O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), em São Paulo, anunciou nesta quarta-feira (30) que foi alvo de um ataque cibernético que tornou indisponíveis todos os serviços prestados pelo tribunal.
Por causa do ataque hacker, os trabalhos na corte estão temporariamente suspensos, sem data ou hora para o retorno das atividades, segundo um comunicado divulgado pelo próprio tribunal.
Apesar da página do TRF-3 na internet estar fora do ar, apenas com a exibição de um comunicado geral, a corte disse que o ataque não comprometeu os dados armazenados pelo órgão.
“As diligencias efetuadas pela Secretaria de Tecnologia da Informação do órgão possibilitaram a identificação do tipo de ataque sofrido e a definição da estratégia a ser seguida na apuração dos fatos e na restauração progressiva da infraestrutura tecnológica do Tribunal. Ainda não há previsão quanto ao restabelecimento dos serviços”, disse o tribunal.
“Neste portal serão disponibilizados novas informações, tanto para público interno quanto para o público externo, até a completa restauração dos ambientes da Justiça Federal da 3ª Região”, completou o comunicado.
Outros casos no Judiciário
Esse não é o primeiro ataque cibernético sofrido por tribunais ao redor do país. Em fevereiro deste ano, o Tribunal Regional do Trabalho do Espírito Santo (TRT-ES) também sofreu um ataque semelhante.
Segundo TRT-ES foram detectados em 20 de fevereiro registros suspeitos de "atividades maliciosas na infraestrutura tecnológica do tribunal" e a equipe técnica da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicações (Setic) começou a atuar no incidente, identificado como um ataque cibernético.
"Foram executadas medidas de isolamento e contenção de danos potenciais, a fim de preservar a segurança e a integridade das informações", divulgou o TRT-ES na ocasião.
Outro caso aconteceu em novembro de 2020, quando o Superior Tribunal de Justiça informou que o sistema de informática da Corte também havia sido invadido por um ataque hacker e a o tribunal pediu investigação da Polícia Federal.
Em junho de 2021, a Polícia Federal também prendeu duas pessoas durante a Operação "LEET", que tinha o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida em ataques cibernéticos ao Supremo Tribunal Federal, ocorrido em maio daquele ano. As ordens de prisão foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes.
A tentativa de invasão tirou o site do STF do ar. Na ocasião, os técnicos afirmaram que não foram acessadas informações sigilosas, nem houve sequestro do ambiente virtual, como ocorreu com o Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 2020.
Fonte: g1
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