domingo, novembro 01, 2015

Análise de caixas-pretas de avião que caiu no Egito começa neste domingo

Destroço do avião que caiu neste sábado (31) é visto em Hassana, no Sinai egípcio (Foto: Suliman el-Oteify, Egypt Prime Minister's Office via AP)O Ministro dos Transportes russo e um time de investigadores de alto nível do país chegaram ao Cairo, neste domingo para ajudar as autoridades egípcias a determinar o
que causou o acidente. As 224 pessoas a bordo morreram.

O Airbur A321, operado pela companhia aérea russa KogalimAvia, mais conhecida como Metrojet, saiu de Sharm El-Sheikh, cidade no litoral do Egito, e seguia para São Petersburgo, na Rússia.

Ele caiu em uma área montanhosa logo após perder contato com os radares perto de alcançar a altitude de cruzeiro.

Estado Islâmico
O ramo egípcio do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) afirmou no Twitter ser o responsável pela queda do avião. Apesar da reivindicação do grupo, uma primeira análise do local do acidente indica que a queda poderia ter sido causada por uma falha técnica. O Ministro russo dos Transportes, Maxim Sokolov, disse à agência Interfax que a afirmação “não pode ser considerada exata”.

O primeiro-ministro do Egito, Sherif Ismail, disse no sábado após visitar o local da queda que não parecia haver nenhuma atividade suspeita na região, mas afirmou que os fatos não ficarão claros sem mais investigações.

A Rússia decidiu intervir no conflito sírio para apoiar o governo de Bashar al-Assad, e afirma bombardear alvos do grupo o Estado Islâmico e outros grupos "terroristas" que se opõem ao poder.

Especialistas militares questionados pela agência AFP consideram que os insurgentes do EI, presentes no norte do Sinai, não possuem mísseis capazes de atingir um avião a 30.000 pés. Mas eles não excluem a possibilidade de uma bomba a bordo, ou que tenha sido atingido por um foguete quando descia em razão de problemas técnicos.

Além disso, o ministro russo de Transporte disse que as autoridades egípcias não têm informações que confirmem a declaração do grupo jihadista. "Com base em nosso contato com o lado egípcio, a informação de que o avião foi abatido não deve ser considerada confiável", disse Maxim Sokolov, segundo a agência russa Interfax.

Buscas
Pelo menos 163 corpos já foram recuperados e transportados para vários hospitais da região.

Na manhã deste domingo, os esforços de buscas foram retomados já com a participação dos especialistas russos. Eles também já visitaram um dos locais para onde os corpos foram levados.

O Airbus A-321 transportava 217 passageiros, entre eles 138 mulheres, 62 homens e 17 crianças, além de 7 tripulantes. Segundo a Reuters, 214 eram russos e três ucranianos. O ministério russo das Situações de Emergência falou de passageiros de 10 meses a 77 anos de idade.

O presidente russo, Vladimir Putin, expressou suas "profundas condolências" às famílias das vítimas e ordenou o envio de equipes de emergência russas para o local da queda. Putin decretou luto nacional neste domingo (1º).

Putin falou ao telefone com Abdel Fatah al-Sisi, presidente do Egito, para discutir a queda do avião russo no país. Al-Sisi ofereceu profundas condolências e prometeu criar condições para uma participação mais ampla possível de especialistas russos na investigação do acidente, segundo o Kremlin.

O premiê russo Dmitri Medvedev disse, em mensagem publicada no Twitter, que está profundamente chocado pela queda do avião. "A tragédia será exaustivamente investigada, e as famílias receberão apoio."

Fonte: G1

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