Após alta do consumo residencial, Cosern dá dicas de economia

O consumo de energia cresceu 4,8% em 2014 se comparado com 2013 no Rio Grande do Norte. O grupo de consumidores que gastou mais energia no ano passado foi o

residencial, com um crescimento de 7,1%. Essa classe também é responsável pelo consumo de 35% de toda a energia gasta no Estado, maior percentual entre todos os grupos de consumo, inclusive o industrial (24%).

Como a matriz energética brasileira está baseada em hidrelétricas, a crise hídrica em todo o país também há de preocupar o setor elétrico. De acordo com o superintendente de Regulação da Cosern, Estevan Mosca, os grandes vilões do consumo residencial são o chuveiro elétrico e o ar condicionado.

“O ar condicionado deve ser dimensionado adequadamente para o ambiente em que ele for instalado. Um aparelho pequeno para um espaço grande vai funcionar muito forçado. Se for um aparelho grande para um ambiente pequeno, vai ter um uso excessivo de energia sem necessidade”, orientou Estevan.

Ele lembrou também que a parede escolhida para instalar o aparelho deve estar numa posição mais ventilada possível para não forçar excessivamente o ar condicionado e consequentemente gastar mais energia que o necessário. A mesma orientação vale para a geladeira ou freezers.

“No chuveiro, a principal recomendação é abreviar os banhos e usá-lo na posição verão já que estamos numa região quente”, recomendou o superintendente. Além disso, o consumidor deve sempre observar se há um selo Procel A, que certifica a economia de energia do aparelho.

As lâmpadas de led também representam uma economia considerável além de terem maior durabilidade. Segundo Estevan Mosca, uma lâmpada de led de 10 watts pode ter 25 mil horas de uso gastando apenas R$ 125,00 de energia. No caso de uma lâmpada incandescente, aquelas amareladas, a situação é bem pior. Um exemplar de 60 watts (com capacidade de luminosidade semelhante a de 10 watts na forma de led) em 25 mil horas de uso gasta R$ 500,00 de energia. “Com o detalhe que a lâmpada incandescente não dura as 25 mil horas, você teria que trocar por várias”, considerou.

Bandeiras

O sistema de bandeiras para as contas de luz mal começou a funcionar e já tem a previsão de ser alterada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A mudança, claro, é para que o consumidor pague mais. Hoje o órgão regulador do setor aprovou o aumento de até 83,33% sobre as bandeiras que deve valer a partir de março. Mas antes deve passar por consulta pública.

O sistema bandeiras começou a vigorar no mês de janeiro. No Rio Grande do Norte, a bandeira é a vermelha. Isso significa que o consumidor deve pagar R$ 3,00 a mais a cada 100 quilowatts-hora. Do sistema de bandeiras tarifárias, a bandeira vermelha é a mais cara e indica que o custo para a produção de energia aumento muito. Ainda nesse sistema, há a bandeira amarela. Ela é acionada na conta de energia quando o custo da produção de energia aumenta moderadamente. A taxa por 100 quilowatts hora é de R$ 1,50 a mais. O consumidor só se livre de uma tarifação extra quando a bandeira é verde. Com o reajuste aprovado pelo Aneel, a bandeira amarela passaria a custar R$ 2,50 a mais e R$ 5,50 para a bandeira vermelha a cada 100 quilowatts consumidos.

Fonte: Portal JH