quarta-feira, setembro 22, 2021

CPI convoca ex-servidor do Instituto Evandro Chagas preso em operação da Polícia Federal



A CPI da Covid aprovou nesta quarta-feira (22) a convocação de Márcio Roberto Teixeira Nunes, ex-servidor preso preventivamente no ano passado no âmbito da Operação Hospedeiro, que apurou um esquema de desvio de recursos no Instituto Evandro Chagas (IEC), órgão vinculado ao Ministério da Saúde.


A operação, comandada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU), apura se Teixeira Nunes pagou cerca de R$ 300 mil para assegurar a sua nomeação no instituto.


De acordo com as investigações da CPI, o ex-servidor teria ganhado um cargo no Instituto Evandro Chagas por intermédio do lobista Marconny Albernaz de Faria, também alvo da mesma operação realizada em outubro do ano passado.


Os indícios da atuação do lobista para favorecer Teixeira Nunes constam em mensagens obtidas do celular de Faria durante as investigações.


Em requerimento que pede a convocação do ex-servidor, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirma que, nos diálogos, Teixeira Nunes buscou a ajuda do lobista “para a troca da diretoria do instituto, fazendo diversos pagamentos para que o senhor Marconny conseguisse a nomeação por ele esperada”.


“Após vários pagamentos e tratativas com atores de ingerência no Ministério Público e na Casa Civil, o senhor Márcio chegou a ser nomeado diretor substituto, quando interferiu pessoalmente em processos de licitação buscando designação de pregoeiro favorável a seus interesses e fornecendo manifestações técnicas para obter vantagens ilícitas”, afirmou o senador.


Após a aprovação do requerimento, Randolfe Rodrigues afirmou que o servidor deve ser ouvido na próxima semana.


Advogada do presidente

Senadores apuram também se a nomeação do servidor teve algum envolvimento de Karina Kufa, advogada do presidente Jair Bolsonaro.


De acordo com Randolfe Rodrigues, Marconny Faria enviou o currículo de Márcio Teixeira Nunes para Kufa em maio do ano passado.



Segundo o senador, a troca de mensagens indica que o documento teria sido enviado ao presidente da República. Na sequência, a indicação foi confirmada.


Fonte: G1

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