Em meio à disparada do preço dos combustíveis, o Ministério de Minas e Energia (MME) criou o Comitê Setorial de Monitoramento do Suprimento Nacional de Combustíveis e Biocombustíveis. A portaria foi publicada no "Diário Oficial da União" nesta quinta-feira (10).
O objetivo, diz o ministério, é intensificar o monitoramento da "conjuntura energética corrente, em face da situação geopolítica mundial, com impacto nos fluxos e nas cotações dos combustíveis no Brasil".
O comitê será formado por membros:
do Ministério de Minas e Energia, que presidirá o grupo, através da secretária-executiva da pasta, Marisete Dadald;
da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel);
da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP);
da Empresa de Pesquisa Energética (EPE); e
do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
O grupo vai se reunir sempre que for convocado pelo presidente do colegiado. Ou seja, não estão previstas reuniões periódicas.
Entre as funções do comitê, está a de recomendar a adoção de medidas e ações para preservar o fornecimento nacional de combustíveis e biocombustíveis.
Contexto
Entre os fatores que desencadearam o aumento do preço dos combustíveis, está a guerra entre a Ucrânia e a Rússia que começou em fevereiro.
O conflito no Leste Europeu aumentou a cotação do preço do barril do petróleo — insumo para produção de combustíveis. Isso, pois a Rússia é o maior exportador de óleo e gás natural do mundo, e tem sofrido sanções de diversos países que tentam impedir os ataques russos à Ucrânia.
O barril de petróleo tipo Brent chegou a encostar em US$ 140 no começo da semana, ao atingir US$ 139, seu nível mais alto desde 2008, muito perto do recorde absoluto de US$ 147,50 de julho de 2008. O valor desacelerou nos últimos dias, mas nesta sexta-feira (11), até 13h, os contratos futuros estavam sendo negociados ainda acima dos US$ 100, em torno de US$ 111.
A disparada dos preços e as sanções à Rússia acenderam o alerta em todo o mundo sobre o fornecimento de óleo e gás natural. Além disso, no Brasil, a Petrobras ficou 57 dias sem reajustar o preço dos combustíveis, o que gerou a reclamação de importadores, que alegavam que não compensava mais importar combustível para vender por muito menos dentro do país.
Mesmo após o reajuste anunciado pela Petrobras no quinta-feira (10), o preço do diesel e da gasolina no Brasil continua defasado quando comparado ao praticado no mercado internacional, apontam entidades do setor financeiro e de combustíveis consultadas pelo g1.
Fonte: g1
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