Após pregação do pastor André Valadão em um culto nos Estados Unidos onde ele disse que, se pudesse, "Deus mataria", fazendo alusão à comunidade LGBTQIA+, o Ministério Público Federal no Acre (MPF-AC) instaurou, nesta segunda-feira (3), um procedimento para apurar possível prática de homofobia por parte do líder religioso.
O procurador-regional dos Direitos do Cidadão no Acre, Lucas Costa Almeida Dias, é o autor do procedimento que apura a prática de homotransfobia.
"Segundo vídeos apresentados em matérias jornalísticas, o investigado usou expressões como: 'Agora é a hora de tomar as cordas de volta e dizer: Pode parar, reseta! Mas Deus fala que não pode mais', afirma o pastor. 'Ele diz, ‘já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, matava tudo e começava de novo. Mas prometi que não posso’, agora tá com vocês'", diz o MPF.
Após a apuração dos fatos, o MPF encaminhará as medidas cabíveis para o caso.
O g1 entrou em contato com a assessoria de Valadão para saber se eles estão cientes do procedimento do MPF-AC e aguarda retorno.
Repercussão
O vídeo da pregação do pastor, na filial da Igreja Batista da Lagoinha em Orlando (EUA), repercutiu nas redes sociais nesta segunda (3). Veja abaixo.
No mesmo culto, o pastor também fala sobre casamento homoafetivo e chega a associá-lo à sexualização de crianças. Ao fundo, pode-se escutar aplausos e risadas dos fieis.
Em publicação nas redes sociais no início da tarde desta segunda-feira (3), Valadão disse que citou um trecho bíblico de Gênesis, no Antigo Testamento: "quando Deus a partir do dilúvio destrói toda a humanidade pela promiscuidade sexual e libertinagem".
Esta não é a primeira vez que o pastor é envolvido em polêmicas com a comunidade LGBTQIA+. Em 2020, o cantor gospel chegou a afirmar, pelas redes sociais, que igreja não é lugar para gays.
Fonte: g1
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