Bandidos usaram caminhonete clonada em atentado de Caraúbas

Policiais da Divisão de Polícia Civil do Interior, que investigam o atentado ao comerciante Wilson Praxedes, na cidade de Caraúbas, estão encontrando dificuldades de localizar a origem da caminhoneta Frontier, usada pelos bandidos no dia do tiroteio que deixou três pessoas feridas.

Segundo informações, após o atentado os policiais encontraram a caminhoneta de cor prata e placa PFF-6369/Pernambuco, abandonada, com os pneus furados a tiros, na comunidade de Jordão. Ao periciar o veículo descobriu-se que ele era clonado, pertencia a um comerciante da cidade de Belo Jardim (PE) e não foi tomado de assalto como se imaginava.

Para se ter uma ideia, quando os policiais rastrearam a caminhoneta, localizaram a original com o proprietário, que informou à polícia nunca ter sido roubado ou ter emprestado o veículo. O dono do carro, segundo apurou a polícia, leva uma vida normal com o veículo original, que é usado em suas atividades diárias.

Um investigador contou que a clonagem da caminhoneta foi tão bem arquitetada, que até a numeração das etiquetas do cinto de segurança, são as mesmas que contém a original. "Motor, chassi, vidros, cintos e outros acessórios apresentam as mesmas numerações da caminhoneta original. Diante da situação, estamos encontrando dificuldades de saber onde os bandidos adquiriram o carro", destacou o investigador. 

O Atentado

Na manhã do último 14 de novembro, um intenso tiroteio tomou conta do centro da cidade de Caraúbas. Mais de 10 homens fortemente armados, em uma caminhonete Frontier, de cor prata, invadiram a rua Rodolfo Fernandes.

Eles atiraram para o alto e em seguida se dirigiram ao Frigorífico Praxedes e tentaram matar o proprietário José Wilson Praxedes, 46, atingido por um tiro de fuzil no ombro direito. A filha do comerciante, 16, foi atingida por um disparo no rosto e o marceneiro Francisco Irlânio Alves Lima, 31, "Neguinho", ferido na mão e no pescoço por balas de fuzil.

Fonte: O Mossoroense