quinta-feira, junho 13, 2024

Lula diz que igualdade salarial entre homens e mulheres ainda é 'utopia', em evento na ONU



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (13) que a igualdade salarial entre homens e mulheres ainda é uma "utopia", e que as mulheres são "um dos elos mais vulneráveis na cadeia do trabalho".


"Em todos o mundo as mulheres são um dos elos mais vulneráveis na cadeia do mundo do trabalho. A máxima 'salário igual para trabalho igual' ainda é uma utopia", afirmou.

Lula começou seu giro pela Europa com compromissos na cidade suíça de Genebra, onde participa de um evento da Organização Internacional do Trabalho (OIT).


A OIT, um braço da Organização das Nações Unidas (ONU), realiza a 112ª Conferência Internacional do Trabalho. A cúpula visa promover o trabalho digno e os direitos humanos no mundo.



Lula afirmou que a taxa de desemprego mundial tem projeção de leve queda, porém a "informalidade, a precarização e a pobreza são persistentes".


"A renda do trabalho segue em queda para os menos escolarizados. As novas gerações não encontram espaço no mercado. Muitos não estudam, nem trabalham. Há elevado desalento", disse.

O presidente declarou que justiça social e luta contra as desigualdades são "prioridades" do Brasil como atual presidente do G20.


Ele também destacou a importância da "Coalizão Global pela Justiça Social", lançada no ano passado, e cujo objetivo é discutir questões temáticas relacionadas ao tema.


Inteligência artificial

Lula anunciou que o Brasil trabalhará para ratificar emenda das regras da OIT que propõe eliminar os assentos permanentes dos países mais industrializados no conselho da entidade


"Não faz sentido apelar aos países em desenvolvimento para que contribuam para a resolução das crises que o mundo enfrenta hoje sem que estejam adequadamente representados nos principais órgãos de governança global", disse.


O presidente também disse que a OIT tem a "obrigação" de discutir um projeto de inteligência artificial com países do chamado Sul Global.


Preservação ambiental

Lula reforçou que o Brasil tem o compromisso de zerar o desmatamento na Amazônia até 2030. A crise climática será prioridade na edição de 2025 da conferência da ONU do clima, a COP 30, em Belém.



Segundo Lula, as cheias no Rio Grande do Sul servem de exemplo para necessidade de combater mudanças climáticas.


"As enchentes que levaram destruição ao Sul do Brasil, ao Quênia e à China, e as secas na Amazônia, na Europa e no continente africano mostram que o planeta já não aguenta mais", disse.


Sem citar o empresário sul-africano Elon Musk, proprietário da SpaceX e aclamado pela extrema-direita, Lula criticou a concentração de renda e mencionou a exploração de outros planetas.


"A concentração de renda é tão absurda que alguns indivíduos possuem os seus próprios programas espaciais. Certamente tentando encontrar planeta melhor do que a terra para não ficar no meio dos trabalhadores que são responsáveis pela riqueza deles. Não precisamos buscar saída em Marte. É a Terra que precisa do nosso cuidado, ela é a nossa casa", disse.


Guerras

Lula voltou a criticar os gastos em conflitos armados pelo mundo, que retiraram trabalhadores do mercado e de suas famílias. O presidente repetiu que é preciso encerrar as guerras entre Ucrânia e Rússia e Israel e Hamas.


"Não à guerra entre Rússia e Ucrânia, não ao massacre na Faixa de Gaza em que as grandes vítimas são mulheres e crianças", disse.


Fonte: g1

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