A Comissão de Segurança Pública do Senado aprovou nesta terça-feira (21) um convite para que Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), dê explicações sobre o monitoramento de cidadãos durante o governo Jair Bolsonaro.
Amigo da família Bolsonaro, Ramagem é atualmente deputado federal pelo PL-RJ e comandou a Abin no governo anterior. Por se tratar de convite, ele não é forçado a comparecer à comissão. Seria obrigado se o requerimento aprovado fosse de convocação.
No último dia 14, a Abin confirmou que usava um software para monitorar a localização de qualquer pessoa por meio do número de celular.
Em nota, a agência acrescentou que o contrato que se refere ao uso do programa, de caráter sigiloso, teve início em 26 de dezembro de 2018 - ainda no governo Michel Temer - e foi encerrado em 8 de maio de 2021.
A informação sobre a utilização da ferramenta foi publicada inicialmente pelo jornal "O Globo".
A reportagem informou que era possível a Abin acompanhar em um mapa a última localização conhecida do dono do aparelho. Bastava digitar o número de um contato telefônico no programa. A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar a ferramenta.
Ramagem nega irregularidade
Após a reportagem, Ramagem afirmou em uma rede social que o uso do programa não configurou irregularidade.
"Em 2019, ao assumir o órgão, procedemos verificação formal do amparo legal de todos os contratos. Para essa ferramenta, instauramos ainda correição específica para afirmar a regular utilização dentro da legalidade pelos seus administradores, cumprindo transparência e austeridade", afirmou Ramagem na ocasião.
fonte: g1
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