quinta-feira, dezembro 03, 2015

Cientista político vê processo de impeachment de Dilma com final ‘imprevisível’

Dilma vê crise política agravada com processo de impeachment (Wilson Dias/Agência Brasil)O cientista Cláudio Emerenciano avaliou, em entrevista ao portalnoar.com, nesta quinta-feira (3), que o processo de impeachment da presidente Dilma
Rousseff (PT), deflagrado na Câmara dos Deputados, é imprevisível. “Existem várias possibilidades para o final dessa questão. É impossível prever como vai terminar”, avaliou.

O cientista político ponderou que, apesar de o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), ter acatado o pedido de impeachment apresentado pelo fundador do PT Hélio Bicudo, o início real do processo só ocorrerá se a Casa for favorável à denúncia e enviar o julgamento para o Senado, o que culminaria com o afastamento da petista por 180 dias.

Emerenciano salientou que o processo é jurídico-político. Sobre a principal base de sustentação do pedido, ele destacou que o parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) que apontou crime de responsabilidade da gestora, em relação às contas de 2014, não é suficiente para sustentar o Impeachment. “O TCU é um órgão auxiliar do legislativo, que precisa ainda decidir se acata ou não o parecer”, frisou.

O cientista político lembrou ainda que, caso a presidente Dilma sinta que não tenha condições políticas de enfrentar o processo, a renúncia poderá ser o caminho mais breve para acabar com a crise política que ele causa.

“O Impeachment é um processo traumático, doloroso para o País. Nos EUA, Nixon renunciou para não enfrentar. No Brasil, Collor seguiu o mesmo caminho. Não sei o que vai ocorrer em relação a Dilma”, finalizou.

Impeachment na Câmara

Líderes partidários e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) fecharam hoje (3) um acordo para que todas as legendas representadas na Casa indiquem, até as 14h da próxima segunda-feira (7), os nomes de deputados que integrarão a comissão especial que vai analisar o processo deimpeachment da presidenta Dilma Rousseff.

A intenção é instalar o colegiado em uma sessão extraordinária marcada para as 18h. A comissão especial deve se reunir imediatamente depois para escolher, em votação secreta, o presidente e o relator do caso.

Fonte: Agência Brasil

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