terça-feira, junho 18, 2024

Advogado é preso e policiais penais do RN são investigados em operação que investiga facilitação da entrada de celulares em presídio

Penitenciária Estadual Rogério Coutinho Madruga, em Nísia Floresta, na Grande Natal — Foto: Pedro Trindade/Inter TV Cabugi


Uma operação deflagrada nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (18) cumpriu mandados de busca e apreensão contra dois policiais penais do Rio Grande do Norte, além de um advogado e outras duas pessoas. Os servidores públicos são suspeitos de facilitar a entrada de celulares em um presídio estadual.


Segundo a Polícia Civil, o advogado e dois integrantes de uma facção criminosa foram presos em flagrante. Eles teriam ameaçado os servidores públicos para garantir a entrada dos equipamentos na penitenciária.


A ação da Polícia Civil resultou no cumprimento de dez mandados de busca e apreensão. Porém, as prisões em flagrante ocorreram após os policiais encontrarem provas de tráfico de drogas, furto qualificado, organização criminosa e fraude processual com alguns dos investigados.


Ainda de acordo com o órgão estaduais, os policiais penais teriam facilitado a entrada de dois aparelhos celulares na Penitenciária Rogério Coutinho Madruga, que fica no Complexo de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na Grande Natal.


"Embora tenha sido detectado celulares, existe uma dificuldade muito grande da sua utilização em si no interior dos nossos presídios, em especial no Rogério Coutinho Madruga. Nós não temos, por exemplo, tomadas, o que dificulta. Mesmo que seja utilizado uma vez, vai ter toda uma dificuldade pra que seja recarregado", explicou o secretário de Administração Penitenciária do RN, Helton Edi Xavier.


Segundo o secretário, a pasta não tinha registro de celulares dentro da unidade "há algum tempo". "Nós fazemos também diariamente quase que revistas nas celas no sentido de coibir esse tipo de de ação", garantiu.


Além de criminalmente, os dois policiais penais presos vão responder também na esfera adminstrativa, explicou o secretário.


Os equipamentos foram apreendidos durante uma operação da Seap no final do mês de março, na unidade prisional. Nas investigações, a polícia descobriu que os servidores teriam sido ameaçados.


Segundo a Seap, o advogado foi encontrado com bilhetes de presos. Ele foi preso em flagrante porque tentou destruir essas provas, com a chegada da polícia.


Investigação apontou advogado e policiais penais em esquema

De acordo com a delegada Priscilla Guerra, da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor), um bilhete apreendido com os presos mencionava o advogado que foi apontado como participante do esquema.


"Além de mencionar o advogado, também é mencionada a participação de algum policial penal que estaria facilitando a entrada desses aparelhos celulares", disse.


A delegada explicou ainda que deferiu medidas cautelares para determinar os dois policiais penais investigados não trabalhem mais no Rogério Coutinho Madruga e também para que o advogado não se aproxime da pPenitenciária. Além disso, tornozeleiras eletrônicas foram colocadas em outros dois investigados.


"Nesse momento foram cumpridos esses dez mandados, além de autuadas três pessoas: o advogado, pelo crime de fraude processual e organização criminosa, e dois que foram autuados no bairro de Mãe Luiza, pelos crimes de tráfico, receptação e furto qualificado", afirmou.


Fonte: g1

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