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domingo, março 13, 2022

Secretaria Nacional do Consumidor notifica a Petrobras para explicar alta no preço dos combustíveis



A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom), ligada ao Ministério da Justiça, notificou a Petrobras para explicar a alta no preço dos combustíveis.


Nesta quinta (10), dia em que saiu a notificação da Senacom, a Petrobras anunciou aumento de 18,8% na gasolina e 24,9% no diesel vendido para as refinarias. A Senacom disse que decidu pedir explicações após os registros de filas em postos de combustíveis.


A notificação vale também para a Acelen, empresa que administra a refinaria de Mataripe, na Bahia.


"O Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor Senacon, notificou a Petrobras e a Acelen, para que esclareçam sobre o recente aumento de 18,8% da gasolina e de 24,9% no diesel. A notificação foi feita nesta quinta-feira (10) após o registro de filas de consumidores em postos de abastecimento de todo o país", informou o ministério em nota.


Vale lembrar que o valor final dos preços dos combustíveis nas bombas depende também de impostos e das margens de lucro de distribuidores e revendedores.


Disparada nos preços

O preço dos combustíveis já vinha subindo com força desde 2020, em razão da pandemia de Covid. No caso do Brasil, outro fator foi a alta do dólar, já que compras e vendas da Petrobras no mercado internacional são feitas na moeda norte-americana. Pela política de preços da estatal, a empresa repassa para o consumidor as oscilações no valor do combustível.


O novo choque nos preços é fruto da invasão da Rússia à Ucrânia nas últimas semanas, que fez disparar o preço do barril do petróleo. A Rússia é uma das maiores produtoras da commoditie no mundo. Por causa da invasão, vem sofrendo sanções econômicas pelas potências do Ocidente.



O presidente Jair Bolsonaro, mirando a campanha à reeleição, tem indicado que não deve deixar a estatal brasileira repassar integralmente a alta do petróleo no mercado internacional aos preços do mercado interno. Na segunda-feira (7), ele disse que a paridade da empresa com os preços internacionais "não pode continuar".


No Congresso, tramitam propostas para tentar conter a escalada dos preços. Nesta quinta, o Senado aprovou um projeto que altera a regra de incidência do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) sobre combustíveis. A proposta ainda tem que passar pela Câmara.


Fonte: g1

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