quinta-feira, abril 16, 2015

Genro confessa ter premeditado crime e dado 6 facadas em professora

Jovem de 16 anos teria concordado que namorado matasse a mãe para ficar junto dele (Foto: Reprodução/RBSTV)O rapaz de 19 anos preso na tarde de quarta-feira (15) suspeito de ter assassinado a professora Eliane Eroni dos Santos em Blumenau, no Vale do Itajaí, confessou à polícia
ter premeditado o crime. Segundo depoimento, a filha da professora não participou da execução, mas teria concordado em matar a mãe, pois ela era contra o namoro dos dois.
Eliane, de 36 anos, foi encontrada morta em casa no fim da tarde de segunda-feira (13). O corpo estava embaixo da cama de um dos quartos de sua casa, no bairro Garcia, e foi encontrado pela filha de 8 anos.

Rapaz de 19 premeditou crime (Foto: Reprodução/RBSTV)Rapaz de 19 anos diz ter premeditado crime
(Foto: Reprodução/RBSTV)
Segundo delegado regional de Blumenau, Rodrigo Marchetti, o jovem afirmou ter ferido a professora com seis golpes de facão na cozinha da residência dela. "Ele disse que se aproximou e deferiu dois golpes. Quando ela caiu, foram mais duas facadas. A mulher continuou se mexendo, tentando fugir, e ele deu mais duas facadas para garantir que ela morreria", disse.
Conforme Marchetti, o jovem já teria chegado com um facão na casa. Ele alegou que, assim que a professora o viu, ela também teria pego uma faca na cozinha. Entretanto, segundo Marchetti, não há marcas no suspeito de uma possível tentativa de defesa.
Pela versão do suspeito, a adolescente de 16 anos não teria assistido ao crime ou ajudado a esconder o cadáver. A menina estaria na casa, mas não participou ativamente. Após matá-la, o suspeito embrulhou o corpo em um cobertor e levou até o quarto, para deixá-lo embaixo da cama.
O crime foi premeditado, segundo o suspeito. A adolescente e o rapaz decidiram ficar juntos e acreditavam, pela mãe ser contra o namoro, que não conseguiriam com a mulher viva. Depois do assassinato, os dois fugiram com o carro da professora e dinheiro da casa.
O depoimento da filha da vítima foi colhido, mas de acordo com Marchetti, por se tratar de uma menor de idade, o conteúdo não será divulgado. Ela foi encaminhada para a promotoria de Infância e Juventude para decisão sobre apreensão.
O delegado responsável pelo caso é Ronnie Esteves, que colheu os depoimentos e repassou informações a Marchetti. O Instituto Geral de Perícia (IGP) tem o prazo legal de 30 dias para entregar o laudo cadáverico e do local do crime, que serão inclusos na investigação.
Professora já teria procurado a polícia
De acordo com o delegado, entre setembro e outubro de 2014, a professora teria procurado o Conselho Tutelar e a Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso em Blumenau buscando alternativas para tirar a filha de 'má influências'.
"A jovem teria abandonado os estudos e começado a usar drogas. A mãe procurou os órgãos responsáveis para que ela se afastasse do rapaz", disse Marchetti. A menina já teria sido apreendida, inclusive por participação de furto de carro com o suspeito.

Escola onde professora trabalhava está em luto (Foto: Reprodução/RBS TV)Escola onde professora trabalhava está em luto (Foto: Reprodução/RBS TV)

Prisão do casal
A Polícia Civil prendeu no início da tarde desta quarta-feira (15) o suspeito e a filha da vítima  em uma pousada em Porto Belo, no Litoral Norte de Santa Catarina. Eles foram encontrados com o  carro da professora e o dinheiro dela, que seria usado para pagar a hospedagem.

O jovem de 19 anos e a adolescente têm passagens pela polícia. “Ele foi preso em flagrante em outubro do ano passado por tentativa de roubo. Ameaçou uma senhora com uma faca, mas foi liberado, pois o juiz entendeu que não houve o crime”, explicou Marchetti.

De acordo com o delegado Esteves, o casal foi visto mais de uma vez em veículos com registro de furto. “Ele já foi encontrado com veículos roubados. A adolescente também tem passagens. Em algumas estava com ele e outras [passagens que ela possui] não”, afirma. 

Professora começou a trabalhar na instituição neste ano (Foto: Reprodução/RBS TV)Professora começou a trabalhar na instituição
neste ano (Foto: Reprodução/RBS TV)
Depoimentos
Até a tarde de terça, o delegado responsável pelo inquérito ouviu a avó do suspeito e um vizinho dela. Segundo Esteves, nenhum morador próximo da casa da professora tinha se disposto a testemunhar.

“A avó contou que a adolescente saiu de casa no domingo. Ela brigou com a mãe e tinha um arranhado no peito, conforme relato da vó. O neto pediu se ela não poderia passar a  noite ali e a avó autorizou. Na manhã de segunda-feira, eles saíram a pé por volta das 8h e retornaram às 13h com o carro da vítima. Ele pegou roupa, comida e foi embora apressado. A adolescente ficou no carro”, detalha o delegado sobre o depoimento da avó, que não sabia das passagens do neto pela polícia.

O vizinho da avó confirmou que viu os dois chegando no carro da professora. A polícia pretendia ouvir também a filha da professora, de 8 anos, que encontrou o corpo. Mas, segundo o delegado, ela foi com um tio para a cidade de Monte Castelo, no Oeste catarinense, onde o corpo da professora deve ser sepultado.
Crime
Quem encontrou a vítima foi a filha de 8 anos que, ao chegar da escola, por volta das 18h de segunda-feira, avistou sangue pela casa e viu os pés da mãe embaixo de uma cama.
Sem saber do que se tratava, a menina chamou a um vizinho, que foi ao local, constatou que a vítima era a mãe da criança e acionou a Polícia Militar.
Conforme informações repassadas pela PM, vizinhos relataram que Eliane e a filha de 16 anos teriam discutido porque a mãe era contra o namoro da adolescente com o rapaz de 19. A discussão teria acontecido no mesmo dia do homicídio.

Fonte: G1

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