A primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin, está no centro de uma polêmica depois do vazamento de vídeos em que aparece dançando com amigos em uma festa. Acusada por opositores de estar drogada, ela se viu obrigada a fazer um teste, cujo resultado deve ser divulgado nesta semana. Em sinal de apoio à premiê, mulheres publicam gravações dançando nas redes sociais.
Em época de ondas de calor na Europa, o escândalo esquentou ainda mais o verão dos finlandeses. A imprensa do país revelou recentemente que a premiê Sanna Marin, 36 anos, participou de uma animada festa com amigos no início de agosto. Nos vídeos, que viralizaram nas redes sociais do mundo inteiro, a líder aparece rebolando e cantando ao lado de amigos.
A animação da primeira-ministra não agradou os cidadãos mais conservadores, que julgaram "inapropriado" seu comportamento. Nas redes sociais, muitos internautas questionaram se a premiê estaria em condições de tomar alguma decisão importante caso algo grave acontecesse no país durante a noite da polêmica festa.
Alguns opositores também denunciam que, em um dos vídeos em que a primeira-ministra aparece dançando, alguém pronuncia a palavra "farinha": gíria para se referir à cocaína na Finlândia. Sanna Marin garante que jamais consumiu drogas em sua vida. No entanto, seu partido a obrigou a fazer um teste, cujo resultado será revelado nesta semana.
Por outro lado, a premiê não esconde que estava feliz e se divertindo na festa. "Eu dancei e cantei, abracei meus amigos e consumi bebidas alcoólicas", afirmou, em uma coletiva de imprensa na semana passada. "Esses vídeos são privados e foram filmados em um espaço privado", justificou.
Movimento em apoio à premiê
A polêmica foi tamanha que um terço das publicações nas redes sociais finlandesas tratavam sobre o caso. Mas, junto com a chuva de críticas à postura de Sanna Marin, um movimento surgiu nos últimos dias. Com a hashtag #SolidarityWithSanna (Solidadariedade com Sanna), mulheres publicam vídeos de si mesmas dançando.
Essa não é a primeira vez que Sanna Marin - que em 2020, aos 34 anos, se tornou a primeira-ministra mais jovem do mundo - é criticada por seu comportamento. Poucos meses após assumir o cargo, a líder finlandesa causou um alvoroço no país ao posar para uma revista de moda com um blazer decotado. Nas redes sociais, internautas não pouparam a premiê de críticas, denunciando a "indecência" da roupa escolhida.
Em um momento crucial para a Finlândia - em que o país deixa para trás o princípio de neutralidade para aderir à Otan - a primeira-ministra se recusa a ceder às opiniões conservadoras. "Vou continuar sendo a pessoa que sempre fui. Vivemos em uma democracia e, para resolver esse tipo de polêmica, há eleições", afirmou recentemente referindo-se às próximas eleições legislativas, que ocorrerão no ano que vem na Finlândia.
Fonte: g1
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