O senador José Agripino, presidente do Democratas, defendeu nesta segunda-feira em entrevista ao portalnoar.com que o cenário de sucessão do presidente Michel Temer só seja discutido a partir do desdobramento do julgamento do STF sobre a manutenção do inquérito contra o presidente da República.
Na semana passada, após as revelações sobre a delação da JBS, o ministro Edson Fachin autorizou abertura de inquérito. Temer pediu a suspensão do procedimento. O ministro decidiu levar o caso ao plenário, que deverá julgar na quarta-feira (24).
“Antes de tudo, há a decisão do STF se o inquérito será interrompido ou não. Se for interrompido não há que se falar em etapa seguinte. Se não for interrompido, começará a expectativa em função da cassação no TSE”, avaliou o senador.
“Também temos de considerar que o presidente está afirmando que não renuncia. Se houver renúncia, teremos evoluçao para eleição indireta. Tudo está atrelado ao que a Justiça vai decidir”, considerou Agripino.
O senador preferiu não avaliar do ponto de vista político a crise em andamento, opinando sobre a gravidade dos fatos noticiados. Por outro lado, ele reconhece que a eleição indireta, havendo sua deflagração já nasce com a dificuldade do nome, em torno do qual deve haver um pacto.
“Há denúncias que atingem o espectro político. Talvez possa haver um pacto em torno de figura de bom senso. Do ponto de vista da dicotomia esquerda e direita, nas ruas, não vejo, por outro lado, caminho de conciliação a curto prazo”, opinou o senador, para quem a saída da crise, qualquer que seja, passa pelo respeito à Constituição Federal.
Fonte: Portal no Ar
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