O Egito apresentou uma proposta de cessar-fogo para acabar com um mês de conflito na faixa de Gaza às comissões de Israel e da Palestina nesta quarta-feira (13), segundo a agência "Associated Press". As negociações de paz, mediadas por
autoridades no Cairo, já ultrapassaram o segundo dia de trégua humanitária sem um acordo.
Oficiais palestinos disseram à "AP" que a proposta egípcia inclui um relaxamento ao bloqueio imposto por Israel à Gaza para que o território possa "ter algum alívio". O desbloqueio ocorreria de forma "gradual". Pontos de discordância que têm impedido um acordo definitivo, como o desarmamento do grupo palestino Hamas e o desbloqueio total de Israel à Gaza, seriam negociados posteriormente.
Israel vem resistindo à suspensão do embargo econômico porque suspeita que o Hamas vai se reabastecer de armas. O vizinho Egito também considera o grupo uma ameaça de segurança. O Hamas e seus aliados almejam o fim do bloqueio imposto por Israel e Egito ao enclave costeiro. "Estamos diante de negociações difíceis", afirmou o líder do Hamas no Cairo, Moussa Abu Marzouk, no Twitter.
Com o acordo, Gaza poderia retomar comércio e trânsito de pessoas com a Cisjordânia, algo que foi bloqueado por Israel em 2007, quando o Hamas assumiu o controle do território palestino.
O acordo também prevê, disseram os palestinos, o fim de ataques aéreos de Israel e a redução gradual da zona neutra de 500 metros próxima à Gaza. Em um mês, a guerra matou 1.893 palestinos, dos quais mais de 400 eram crianças, e 67 israelenses, além de devastar áreas de Gaza.
Trégua termina nesta quarta
Depois de dez horas de discussões, as comissões israelense e palestina interromperam a negociação, que será retomada mais tarde nesta quarta-feira. A trégua humanitária vai expirar às 18h (horário de Brasília) também desta quarta.
O ministro da Defesa de Israel, Moshe Yaalon, ordenou que as forças armadas de seu país estejam prontas para uma possível retomada das hostilidades."Não sei se, até a meia-noite de quarta-feira, teremos chegado a um compromisso. Não sei se teremos que prolongar as negociações. Pode ser que os disparos irrompam novamente, e novamente iremos atirar neles", afirmou.
Fonte: Uol
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