terça-feira, agosto 16, 2022

'Guerra santa' de Bolsonaro surte efeito em eleitores evangélicos, e Lula prepara reação

A equipe de campanha do ex-presidente Lula (PT) avaliou ao blog que a "guerra santa" deflagrada pela campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) surtiu efeito no eleitorado evangélico.


O ex-presidente Lula e o presidente Jair Bolsonaro — Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula e Clauber Cleber Caetano/Presidência da República


Isso porque a pesquisa Ipec divulgada nesta segunda-feira (15) mostrou que, entre evangélicos, Bolsonaro tem 47% das intenções de voto, enquanto Lula tem 29%.


No cenário global, porém, Lula aparece em primeiro lugar, com 44% das intenções de voto, e Bolsonaro em segundo, com 32%.


Além disso, no cenário simulado de segundo turno, Lula também aparece em primeiro, com 51% das intenções de voto, e Bolsonaro, com 35%.


A campanha de Lula avaliou como positiva a pesquisa. Temia um crescimento maior de Bolsonaro e uma queda maior do petista.


Nas últimas semanas, a campanha de Lula detectou uma série de movimentos nas redes sociais e em eventos com evangélicos desferidos pela equipe de Bolsonaro, tentando, na avaliação de petistas, "demonizar" o ex-presidente.


Agora, a campanha de Lula vai preparar uma reação. A ordem, porém, é não cair na batalha religiosa no mesmo estilo adotado pelos bolsonaristas.


A estratégia será combater o que os petistas estão chamando de "instrumentalização da fé e da religião" como tática para ganhar votos, principalmente explorando o medo nesta faixa do eleitorado.


Segundo um integrante da campanha de Lula, a ideia é mostrar que a equipe de Bolsonaro está usando pastores para impor a sua vontade junto aos fiéis, com um excesso de envolvimentos destes líderes religiosos na política.


O PT avaliou que "dormiu no ponto" e não desenvolveu uma política direcionada para esse grupo do eleitorado, enquanto Bolsonaro decidiu retomar eleitores evangélicos que haviam se afastado de sua órbita.



No resultado consolidado, a campanha de Lula acredita que o cenário foi positivo. O temor era de uma alta mais expressiva de Bolsonaro por conta da melhora do cenário econômico, do início do pagamento dos benefícios sociais e da guerra santa.


Apesar de não ser possível comparar o Ipec com outras pesquisas, a campanha de Lula avalia que ela mostra uma tendência em relação a outras, com Bolsonaro crescendo na casa de três a quatro pontos percentuais. E com o ex-presidente ficando estável na faixa acima dos 40%.


Fonte: Blog do Valdo Cruz

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