terça-feira, junho 04, 2013

TUF Brasil 2 sofre no Ibope com abandono da Globo dentro de sua própria grade

Werdum e Minotauro foram os técnicos da segunda edição do TUF BrasilToda estreia, toda primeira edição, todo lançamento já sai na frente por conta do ar de novidade. Ser a primeira vez já é uma auto-propaganda que o reality show The Ultimate Fighter Brasil soube aproveitar no ano passado. Mas o programa estreante teve um grande empurrão da TV Globo, o que não aconteceu nesta segunda temporada. E isso se refletiu na audiência.

Claro que o segundo ano de uma série de sucesso nunca repete os mesmos números de Ibope, mas a queda do TUF Brasil nas noites de domingo foi muito brusca.

No ano passado, o programa deu um fabuloso resultado 15 pontos em sua estreia e os episódios seguintes variaram entrem 10 e 12 pontos no Ibope. Já nesta segunda temporada, três capítulos deram entre 10 e 11 (incluindo os dois primeiros com as lutas preliminares) e todos os outro ficaram estagnados em 8 pontos.

Foi uma perda de cerca de 30% de telespectadores em média, ressaltando que a pontuação do Ibope mudou em relação a 2012. No ano passado, cada ponto era equivalente a 58.300 domicílios sintonizados. Em 2013, a pontuação equivale a 61.952 casas na Grande São Paulo.

Exposta essa mudança de audiência do TUF Brasil, da primeira para a segunda temporada na Globo, levanto quatro grandes motivos para essa queda.

(UM) É o mais óbvio e que já pincelei no começo. Simplesmente perdeu o ar de novidade, não é mais o primeiro. Uma queda é normal. Nem todo mundo que viu o primeiro se interessou em ver o segundo. Simples assim.

(DOIS) Para mim, o principal motivo para a queda. A TV Globo abandonou o TUF Brasil dentro de sua grade. Não teve um quadro no Fantástico como no primeiro, com a Sandy, não teve reportagens e vídeos em outros programas da casa, reduziu drasticamente o número de chamadas nos intervalos comerciais – em 2013 quase sempre foram spots curtos e centralizados no fim da semana.

O canal simplesmente não criou burburinho em torno do programa como no primeiro, não fez o buzz necessário, não criou hype o suficiente sobre o TUF Brasil. Não consegui uma resposta oficial – e provavelmente nunca saberemos – se essa mudança de postura foi proposital, se acreditaram que o sucesso do primeiro seria suficiente para alavancar o segundo. Isso deve ser repensado para o ano de 2014.

(TRÊS) Simplesmente o programa não decolou porque não foi tão bom quanto na primeira temporada. Os personagens não colaram, as histórias não empolgaram o público, o trabalho de edição não foi tão bom. Problemas que qualquer série – ou novela, até mesmo – pode passar. Nenhuma trama é infalível, ainda mais com algo que é gravado e fechado inteiro antes mesmo de ir ao ar.

(QUATRO) Atualização do post: Tinha esquecido esse quarto motivo, que tanto reclamei no começo na temporada. O programa foi jogado para depois da série Revenge a partir do quarto episódio, ou seja, passou a começar entre 23h50 e 00h. Muito complicado começar tão tarde para quem trabalha na segunda. Não esse motivo não está acima porque a diferença final para o ano passado foi de, no máximo, 30min, já que o Fantástico terminava um pouco mais tarde em 2012.

Tenho críticas pontuais ao trabalho de edição do TUF Brasil 2, mas fica para um post nos próximos dias.

Reprodução Cidade News Itaú

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