Quem passa pela BR-101 não tem a dimensão da grandiosidade da obra de construção da Arena das Dunas. Atualmente, a parte da superestrutura já foi concluída e novas frentes de trabalho estão sendo iniciadas, como o gramado, que já começou o trabalho de escavação, e da cobertura que deve começar a ser montada ainda este mês. A seis meses do prazo determinado pela FIFA para entrega do estádio, a Arena das Dunas atingiu a marca de 71,16% de obras concluídas, acima do cronograma apresentado à Federação Internacional de Futebol. No entanto, mesmo com a folga no cronograma, o consórcio responsável pela Arena das Dunas mantém para dezembro a entrega da obra.
A obra de construção da Arena das Dunas segue em ritmo acelerado e hoje conta com aproximadamente 1,8 mil trabalhadores, que se dividem em três turnos, garantindo 24 horas de trabalhos diários. O gerente de Marketing da Arena das Dunas, Arthur Couto, conta que a fase da superestrutura já foi concluída, que corresponde a área da construção pesada da obra, como a instalação da laje, vigas e bancada em formado de jacaré que sustenta a arquibancada. As arquibancadas já foram concluídas, faltando apenas os assentos. Os guindastes que estavam no gramado já foram retirados para colocar a cobertura pela parte exterior e, no gramado, o trabalho de escavação já foi iniciado. Em seguida, será iniciada a drenagem do gramado.
“Estamos trabalhando na parte da infraestrutura de cabos e revestimentos, com a instalação da climatização, com os aparelhos de ar condicionado, além das instalações elétricas e hidrossanitárias. Engenharia não é algo linear, podemos trabalhar várias frentes de trabalho de forma simultânea, de forma a avançarmos no cronograma. Estamos focados em terminar a obra e cumprir o caderno de encargos da FIFA. O nosso foco é dezembro de 2013 e cumpriremos”, explicou Arthur Couto. Segundo ele, a cobertura, que já começou a chegar a Natal, começa a ser montada ainda este mês e seguindo o cronograma, deve ser concluída em seis meses.
Os 40 camarotes, todos localizados no setor Oeste, sendo 12 no nível zero e 28 no nível intermediário, seguem um padrão FIFA de qualidade e já foi concluída a parte de alvenaria.
As escadarias já começam a ser montadas. Cada camarote contará com um banheiro exclusivo e varia de capacidade de 20 a 62 pessoas, inclusive para portadores de necessidades especiais. No último dia 13 de maio, o secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, visitou o canteiro de obras da Arena das Dunas e se mostrou satisfeito com o andamento das obras. Na ocasião, ele conheceu um camarote pronto, já mobiliado.
Ao todo, serão 18 entradas e três para portadores de necessidades especiais. As 23 concessões de alimentos e bebidas também já estão em fase de conclusão. A parte de alvenaria dos banheiros, que totalizam 126, já está concluída, e o revestimento já foi iniciado. A Arena contará com cinco elevadores, sendo três para a Área Vip, um de serviço e outro para a área de mídia. Os cinco já estão sendo instalados, e um já está funcionando em forma de teste.
A pavimentação da parte externa já foi iniciada, com calçada com piso intertravado, que funcionará como uma grande praça de eventos, depois de concluída. Arthur Couto explicou que a chuva que tem caído nos últimos dias não atrapalhará o cronograma de obras. “Chuva e obra não combina, mas estamos em uma fase que a chuva não atrapalha tanto quanto no ano passado, pois podemos trabalhar em várias frentes de trabalho interno”, explicou.
O consórcio responsável pela construção da Arena das Dunas é o mesmo que construiu a Arena Fonte Nova, na Bahia, e a Arena Portoalegrense, no Rio Grande do Sul. Arthur Couto disse que é importante que haja uma sinergia entre as outras arenas que estão em construção. “A sinergia entre outras arenas é grande, em busca da maior produtividade possível, e também serve para não cometermos os mesmos erros, muito embora cada arena tenha sua particularidade, mas a sinergia é positiva”, afirmou o gerente de Marketing da Arena das Dunas.
Cobertura
A fase da cobertura da Arena das Dunas deve começar ainda neste mês. As peças para montagem da estrutura metálica que irá sustentar a cobertura da Arena das Dunas já chegaram, desde a semana passada, importadas da Espanha, onde se localiza a empresa que detém a tecnologia escolhida pela OAS para usar na cobertura do estádio potiguar para Copa. O secretário da Secopa, Demétrio Torres, explicou que a tecnologia consiste na utilização de nós esféricos que facilita o trabalho com as peças e garante maior velocidade a montagem da estrutura.
O sistema tem o nome de telha bidirecional e tem um prazo estimado de seis meses para ficar pronta, após o início da montagem. A fachada e a cobertura da Arena das Dunas será toda revestida em Aço, cujas placas serão formatadas dentro do próprio canteiro de obra da Arena das Dunas, através de um maquinário apropriado.
Demétrio Torres explicou que o equipamento será montado no chão para, em seguida, através de um guindaste ser colocada no local. A grande diferença é que as junções das peças são rosqueadas, ao invés de soldadas, em uma peça cilíndrica. Torres ressalta que, o fato de não precisar de solda, além de adiantar os serviços de montagem, traz mais segurança. O vão de balanço da Arena das Dunas, depois de montado terá 42 metros e irá cobrir toda parte de arquibancada.
O conceito usado na Arena das Dunas é o mesmo escolhido para Arena Pernambuco, bem como para Arena Castelão, no Ceará, cidades onde os trabalhos já foram finalizados, uma vez que os estádios servirão como sede da Copa das Confederações. Vinte por cento da cobertura no sistema implantado será composto por policarbonato, visando proporcionar um degrade de sombreamento e contribuir para melhoria da qualidade de transmissão televisiva, bem como reduzir a insolação do gramado.
A cobertura foi projetada de modo a captar água da chuva para o reuso dentro das próprias arenas. O teto desses estádios também será a maior área de captação de água pluvial da obra. O processo de montagem ágil e diferenciado, os módulos são pré-montados no solo e içados prontos, com o auxílio de um guindaste com capacidade para 400 toneladas, em uma operação que durou em média 45 minutos para implantação de cada módulo.
Reprodução Cidade News Itaú
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