”

Fonte: G1
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Justiça Eleitoral determina bloqueio de R$ 11,3 milhões em bens de Geraldo Alckmin

A Justiça Eleitoral de São Paulo determinou na última sexta-feira (31) o sequestro de bens até o limite de R$ 11,3 milhões sobre imóveis e valores constantes nas contas bancárias do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). A informação foi divulgada nesta quarta (5) pela Polícia Federal, responsável pelo pedido.

Foto de arquivo de 12/03/2018 do ex- governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) — Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO
Foto de arquivo de 12/03/2018 do ex- governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) — Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO

A decisão também atinge Marcos Monteiro, ex-tesoureiro do PSDB e ex-secretário de planejamento do governo paulista, e Sebastião Eduardo Alves de Castro, ex-assessor do tucano. No caso de ambos, o bloqueio é de até R$ 9,3 milhões.

A decisão é do juiz Marco Antonio Martin Vargas, titular da 1ª Zona Eleitoral da capital paulista.

"Verifico que os elementos de informação acostados autos conduzem a conclusão de que o sequestro dos bens móveis e imóveis dos representados se perfaz medida plausível e necessária a impedir a dilapidação patrimonial e assegurar a eventual reparação futura dos bens, bem como a efetividade de uma eventual e futura persecução criminal, com fundamento no art. 4º da Lei nº 9.613/98, e nos arts. 125 e 132, ambos do Código de Processo Penal", diz o documento.

Em nota, a defesa do ex-governador afirma que Alckmin "é detentor de patrimônio modesto, não sendo, portanto, verdade nem correto imaginar o bloqueio de bens em seu nome no valor R$ 11,3 milhões. Ele não tem, como nunca teve, R$ 11,3 milhões."

O texto diz ainda que a decisão demonstra a "falta de amparo das acusações contra ele apresentadas e que têm servido apenas para a promoção de noticiário prejudicial à sua reconhecida dignidade e honradez como homem público."

Alckmin virou réu por caixa 2, corrupção e lavagem de dinheiro no final de julho, após a Justiça aceitar denúncia do Ministério Público contra o ex-governador.

Na ocasião, a defesa de Alckmin afirmou que "a denúncia ora recebida pelo Poder Judiciário dará a oportunidade que foi até agora negada ao ex-governador Geraldo Alckmin de se defender e de contraditar as falsas e injustas acusações de que está sendo vítima e, principalmente, de provar a sua improcedência".

O Ministério Público acusou Geraldo Alckmin de receber R$ 11,3 milhões da Odebrecht durante as campanhas eleitorais de 2010 e 2014 ao governo do estado de São Paulo pelo PSDB.

O ex-governador foi citado por três delatores do grupo. Segundo o MP, Alckmin recebeu os recursos sob o uso de diversos codinomes, como "pastel", "pudim" e "bolero".

Além de Alckmin, também se tornaram réus Marco Antônio Monteiro, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Luiz Antônio Bueno Júnior, Arnaldo Cumplido de Souza e Silva, Maria Lúcia Guimarães Tavares, Alvaro José Gallies Novis, Sebastião Eduardo Alves de Castro, Fernando Migliaccio da Silva e Luiz Eduardo da Rocha Soareso.

De acordo com os promotores que investigaram o caso, as transferências para Alckmin foram feitas via caixa 2. Isso porque a empreiteira estava impedida de fazer doações eleitorais em razão de ter contratos com o governo. Ainda segundo os promotores, Geraldo Alckmin sabia que o valor não seria declarado.

Codinomes
Segundo a denúncia, Geraldo Alckmin apareceu com codinomes diferentes nas planilhas de propina da Odebrecht. Na campanha de 2010, o nome do ex-governador vinha associado ao codinome "Belém". Ainda segundo a denúncia, na eleição seguinte, em 2014, Alckmin foi identificado como "Meia" em uma tabela disfarçada, que usava termos do futebol.

A acusação aponta que, em 2010, os pagamentos foram intermediados por Adhemar Cesar Ribeiro, cunhado de Alckmin. Adhemar só não foi denunciado porque, segundo os promotores, o prazo para processá-lo pelos crimes já prescreveu por causa da idade dele.

O Ministério Público disse ainda que Marcos Antônio Monteiro intermediou os pagamentos de 2014.

Os promotores afirmaram que os pagamentos faziam parte dos planos da Odebrecht de manter e de ampliar as relações com o governo de São Paulo.

Segundo a acusação, a empreiteira tinha interesse em obras viárias e em projetos de transporte, especialmente do metrô e do monotrilho.

O Ministério Público também incluiu na denúncia os nomes de seis delatores da Odebrecht, que terão as eventuais penas estabelecidas de acordo com os termos de colaboração premiada de cada um deles firmou com a Procuradoria Geral da República (PGR).

O que disse a defesa de Alckmin
"A denúncia ora recebida pelo Poder Judiciário dará a oportunidade que foi até agora negada ao ex-governador Geraldo Alckmin de se defender e de contraditar as falsas e injustas acusações de que está sendo vítima e, principalmente, de provar a sua improcedência. Por esta nota, em respeito à opinião pública e à confiança da sociedade, de que sempre foi merecedor, lamenta essa injusta e indevida exposição, confiante de que, ao final do processo, a verdade e a justiça prevalecerão, pois nunca recebeu valores a título de contribuição de campanha eleitoral que não tenham sido devidamente declarados nos termos da legislação vigente, nem tampouco praticou qualquer ato de corrupção, como, aliás, nunca fez durante mais de 40 anos de vida pública."


O que diz o PSDB de SP
"O Diretório Estadual do PSDB-SP reitera sua confiança na idoneidade do ex-governador Geraldo Alckmin. Em seus mais de 40 anos de vida pública, Alckmin manteve uma postura de retidão e respeito à lei sem jamais abrir mão dos princípios éticos e de seu compromisso em servir ao setor público e ao cidadão. Acreditamos na Justiça e temos convicção de que, ao final do processo, os fatos serão devidamente esclarecidos. Marco Vinholi – Presidente Estadual do PSDB-SP"

Veja a nota da defesa de Marcos Monteiro:
"A defesa de Marcos Monteiro manifesta sua absoluta indignação com os infundados fatos apresentados na denúncia, fruto da reiteração de procedimentos que visam atingir o direito de defesa e o contraditório. Tem absoluta confiança de que provará sua inocência, no momento em que for ouvido nos autos. Reitera, uma vez mais, sua confiança no Poder Judiciário para sustentar com absoluta convicção que Marcos Monteiro não tem qualquer relação com as obras realizadas pela Construtora Norberto Odebrecht."

Fonte: G1
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