O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que vai repatriar um segundo grupo de brasileiros que está na Faixa de Gaza decolará na manhã desta quinta-feira (7) do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, com destino ao Cairo, capital do Egito. A partida está prevista para as 9h.
Segundo o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, são 74 pessoas que desejam vir ao país, para escapar da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que se arrasta desde 7 de outubro.
O grupo a ser repatriado já está em Rafah, cidade na fronteira entre Gaza e o Egito, à espera de autorização para deixar a região.
No último fim de semana, 7 brasileiros que estavam em Khan Younes, cidade palestina um pouco mais distante da fronteira com o Egito, juntou-se ao grupo em Rafah.
Entre as famílias que aguardam para deixar a Faixa de Gaza, está a do brasileiro Mohammed Adwan. O empresário de Florianópolis está na região desde fevereiro após a morte de sua mãe e de um irmão.
Acompanhado de sua mulher e das duas filhas, de 6 e 9 anos, Adwan aguarda na cidade de Rafah a liberação da passagem para o Egito.
Em conversa com a GloboNews, ele contou que está em contato constante com a Embaixada e que na terça-feira (5) foi informado "que a hora da partida está muito próxima" e que eles devem se preparar.
O primeiro grupo de resgatados da Faixa de Gaza chegou ao Brasil em 13 de novembro. Eram 32 pessoas – 22 cidadãos brasileiros (natos ou naturalizados), 10 palestinos (três parentes de primeiro grau de brasileiros), e sete portadores do Registro Nacional de Migração (RNM) que devem receber status de refugiados.
Repatriação
Ao todo, o Brasil já repatriou cerca de 1,5 mil cidadãos que estavam no Oriente Médio, operação de repatriação considerada pelo governo a maior da história envolvendo brasileiros no exterior. Ao todo:
1,4 mil brasileiros foram repatriados de Israel
32 brasileiros e parentes foram repatriados da Cisjordânia
32 brasileiros e parentes foram repatriados de Gaza
A abertura da fronteira de Gaza com o Egito envolveu integrantes de países como Egito, Israel, Estados Unidos, Catar e até do Hamas, em um trabalho considerado “complexo e difícil” por diplomatas.
Fonte: g1
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