Dois rapazes foram presos pela Polícia Federal, em Curitiba (PR), acusados de manter um site que fazia apologia de crimes contra mulheres, negros, nordestinos, judeus e outras minorias populacionais. Em uma das postagens, a dupla postou mensagem apoiando a agressão contra uma jovem natalense, em uma boate da capital potiguar. A jovem foi agredida porque simplesmente recusou-se a beijar o agressor.
A operação foi deflagrada quarta-feira, em Curitiba, batizada como "Intolerância", pela Polícia Federal. Foram presos Emerson Eduardo Rodrigues e Marcello Valle Silveira Mello, apontados como responsáveis pelo conteúdo publicado no domínio silviokoerich.org.
Segundo divulgou a Polícia Federal, o site postava fotos de mulheres ensanguentadas, apoiando a violência, que segundo eles, justificava-se apenas pelo fato das vítimas terem relações afetivas com negros.
Em uma das sessões de apologia à violência doméstica, tão combatida no Brasil, eles referiram-se ao caso da agressão da estudante natalense Rhanna Diógenes, que teve o braço quebrado após recusar as investidas de um rapaz em uma casa noturna de Natal. A agressão aconteceu no ano passado.
Usando o apelido "Búfalo Viril", eles postaram uma mensagem de apoio ao comerciante Rômulo Lemos do Nascimento, 23, que quebrou o braço de Rhanna após ela ter recusado uma investida sua numa boate.
Após o massacre de Realengo, que deixou 12 crianças mortas no ano passado, o site trouxe uma mensagem afirmando que o "búfalo estava rindo" do acontecimento.
Os dois podem responder pelos seguintes crimes: de incitação ou indução à discriminação ou preconceito de raça, por meio de recursos de comunicação social; incitação à prática de crime e publicação de fotografia com cena pornográfica envolvendo criança ou adolescente. A lista de acusações pode ser ainda maior, já que a PF vai analisar o material apreendido na casa dos suspeitos.
A Agressão
A estudante de direito Rhanna Diógenes teve o braço quebrado após recusar as investidas de um rapaz em uma casa noturna de Natal, no dia 30 de setembro de 2011. O caso teve grande repercussão na mídia estadual e nacional.
Em outubro do ano passado, a Polícia Civil concluiu a investigação e indiciou o comerciante Rômulo Lemos, mas não teve a prisão solicitada.
Caso seja condenado por lesão corporal grave, Rômulo Lemos poderá ser condenado de um a cinco anos de prisão.
Fonte: Defato
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